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O regime no seu esplendor

por Samuel de Paiva Pires, em 21.01.19

cgd.jpgOs pequenos devedores lá vão fazendo o que podem para pagar as suas prestações, quando em risco de incumprimento mal conseguem renegociar os seus créditos e aqueles que entram em incumprimento não se livram de ter as empresas de cobrança de créditos à perna durante anos, sem esquecer que são ainda incluídos na lista negra do Banco de Portugal, ficando impedidos de contrair empréstimos junto de qualquer instituição bancária. Por isso, da próxima vez que pensarem em pedir um empréstimo à CGD não sejam tímidos. Peçam logo em grande e não dêem quaisquer garantias. Se a coisa correr mal, paga o Zé Contribuinte. Não conhecem ninguém na Administração? Azar o vosso. Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que outros, já dizia Orwell. Talvez esteja na hora de pararmos de brincar com o erário público e privatizarmos a CGD. E já agora, se não for pedir muito, responsabilizar criminalmente quem esteve nas Administrações que autorizaram estes empréstimos escandalosos.

publicado às 22:08

Vacas e tetas salariais

por John Wolf, em 08.06.16

cow20udders.jpg

 

O mero facto de se discutir o fim do tecto salarial dos administradores da Caixa Geral de Depósitos é uma ofensa para milhões de portugueses que ainda não se levantaram do chão. Mas vamos por partes. Quando a Comissão Europeia aperta os calos da geringonça e ameaça com sanções, a União Europeia é uma madrasta terrível, mas quando o Banco Central Europeu recomenda uma revisão da regra de equiparação de remunerações de gestores a União Europeia já é boazinha. Já sabemos o que acontece à malta que se deita com uns e outros. Já bastava a promiscuidade com os da casa, para agora o Partido Socialista equiparar-se a uma trabalhadora de esquina. São quatro mil milhões de tetas que os portugueses vão ter de mamar. A comissão parlamentar de inquérito à CGD dispensa-se. No comment.

publicado às 22:14

Uma no cravo, outra na ferradura

por Pedro Quartin Graça, em 19.11.12

É absolutamente incompreensível e altamente criticável, a não ser na perspectiva - escondida por Gaspar - da privatização a curto prazo da Caixa Geral de Depósitos - a criação de um novo banco na órbita do Estado. Custa assim tanto dar instruções à Caixa para ter funções de banco de fomento ou o Estado já não "mete prego nem estopa" na instituição?

publicado às 19:21

Coincidências quarto-republicanas

por Nuno Castelo-Branco, em 03.01.11

A notícia até chegou ao Brasil! O Estado resolveu "reforçar" o capital social da Caixa Geral de Depósitos com mais 550 milhões de Euros. Por mera coincidência, o BPN "precisa urgentemente" de uma injecção de 500 milhões. Um mundo de analogias para o sr. Cavaco Silva comentar. Ainda hoje, numa entrevistazinha qualquer, o recandidato pronunciou mais um dos seus habituais discursos, persignando-se a propósito das anteriores afirmações acerca da actual gestão CGD do BPN:

 

-"Bem... aaaah não foi o que eu disse..., a senhora jornalista deturpou as minhas palavras..., aaaaaaaaaah... BPN actual, não o que está a correr em tribunais..., não tem a ver com pessoas..., aaaaaah uma constatação, a recuperação... não estou a fazer julgamentos..., tenho muitas dúvidas..., como sabe, aaaaaaaaaaaah... (glup!), o contexto... sabe, gló-blóóó, góóó..."

 

Os senhores ainda não perceberam? É "isto", a tal 4ª República que jamais existirá.

publicado às 18:26

Será mais uma republicana vigarice?

por Nuno Castelo-Branco, em 15.10.10

Ontem, Miguel Sousa Tavares afirmou que o fundo de aposentações da Caixa Geral de Depósitos também foi "anexado", suprindo certas carências financeiras. Em troca, o estalinista edifício sede na João XXI, foi "vendido" aos funcionários da Caixa. Ninguém percebeu e porventura, já haverá uma ou outra má língua a dizer que se tratou de um autêntico assalto ao bolso de quem lá trabalha. Poderão explicar melhor o que se passou?

publicado às 19:18

A presidencial situação explosiva

por Nuno Castelo-Branco, em 03.01.10

 

 

Todos concordamos na imperiosa necessidade de Portugal regressar a um espaço económico que durante largas décadas proporcionou a viabilidade de indústrias, garantiu o comércio, dinamizou a marinha mercante. O antigo Ultramar, onde o Brasil  se torna cada vez mais numa garantia de crescimento para os investidores, é a única alternativa à completa absorção portuguesa pela Espanha.  A insignificância dos nossos números e possibilidades no quadro europeu, implica encarar as realidades, não como uma fatalidade, mas como a oportunidade para prolongar a manutenção da autonomia política.

 

O caso angolano inclui-se neste necessário regresso ao Sul. Ninguém contesta os benefícios mútuos que são possíveis pela cooperação entre empresas, servindo os Estados para o necessário apoio legal e por vezes, financeiro. No entanto, surgem situações que são obscuras e de difícil compreensão por parte da maioria dos contribuintes portugueses. O recente caso do "investimento de milhões" na Zon, carece do pleno esclarecimento da situação. Isabel dos Santos não é uma instituição bancária ou o nome de um país situado nos trópicos. É tão só, a filha do presidente de Angola. Nem sequer sendo necessário averiguar a proveniência de fundos aparentemente disponibilizados para uma operação daquela envergadura - conhecendo-se a politicamente normal  permeabilidade entre bens pessoais dos chefes africanos e aqueles que pertencem ao Estado -, surgem algumas interrogações.

 

O caso BPN/SLN, onde uma boa parte do sistema instalado aparece implicado em negócios que oficialmente legais, são contudo contestáveis no plano ético - as habilmente esquecidas "acções presidenciais" a mais de 120% de juros/ano, por exemplo -, consistem num bom exemplo da actual situação que os agentes políticos pressurosamente procuraram minimizar através da intervenção, mormente via Caixa Geral de Depósitos. Bem pode o ministro Teixeira dos Santos reclamar que da parte do Estado - quer dizer, do contribuinte -, não saiu um único cêntimo para a cobertura dos astronómicos prejuízos derivados do roubo. Ninguém acredita. Politicamente, os termos valem o que valem e se para a comunicação social surge sempre o peculato como a necessária e terminologicamente correcta válvula de escape que disfarça o assalto aos bolsos dos indefesos, todos sabemos que o dinheiro aplicado na salvação do BPN tem claros indícios da acção dos responsáveis políticos em Portugal. É aquilo que no jargão militar se chama colmatar brechas.

 

O investimento da família Dos Santos em Portugal, pode ser desejável, bem vindo e tranquilizador para a eficiência e modernização das empresas, logo, do trabalho. Mas há que garantir a plena certeza da proveniência daqueles mais de cento e sessenta milhões que entram na Zon. Agora, corre pelas ruas a notícia ou boato, do financiamento ter sido propiciado pela Caixa Geral de Depósitos e assim, ficamos sem saber se o dinheiro do alegado investimento provém do património de outrem, ou bem pelo contrário, sai dos cofres da CGD, como forma de compensação de hipotéticos prejuízos decorrentes das actividades financeiras da presidencial família na banca portuguesa.

 

Pairam ainda, as fortes suspeitas acerca da apressada intervenção do Estado na salvação do BPN/SLN, alfobre de sonoros nomes do regime. Mas quem poderá esclarecer cabalmente a situação?

 

Este pode ser mais um pau de dinamite para a tal "situação explosiva" que Cavaco Silva acena. Conhecedor dos jogos da plutocracia, bem sabe do que fala e sobretudo, teme.

 

 

publicado às 18:28






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