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O secretário Sr. Seguro diz que o secretário Sr. Moedas é ..."uma escolha partidária decidida pelo governo, escolhendo um dos seus". Se em vez de um simpatizante do PSD tivesse sido escolhido um homólogo do PS, estaríamos então perante quem ou o quê? Uma escolha "apartidária", ou apenas uma réplica daquela velha e conhecida fraude geralmente utilizada pelos caríssimos e gulosos comensais belenenses que reivindicam a mentirola ..."de todos os portugueses?
Apetece-me relembrar dois posts do Dragão. O primeiro, Para que conste - I:
«Estado e Finança são inseparáveis. Entretecem-se e reforçam-se. Afinal, sempre foi preciso financiamento para exércitos e obras públicas. Só que como o Estado em relação à Nação, também a Finança começa por servir o Estado e acaba a servir-se dele. Por outras palavras, assim como a Nação desenvolve um Estado, o Estado desenvolve uma Finança. À medida que se hipertrofia o Estado, hipertrofia-se ainda mais a Finança. Necrose com necrose se paga. Quanto mais o Estado devora a Nação, mais a Finança digere o Estado. De modo que a sujeição nanificante (e nadificante) da nação a um estado descomunal agrava-se pela subserviência deste a uma Finança desorbitada e exorbitante. E tanto assim é, e tem sucedido, que podemos hoje em dia testemunhar o nosso próprio Portugal a ser estrangulado por um Estado que a Finança traz pela trela.»
E o segundo, Os otários que paguem a crise. É para isso que eles existem:
«Entretanto, o país de regresso à sua penúria tradicional, do ponto de vista dos ricos e seus acólitos, é positivo: quer dizer que o país, de volta ao terceiro mundo e à realidade, está a transformar-se num país mais competitivo, com mão de obra mais barata e menos esquisita. Para os pobres, os verdadeiros, também não faz grande diferença: abaixo de pobres não passam, e já estão habituados. Concentram-se no futebol, na pinga e lá vão. Os únicos que, de facto, têm motivos para se preocupar seriamente são aquela classe heteróclita e intermediária – daqueles que vivem digladiados entre a angústia de regredirem a pobres e a ilusão de, num golpe de asa, ou por qualquer súbita lotaria do destino, ascenderem a ricos. Esses, temo-o bem, vão ter que sacrificar-se, mais uma vez, pela competitividade do país. É, aliás, urgente que desçam do seu pedestal provisório e se compenetrem dos seus deveres atávicos. São para isso, de resto, que, cíclica e vaporosamente, são criados.
No Prós e Prós, o General Garcia Leandro revelou há pouco que foi convidado em Dezembro por Sofia Galvão para a Conferência no Palácio Foz, mas que pensava que se trataria de repensar o estado de forma aberta, a médio e longo prazo, e não a pensar no corte de 4 mil milhões para este ano. Apercebeu-se a 5 de Janeiro, através do Expresso, do que era realmente aquela conferência, logo procedendo no sentido de se desvincular de algo que, segundo as suas palavras, se tratava essencialmente de escolher pessoas da sociedade civil a dedo que lá fossem dar cobertura a decisões já tomadas pelo governo. Acrescentou ainda que isto é conduzido por um Secretário de Estado que não sabe nada de nada, Carlos Moedas.