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...há cinco anos:
five years, fünf Jahre, cinco años, cinq ans, fem år, bost urte, пяць гадоў, pesë vjet, ห้าปี, 5年, pet godina, пет години, পাঁচ বছর, beş il, cinc anys, lima ka tuig, pět rok, vijf jaar, viis aastat, limang taon, viisi vuotta, ხუთი წლის განმავლობაში, πενταετία, પાંચ વર્ષ, öt év, fimm ár, lima tahun, cúig bliana, cinque anni, 5年, бес жыл, ប្រាំឆ្នាំ, 오년, ຫ້າປີ, quinque annis, pieci gadi, penkerius metus, ħames snin, таван жил, pięć lat, cinci ani, пять лет, пет година, päť rok, pet let, beş yıl, năm năm, pum mlynedd, eminyakeni emihlanu.
Começo pelo fim. Qual a instituição financeira que vai conceder um empréstimo ao Partido Socialista (PS), que pelos vistos não tem um centavo para mandar cantar um ceguinho eleitoral? Em plena época de comissões de inquérito ao GES e BES, não seria mal pensado nomear um corpo para averiguar os trâmites legais do financiamento deste (e outros) partido (s) antes de haver ilícitos e malas com notas a circular por aí. O povo de Portugal merece saber como os seus digníssimos representantes políticos metem dinheiro em caixa. Qual o banco que empresta? Qual a taxa de juro aplicada? Qual o spread ideológico? E quem do PS faz parte do conselho de administração da instituição financeira em causa? São simples perguntas que devem ser colocadas e respondidas em nome do socialismo democrático. Estas são algumas das implicações decorrentes do corte de água e de electricidade no Largo do Rato. Não se esqueçam. Esta é a força política que diz ser capaz de resolver todos os dilemas de Portugal. Mas há outras considerações existenciais para além da confirmação de que este partido viveu acima das suas possibilidades e que foi incompetente nas suas lides domésticas. O facto do PS não conseguir angariar financiadores no seu clube de camaradas revela que existe um défice de confiança no Largo do Rato. Se fizessem uma demonstração inequívoca de capital intelectual, teriam certamente o financiamento pelo qual agora choram. Eles vão andar por aí de mão estendida, ao que muitos irão responder: "eu já dei para este peditório e o resultado foi o que se viu". Abril notas mil.
Três conclusões a retirar do degradante espectáculo político que tem sido servido a granel a todos os portugueses: 1) a partidocracia, mais uma vez, apostou na mesmice modorrenta que trouxe o país à vergonha do resgate, 2) os pascácios que vivem da graxa e da venda de influências continuam no poleirozinho; 3) as campanhas têm sido um hino à estupidez massificada. Em suma, uma comédia ridícula.
O Primeiro-Ministro acaba de afirmar na Assembleia da República, em resposta a uma interpelação de Jerónimo de Sousa, que não conhece, e este último também não conhecerá, qualquer governo, de esquerda ou de direita, que se proponha ter como programa político uma política de recessão e destruição da economia. Isto significa, logicamente, que Passos Coelho fez uma campanha eleitoral em que deliberadamente prometeu fazer tudo o contrário do que já sabia que iria fazer, o que por sua vez quer dizer que não foi apanhado desprevenido pelas circunstâncias que encontrou quando o Governo tomou posse, e que estas não servem de desculpa para a inversão total da política prosseguida pelo governo em relação ao prometido em campanha eleitoral. Significa, portanto, que Passos Coelho é partidário de um certo maquiavelismo que nos diz que é preciso mentir para ganhar eleições. É pena. Agradecemos o esclarecimento, senhor Primeiro-Ministro, embora o lamentemos.
Nos últimos dias, ficámos a saber que há autocarros de Juntas de Freguesia colocados ao serviço de um partido, que imigrantes ilegais são transportados para a campanha do PS, e que há um país, Moçambique, que interfere nas eleições de outro providenciando alguns dos seus cidadãos para figurantes das campanhas eleitorais de um partido, por via da sua Embaixada. Isto a troco de um saco com uma merenda.
Para além da humilhação e manipulação a que estes indivíduos foram sujeitos por parte de gente cujos valores morais ao invés de derivarem de uma sólida formação pessoal, parecem estar ao nível dos de uma ratazana de esgoto - ainda por cima infectando o ambiente, já de si pútrido, que os rodeia - assistimos à violação de premissas de uma democracia liberal saudável e de Relações Internacionais, inclusive traduzidas em letra de lei, sem qualquer pejo. José Sócrates e o PS perderam noção da realidade, do ridículo e de si próprios. Tudo mau demais para ser verdade.
Sugere-se ainda o visionamento do vídeo do 31 da Armada, e a leitura do post do Carlos Botelho.