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Construção civil

por Nuno Castelo-Branco, em 02.07.14

 

Na Av. Duque de Loulé, destruído em menos de uma semana e substituído por um mamarracho BES(algado)

 

Embora não seja minimamente credível o ruído governamental ou oposicionista acerca do emprego e do desemprego, parece evidente a oportunidade que existe para a redução dos números dramáticos de pequenas empresas em falência. O sector da construção é um dos casos paradigmáticos das péssimas condições em que o regime se colocou, escandalosamente investindo no desordenamento territorial e na destruição de património - florestal, de terra arável e de construções seculares - a que temos assistido. O laissez-faire totalmente aceite por quase todas as Câmaras Municipais - do CDS, do PSD, PS e PC -, deram-nos periferias cheias de Quintas da Marinha e Quintas do Mocho, engordando fundos imobiliários dos bancos do costume, gabinetes de arquitectura de duvidosíssima categoria, transumâncias várias entre governos e construtoras, etc. Passeiem pela Baixa e pelas Avenidas Novas de Lisboa. Isto bastará para facilmente compreenderem  a situação em que nos colocaram.

 

Quer este governo mostrar obra? Pois aproveite os fundos colocados à disposição e invista seriamente na reabilitação urbana. Não quer isto significar a opção pelos mesmos catastróficos erros, para não dizer descarados crimes, naqueles empreendimentos que vemos um pouco por todo o lado, desde a construção para o terciário e fachadização dos prédios do século XIX, até aos risíveis condomínios cujo valor real nem de longe corresponde ao que se pede nos stands de vendas. Todo o património histórico urbano da capital - e isto é extensível a quase todas as cidades portuguesas - está em ruína e em acelerada destruição sob beneplácito camarário, sendo urgente a sua conservação.

 

Bem podem gizar soluções de financiamento destinado a senhorios sem posses, assim como à propriedade municipal ao abandono. Um gabinete composto por gente competente, criteriosamente nomeada fora dos habituais esquemas partidocráticos, poderá coordenar um esforço que deve ser nacional e que decerto durará gerações. Deverá ser esta uma hercúlea obra sem limite temporal definido e destinada a sobretudo beneficiar as pequenas empresas, aquelas que têm escapado à usura do poder político e das famiglias banqueiras cujos nomes diariamente ocupam os escaparates dos jornais. Verão como desce a taxa de desemprego e verificarão como a indexação de materiais de construção Made in Portugal poderá operar sensíveis transfomações contabilizadas em empresas viabilizadas.


Pensem no assunto. 

publicado às 17:00

Há uns anos, perguntei ao meu avô, de quem neste blog já falei aqui e ali, por que razão nunca se tinha candidatado a Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere. A resposta dele, que na altura o meu atrevimento e inexperiência de vida próprios da juventude me levaram a pensar que não fazia muito sentido, ganhou ultimamente contornos que me permitem aferir com uma certa clarividência alguns traços de carácter de muitos politiqueiros que nos desgovernam, bem como ter a noção de que a verticalidade, nos homens portugueses, é um bem cada vez mais escasso. Respondeu-me assim: "Vivo em Ferreira há muitos anos, mas sou de Lisboa. Não faria sentido candidatar-me a Presidente da Câmara Municipal de uma terra de onde não sou natural." 

publicado às 15:45

André Azevedo Alves, Municipalismo:


«O número de freguesias - superior a 4000 - pode impressionar (especialmente para quem, de fora, não conhece a realidade no terreno), mas a verdade é que o respectivo peso em termos orçamentais é pouco mais que insignificante. Já o impacto em termos de perturbação das comunidades locais e de desrespeito pela respectiva história colectiva será significativo. Pior: o redesenho das freguesias a régua e esquadro imposto de forma centralizada e para a troika ver inevitavelmente desestruturará muitos mecanismos de governação local e de proximidade que funcionam relativamente bem.»

publicado às 14:17

Um bom vento soprado de Espanha

por Nuno Castelo-Branco, em 14.05.12

No dia da comemoração de 50 anos de um bom casamento institucional, também nos chega um bom vento autárquico. Foi detido um ex-alcaide de uma localidade da zona de Málaga, em Espanha. Este membro da I.U. - a "CDU" local, vulgo Partido Comunista -, prevaricou naquele tipo de decisões que aqui em Portugal sobejamente conhecemos. Já está a chegar a altura de no nosso país adoptarmos este género de razia dissuasora. Apenas na região metropolitana de Lisboa, a lista é densa e os desastres urbanísticos imensos, desde demolições, à ocupação indevida de terrenos agrícolas, construção especulativa, mancomunamento com a banca, etc. Tudo aquilo de que o ex-alcaide é acusado, não passa de um fait-divers alfacinha, uma constante nos municípios portugueses. Comecemos por Lisboa e já!

publicado às 18:34

Portugal no seu melhor

por Samuel de Paiva Pires, em 10.05.12

Telefonema para a divisão de contabilidade de uma qualquer Câmara Municipal portuguesa: 

Eu: Muito boa tarde, estou a ligar para aferir se já têm alguma previsão relativamente à data de liquidação de uma factura.

CM: Olhe, vou-lhe pedir que me ligue Terça-feira à tarde que é quando fazemos atendimento relativamente a pagamentos.

publicado às 22:06






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