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A RTP muito ganharia em ousar, existindo material para fazer mais de mil filmes deste tipo. Um tema que profundamente desagrada aos donos do poder em Portugal, sejam eles a meia centena de parlapatões que pessoalmente enriqueceram com os acontecimentos de há três décadas, ou aqueles que agora recambiados em comissionistas, preferem enterrar o passado sob uma montanha de "investimentos estrangeiros" feitos com o recurso aos cofres da CGD.
Este filme mostra a terra e a gente que a ama, tornando-a produtiva. Fala-se de um crápula estranhamente semelhante a certos fulanos que falando a nossa língua, foram igualmente tão expeditos nos métodos, mas calculistamente mais discretos no discurso, beneficiando da cumplicidade daqueles que na antiga Metrópole assentaram o seu poder no sacrifício dos demais.
Não se trata de rancor ou do ensimesmar saudosista de um passado que não voltará. É uma questão de justiça pelo conhecimento da verdade. O caso português dos africanos brancos - a minha família estabeleceu-se em Moçambique em 1885 e de lá regressou noventa anos e cinco gerações depois - torna-se ainda mais flagrante e tão ou mais chocante que aquele apresentado nestas imagens. Em português falamos de traição de Estado, total desprezo pelos concidadãos, perjúrio, roubo e limpeza étnica.
Estamos vivos e perdoamos, mas jamais esqueceremos.
(imagem picada daqui)
Ler o Jorge Wahnon Ferreira no blog da CPA/AJPA:
Um alargamento e modernização da marinha, desde que de forma ponderada, sem exageros, poderia em muito beneficiar Portugal, o seu papel na NATO e na UE. Especialmente quando o país aspira a aumentar a sua influência sobre o atlântico sul, nomeadamente a CPLP, e servir de ponte entre esta e a União Europeia e a NATO (lembre-se o apoio dado a Cabo Verde para a obtenção do estatuto de parceria especial da UE). Ora, não pode Portugal pretender ser um ponto de ligação entre o atlântico sul e a NATO ou a União Europeia sem dispor de uma marinha capaz. Quer para cooperação, patrulhas, crises ou "operações de charme" de diplomacia pública, tão bem conseguidas pelas visitas dos navios. Só assim será possível uma convergência económica, cultural e de defesa. Um real alargamento do atlântico sul.