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"Lançamento do livro "Quando o Povo quiser", uma antologia de textos monárquicos comemorativa dos 10 anos do Correio Real, que será apresentado pelo poeta e ensaísta Pedro Mexia e com a presença de Suas Altezas Reais os Duques de Bragança.
"Organizado por João Távora e editado por Vasco Rosa, "Quando o Povo quiser" inclui um prefácio de Nuno Pombo, um posfácio de S.A.R. o Senhor Dom Duarte de Bragança, e textos de António de Souza-Cardoso, Augusto Ferreira do Amaral, Carlos Bobone, Diogo Tomás, Francisco Teles da Gama, João Mattos e Silva, João Távora, João Vacas, Joaquim Costa e Nora, Jorge Leão, José Adelino Maltez, José Manuel Quintas, Leonor Martins de Carvalho, Luís Barata, Manuel Braga da Cruz, Miguel Castelo-Branco, Nuno Miguel Guedes, Nuno Castelo-Branco, Nuno Pombo, Nuno Resende, Paulo Cunha Porto, Paulo Teixeira Pinto, Pe. Pedro Quintela, Samuel de Paiva Pires, Teresa Côrte-Real, Teresa Maria Martins de Carvalho, Vasco Rosa e Dom Vasco Teles da Gama.
"O livro estará à venda no local pelo preço de 20,00€.
"O Centro Cultural de Santa Joana Princesa tem lotação para 300 pessoas sentadas: o distanciamento físico será garantido e serão observadas todas as normas sanitárias em vigor."
Mais informações no site da Real Associação de Lisboa e no Facebook.
No Sábado passado recebemos a triste notícia da partida de um homem bom, um patriota, incansável lutador pela causa monárquica, João Mattos e Silva. Aqui fica o texto da Real Associação de Lisboa neste momento difícil para a sua família e amigos, a quem endereçamos as nossas condolências:
É com o mais profundo pesar que comunicamos o falecimento do nosso associado JOÃO MATTOS E SILVA, exemplo de dedicação ao Ideal Monárquico, sendo de destacar o frutuoso trabalho como presidente da Juventude da CAUSA MONÁRQUICA, mais tarde como primeiro presidente eleito da CAUSA REAL, e em tempo mais recente presidente da REAL ASSOCIAÇÃO DE LISBOA.
Dirigiu a Real de Lisboa no momento mais crítico da vida da instituição, e conseguiu reunir e liderar um grupo de associados quereergueram e renovaram a associação, num esforço continuado pelos elencos directivos que se seguiram.
Nunca o João Mattos e Silva, mesmo quando passou formalmente o testemunho, deixou de prestar o seu apoio, dar a sua opinião, partilhar a sua imensa experiência, num labor associativo difícil de igualar.
Apresentamos à família enlutada as nossas sentidas condolências, informando os associados e simpatizantes que as exéquias terão lugar na Igreja de São João de Deus, à Praça de Londres, Lisboa :
- Velório amanhã, Domingo, a partir das 17h;
- Missa de Corpo Presente na Segunda-feira, às 10h30, seguindo depois o cortejo fúnebre para o cemitério do Alto de São João.A DIRECÇÃO
Para a maioria dos portugueses que ainda se consideram como tal, de nada servem as mesuras, palmadinhas nas costas e conciliábulos diplomáticos à volta de uma mesa bem servida.
A sempre latente questão das Selvagens ressurge com grande acuidade, atendendo-se a diversos factores onde a política geral do Reino de Espanha é indivisível dos seus múltiplos aspectos componentes, desde o contentar de pequenos orgulhos regionais - serão também as Canárias una nación? -, até às ambições corporativas ciosas de ouro negro e do aspirar de vapores gasosos. A isto poderemos ainda juntar outros factores como a posição de Espanha no contexto da península ibérica, o felizmente caso perdido de Gibraltar, a possível chantagem mediática, a consolidação do reinado há pouco iniciado, etc.. No meio de tantos contratempos, Portugal terá pelo menos a felicidade de na Zarzuela não pontificar uma espéciie de Aznar em presidencial serviço, pois ali será impossível encontrarmos um Filipe VI que em relação a Portugal seja muito diferente daquilo que durante mais de trinta anos João Carlos I foi. Contudo, Madrid tem poderosas armas que poderá utilizar a favor das suas pretensões, sejam elas as económicas e financeiras, como simplesmente, a gestão das águas dos rios de que os portugueses muito dependem. Em suma, bem podem os espanhóis dificultar-nos a vida.
Em Portugal, discutir-se a soberania é um daqueles assuntos a que o regime naturalmente é alérgico desde a sua nascença. De facto, carece de legitimidade para o fazer, pois se até na alienação de Macau pouco fez para o prolongamento de uma presença que beneficiava macaenses e os próprios chineses sempre ciosos do salvar a face, agora torna-se cada vez mais difícil contrariar os apetites espanhóis quanto ao alargamento da sua zona económica concomitante à da Madeira. Em Lisboa há muito se esqueceram as lições retiradas do Ultimatum britânico, lições essas indissociáveis da ocupação e presença efectiva nos territórios considerados como parte integrante da soberania nacional. Nunca ninguém se preocupou com a instalação de uma guarnição permanente, estando as Selvagens numa situação muito pior do que a Fortaleza do Bugio. No Parlamento, falar-se de Defesa Nacional será o mesmo que em plena Mesquita Azul alguém alvitrar a devolução de Hagia Sofia de Constantinopla ao culto cristão. É impossível, pois o lastro de décadas infindas de inépcia, laxismo, supina cobardia e crassa ignorância, resumem o tema à discussão da arma de arremesso dos dois submarinos que num regime normal e dadas as patéticas reivindicações do Mapa Azul, deveriam ser oito.
Se não perdermos definitivamente as Ilhas Selvagens, duma clara possibilidade ninguém nos livra: seremos despojados de boa parte dos nossos direitos sobre as águas vizinhas e com estas, dos potenciais recursos económicos que ali se adivinham.
Sendo tradicionalmente nula a presidência da república das cagarras e pouco eficaz ou credível o governo - este ou no futuro próximo, um do outro partido -, também pouco ou nada há a esperar de umas forças armadas que são descaradamente complacentes - senão participantes desde há duas gerações - em todo este descalabro. Têm calado e consentido.
Resta-nos um duro e inequívoco protesto da única e derradeira depositária da nossa quase milenar história: a Causa Real.
"O 5 de Outubro é um dia importante. Uns festejam o golpe militar de 1910 que pôs portugueses contra portugueses. A Causa Real, porém, prefere celebrar a fundação da nossa nacionalidade, evocando a assinatura do tratado de Zamora, em 1143. Apelando à união de todos os portugueses e à exaltação dos mais nobres valores patrióticos, exortamos todos os nossos associados e amigos a que compareçam na concentração do próximo Sábado, dia 4 de Outubro, às 22h, junto à nossa sede na Praça Luís de Camões, em Lisboa (que incluirá uma surpresa de forte impacto visual).
Não tenhamos dúvidas: a presença de cada um de nós, com as nossas bandeiras e o nosso entusiasmo, é fundamental para que esta iniciativa tenha o sucesso pretendido, no coração da nossa cidade."
Um Euro poderá apenas significar o sacrifício de um café e meio, mas num momento de moralidades e apertos financeiros, muito mais há a dizer quanto a despesas. Ainda faltam os três ex, as viagens de Falcon - deixando a "escória acompanhante" acomodar-se no C-130 -, o automobilismo motorcade - com multas à conta que não surgem nas contas, segurancismo à mais de uma dúzia de fardas que cocam as preciosas propriedades privadas, ajudas de custo para isto e para aquilo, etc, etc. É melhor ficarmos por aqui, pois poderão surgir amigos, genros, acções exclusivistas em banca falida, casas fantasma que não surgem nos registos, fundações, "presidências honoríficamente bem pagas", bancos, acções, casos no Extremo Oriente, rutilantes pedras jambeiras, enfim, banalidades sans aucun intérêt.
O pior de tudo não radica na questão da milionária dotação presidencial, mas naquele incómodo assunto que dá pelo incontornável nome de política. A política - tráficos de influência, dissoluções ao capricho do Partido, teorias da conspiração, deslealdades institucionais, escandalosas parcialidades e total responsabilidade pela situação material e anímica que Portugal vive -, é o motivo essencial que dispensa todos os outros e que aponta para a imperiosa necessidade de se substituir a instituição.
No âmbito do projecto "Educar", promovido pela Causa Real, decorrerá hoje, pelas 16h30m, na Escola Superior de Educação João de Deus, a primeira de uma série de conferências e debates dedicados às temáticas da democracia, regime político e cidadania em Portugal no século XXI. Os oradores serão o Professor José Adelino Maltez e eu próprio. Naturalmente, a conferência é aberta ao público e a entrada é livre.
No âmbito do projecto "Educar", promovido pela Causa Real, decorrerá amanhã, pelas 16h30m, na Escola Superior de Educação João de Deus, a primeira de uma série de conferências e debates dedicados às temáticas da democracia, regime político e cidadania em Portugal no século XXI. Os oradores serão o Professor José Adelino Maltez e eu próprio. Naturalmente, a conferência é aberta ao público e a entrada é livre.
Chegou a notícia de terem os turras arremessadores de calhaus, dedicado uma parte da sua bílis à Causa Real. É mesmo verdade. Quando a diminuta brigada ia a caminho de S. Bento, deteve-se diante da sede no Largo do Camões, berrando morras ao Rei.
Assim se comprova que apesar de ser por alguns sectores apontada como "residual" na sociedade portuguesa, a questão da Monarquia incomoda e não é esquecida pelos do costume. Pelos vistos, a jagunçagem não era totalmente composta por tolos da cerveja e anafados filhotes de algo, os tais "teóricos de barbicha" à moda de inverno.
Parece ser esta a conclusão a que chegamos após as palavras do chefe Arménio Carlos. Maniifesta-se muito justamente contra o Tratado que prevê a inclusão de uma norma que imponha limites aos défices dos Estados que compõem a U.E. Cremos piamente que a fazer-se tal coisa, essa norma obrigatoriamente deverá pertencer a mais uma alínea do famigerado artigo 288º da actual Constituição, precisamente aquele que nega aos portugueses a opção pela Monarquia. A desfaçatez e arrogância da gente da toga ensimesmada na sua pretensa divindade, impede-nos de escolher o rumo que um dia colectivamente pretendamos dar ao país. A felonia vai longe, pois um dos artífices da Constituição de 1976, teve a preclara ideia do processo de dupla revisão, aquela famosa perda de tempo que tudo impossibilita, para mais exigindo o absurdo apoio de 2/3 dos deputados parlamentares. Em suma, é uma fórmula que capciosamente impede qualquer manifestação da expressão da vontade dos portugueses.
Devido aos trâmites do edifício constitucional, muitos regimes têm chegado a becos sem saída e Portugal sabe-o por experiência repetida. A existência do 288º, é um claro convite à ruptura e talvez até seja esta uma forma normal, pois os defensores da forma republicana do Estado, usaram e abusaram da força para obterem os seus fins.
Sem o saber, Arménio Carlos acaba de prestar um inestimável serviço à Causa Real.
A página do Facebook e o blog da Lisboa Realista, lista candidata às eleições da Real Associação de Lisboa, que se realizarão no dia 25 de Fevereiro, já estão online. Entretanto, deixo o convite para ficarem a conhecer os membros da lista e o nosso projecto.
Antes de tomarem a decisão final, os membros do governo tenham em boa conta as consequências de certas atitudes. Como aqui se disse, se querem uma guerra sem tréguas, tê-la-ão.
Ainda não sou membro da Causa Real, mas tenciono preencher a inscrição nos próximos dias. Assim que o processo esteja concluído e a confirmar-se a abolição do 1º de Dezembro, o meu primeiro acto será a proposta de expulsão de todos os membros do actual governo inscritos em qualquer uma das Reais Associações. O até agora anunciado capitular perante a máfia que impôs o cretino feriado do 5 de Outubro - sem sequer exigir uma troca compensatória -, incompatibiliza estes ainda associados, com a sua presença numa longa lista que conta com muitos milhares de filiados sem benesses, vaidades ou qualquer tipo de interesseira reserva mental. Alegarão os governamentais com uma "imposição da UGT", embora saibamos que esta UGT não acrescenta nem subtrai um único trabalhador às pouco temíveis correrias nas ruas.
O governo não cedeu coisa alguma à UGT, mas sim aos outros que bem sabemos quem são e se escondem atrás desta e de outras siglas.
Consistirá esta exclusão num acto de benemerência, pois libertos desta canga que lhes impõe uma certa moderação nos apetites, decerto poderão auferir de apetecíveis filões que o poder proporciona. A mensagem é clara: "não precisamos de Vossas Excelências e passem para a república que vos alimenta e agasalha".
Aguarda-se a publicação oficial da decisão do governo e a confirmar-se a vergonha, as explicações dos até agora "realistas governamentais", sejam eles quem forem. A não serem dadas, apenas um caminho lhes resta: a imediata demissão voluntária ou a expulsão, com o irrecusável direito a lerem os seus nomes publicados num comunicado da Causa e distribuído imprensa fora, de lés a lés.
É o tudo ou nada.
Exmo. Sr. Presidente da Causa Real Dr. Luís Lavradio,
Venho por este meio expressar-lhe o meu descontentamento com o rumo que a Causa Real tem vindo a levar e dar-lhe o meu humilde contributo, através da minha opinião, sobre o que poderia ser feito para recuperar o bom nome de tão nobre instituição.
Em primeiro lugar, cabe-me constatar que no final de praticamente meio ano de mandato da direcção por si presidida, a Causa Real continua com um site “em construção”. Paralelamente, a única rede social que é trabalhada é o Facebook, não havendo nenhuma estratégia pensada para a comunicação digital da Causa – o que certamente perceberá que é bastante grave nos dias que correm.
Já que falamos de comunicação, deveríamos falar também das Relações Públicas da Causa Real, pelo que gostaria de alertá-lo para o facto de o seu mandato estar a ser bastante apagado do ponto de vista mediático, existindo poucas notícias sobre a nossa causa e existindo um cada vez maior desconhecimento dos portugueses sobre o que é a Causa Real e quem é o seu presidente. Penso que este aspecto em particular está a tornar-se cada vez mais insustentável, principalmente em comparação com os mandatos do Dr. Paulo Teixeira Pinto.
Para fechar o capítulo da comunicação, penso que sabe que a Causa Real e todo o movimento monárquico, sofrem de uma má imagem junto da opinião pública, sendo vulgarmente colados a uma visão demasiado antiquada da sociedade. Sendo o objectivo primordial da Causa Real atrair novos seguidores para o ideal monárquico, não compreendo o porquê de se fazerem tão poucas iniciativas e as que existem serem tão pouco originais - o que em nada contribui para se mudar a imagem que a sociedade tem de nós – falo de touradas reais, jantares dos conjurados, homenagens e recepções públicas no 5 de Outubro, entre outras, que não convencem ninguém, nem conseguem trazer visibilidade aos nossos ideais monárquicos.
A única maneira de uma organização com tão poucos recursos como a Causa Real conseguir ter protagonismo na opinião pública, passa por desenvolver acções mediáticas onde a tónica esteja assente na criatividade – a discussão em torno do regime logo após o episódio da bandeira do blog 31 da armada é a prova evidente disso. De que continuamos à espera?
Outra questão que me tem preocupado é a democracia interna no seio da Causa Real. Em primeiro lugar, penso que deveríamos avançar o mais depressa possível para a eleição do presidente da Causa Real através do voto directo de todos os associados das reais associações, de forma a tornar todo este processo muito mais transparente. Deixo-lhe desde já este desafio.
Gostaria ainda de saber o porquê de estarem a ser criadas novas reais associações, tendo em conta o facto de serem essas reais associações a eleger o presidente da Causa Real – logo, pode parecer estranho que esteja a ser engrossado o colégio eleitoral, o que pode tornar-se bastante útil à actual direcção em futuros momentos eleitorais. Pensa que isto é correcto?
Neste sentido, gostava de desafiá-lo, ainda, a modernizar os estatutos da Causa Real, tornando-os mais transparentes, democráticos e de acordo com a lei geral. Esta modernização passa pela introdução de quotas femininas para os órgãos da Causa Real (recordo-lhe que a sua direcção apenas tem uma mulher em onze membros e que a lista de todos os órgãos que apresentou no último Congresso Monárquico apenas tem duas mulheres em setenta e cinco eleitos) e pela limitação de mandatos em todos os órgãos da Causa Real, limitando a dois ou três mandatos a presença de um associado em qualquer um dos órgãos, forçando a renovação da estrutura, que há muito que tarda em acontecer.
Agradeço desde já a atenção dispensada e oferece-mo para em tudo o que achar útil, ajudar a sua direcção a melhorar o seu trabalho, nomeadamente no campo da comunicação e imagem da Causa Real.
Aguardo ainda uma resposta às minhas questões, apelando novamente ao seu bom senso, de melhorar o seu trabalho à frente da Causa Real ou abrir portas a uma renovação na direcção.
Os melhores cumprimentos,
João Gomes de Almeida
Lisboa, 6 de Outubro de 2011.
PS – Aconselho-o a colocar pelo menos o mail da Causa Real no site, visto que nos "contactos" apenas tem uma morada.
João,
Já em resposta a outro post disse quais são, para mim, os propósitos desta iniciativa. Agora se tens uma solução para iniciativas que possam ser (1) patrocinadas por uma instituição como a Causa Real, (2) que possam ser realizadas dentro das suas limitações financeiras, e (3) que ainda tenham um efeito viral, então que tal partilhar connosco?
Talvez algo na linha do "evento" de homenagem a Steve Jobs? Afinal estamos a falar de um “evento” criado por uma agência de comunicação moderna e de sucesso, certo? Segue então a minha visão “cinzentona” de um caso de estudo de um modelo alternativo de comunicação:
A eventual adesão ao “evento” é fruto do mediatismo de Jobs, transformado recentemente em herói, de acordo com os padrões da nossa ditosa modernidade.
O “evento” não refere qualquer valor ou qualquer causa que se queira entaltecer, nem sequer simbolicamente, apelando a uma acção absolutamente irrelevante, que a agência de comunicação terá decidido ser a adequada homenagem a Jobs.
Jobs, para qualquer Português, tem ainda menos “valor sentimental” do que tem, por exemplo, um Angélico.
Jobs é cool. Angélico não. Ambos, no entanto, têm buzz – partindo do princípio que eu percebi o que é o buzz.
Sendo que o valor do “evento” é absolutamente nulo, tanto em termos emocionais como em termos objectivos, conclúo que o “evento” talvez não passe de uma mera manobra de propaganda da agência de comunicação que o promove, aproveitando-se do sensacionalismo da morte de Steve Jobs.
A jeito de curiosidade, Jobs sucumbiu vítima de cancro do pâncreas, mas isso é irrelevante.
Ora se é este o conceito de comunicação que se quer ver exportado para a Causa Real, da minha parte: não obrigado (mas se a minha conclusão está errada, e esta é afinal uma sentida homenagem de um grupo de Portugueses muito emocionados pela morte e vida de Steve Jobs, então peço desde já que perdoem a minha falta de sensibilidade, coisa que aliás não vos deve faltar lá pelos lados da BAR).
De volta ao seu post: concordo, não é assim que se mudam regimes. Aparentemente só com tiros pelas costas é que a coisa lá vai.
Em suma: há lugar para iniciativas cinzentonas e lugar para iniciativas coloridas, sendo ambas úteis e necessárias à causa. O que devia ser óbvio é que em algumas iniciativas, quer se queira quer não, simplesmente não cabe a Causa Real. Serão estas, porventura, as que terão maior impacto junto dos Portugueses, mas isso em nada diminui o papel (às vezes mais colorido, outras vezes menos) da Causa Real.
Não queria ter que puxar novamente pelo assunto, mas o Felipe e o João Távora parece que não acharam muita piada ao meu exercício de estilo. Na verdade, como penso que bem sabem, sou sócio do Sporting e para vossa informação também do Belenenses, já fui várias vezes ao T-club, inclusivé à festa branca, não sou de esquerda e vou regularmente às corridas. No entanto, nasci no interior do país, não andei em colégios privados, não tenho irmãos e só tenho um nome próprio e três de família. Tenho blasers com botões dourados, mas tenho imensos amigos com piercings e rastas, que encontro regularmente no Musicbox. Resumindo e concluindo, o que escrevi foi apenas um exercício de estilo, sendo certo que não avalio ninguém pela sua imagem, ou maneira de estar na vida - muito menos os meus companheiros monárquicos.
No entanto, convém frisar alguns aspectos: não consigo perceber como é que são as mesmas famílias e os mesmo protagonistas a liderar desde sempre o movimento monárquico, não compreendo que a nobreza de sangue seja estatuto para dirigir o movimento monárquico, não acho que tenha sido feito qualquer trabalho minimamente relevante, nos últimos anos, no movimento monárquico português e não percebo o porquê dos actuais dirigentes da Causa continuarem a blindar estatutos e a criar reais associações, como forma de se manterem agarrados ao poder. Em suma, não percebo o porquê destes senhores, que afastaram muitos bons monárquicos da Causa, como o Miguel Esteves Cardoso, o Gonçalo Ribeiro Teles e o Pedro Ayres de Magalhães, entre outros, não tomarem uma de duas decisões: ou darem protagonismo e seriedade à Causa Real, ou em contrapartida, saírem e darem lugar aqueles que verdadeiramente podem dar uma lufada de ar fresco à causa e um pontapé no bolor que para lá anda.
A Causa Real e a Real Associação de Coimbra organizam no próximo dia 5 de Outubro nessa cidade um programa de comemorações da fundação da nacionalidade, decorrente da assinatura do Tratado de Zamora, um diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão e Castela a 5 de Outubro de 1143.
A Real Associação de Lisboa disponibiliza transporte ida e volta.
Mais informações aqui.
A propósito deste post do nosso colega João Gomes de Almeida, parece-nos de elementar justiça repor a verdade acerca da actual situação da Causa Real, organismo que cumpre actuar como braço político da Casa Real, através da coordenação das muito autónomas Reais Associações existentes em todo o país. Como nos é dado observar (podem consultar as actividades mais recentes aqui), neste início de mandato a recém empossada Direcção procura conhecer as realidades de cada uma das R.A., naquela inicial abordagem que permitirá no futuro mais próximo, uma melhor coordenação a nível nacional.
Não contando a Causa Real com qualquer tipo de renda ou subsídio, bem ao contrário das organizações políticas que disputam o poder executivo, cumpre aos seus dirigentes assumir às próprias expensas, os necessários montantes para as iniciativas a que se propõe, enquanto não atraem um consistente grupo de mecenas, um objectivo há muitos anos perseguido e que sabemos constituir uma prioridade para o curto mandato desta.
Esta é a verdade. Não sendo um partido político, a Causa sobreviveu à 1ª República e tentativas de aniquilamento pela violência. Sobreviveu à 2ª República e ao intento de domesticação que o regime pretendeu. Tem sobrevivido à descarada censura praticada pelos senhores desta 3ª República. A teimosia deve-se à certeza da nossa razão e esta, já é antiga de cinco gerações. A Causa Real existe desde os caóticos e nefastos tempos da 1ª República e todos os regimes, opressões e tentativas de silenciamento tem ultrapassado, pela vontade e abnegação - por vezes de forma mais expressiva - dos seus dirigentes. Essa é a verdade inegável.
Como muito bem afirmou Miguel Esteves Cardoso, a Causa Real é o maior e mais antigo movimento de resistência no nosso país.
Em virtude da demissão de Paulo Teixeira Pinto, foi empossada há um mês no congresso do Porto uma nova Direcção que termina funções daqui a um ano. Ao que nos é dado observar, durante estas semanas, em claro prejuízo das famílias dos dirigentes e do próprio e merecido descanso, esta direcção já visitou um bom número de Reais Associações espalhadas pelo território nacional com o objectivo de fazer um levantamento de necessidades e sensibilidades para as novas propostas a apresentar. Esta fase de trabalho não é visível nem espectacular, mas tem como fim um maior conhecimento do terreno que permita uma reorganização verdadeiramente eficaz.
Diminuir o esforço da Direcção que ao que sabemos assumiu um ambicioso programa de acção, é uma injustiça que deve ser corrigida. Urge apelar à colaboração e empenhamento de todos os inscritos nas Reais Associações, pertençam eles a que Partidos pertencerem. O facto é que nunca como hoje existiram tantas novas filiações nas R.A., esta é a verdade que a muitos incomoda. De resto, os balanços, críticas e candidaturas são estimulados e bem vindos no contexto das instâncias próprias dentro dos estatutos da organização, cujo próximo congresso (por sinal electivo) decorrerá em 2012.
A Causa Real deverá ser uma união de vontades e verificando-se um até há pouco inesperado reacender da ideia da Monarquia Portuguesa, há que conjugar esforços. Todas as diferenças não serão obstáculo para aquilo que a todos nos une, o supremo interesse de um país que quer continuar a ser independente nestes conturbados tempos.
Pelo Estado Sentido,
Samuel de Paiva Pires e Nuno Castelo-Branco
Sou monárquico até às entranhas, ao ponto de achar que ninguém o deve ser de ânimo leve. Sou monárquico, nos dias de hoje, porque acredito que este é o regime que melhor se adequa ao nosso país, garantindo mais estabilidade política e uma chefia de estado independente dos partidos. Como tal, sou um monárquico que acredita no futuro da monarquia, o que é bastante raro em Portugal.
Conheço muitos bons monárquicos, mas reconheço que como colectivo somos maus. Na maioria, temos uma tendência parva para nos tornarmos saudosistas manhosos, intelectuais de salão e velhos jarretas reaccionários. Achamos que estamos certos e até tenho certeza que o estamos, no entanto, achamos que as nossas opiniões se autolegitimam por obra e graça de S. Nuno de Álvares Pereira. Para nós, monárquicos, não interessa irmos para a rua, não importa comunicarmos os nossos ideais e lutarmos por aquilo em que acreditamos. O mais importante, é estarmos unidos na convicção da nossa verdade, morrendo lentamente enquanto movimento, enroscados na confortável mantinha da resignação republicana.
Os últimos tempos têm sido um pouco diferentes. Existiu o 31 da armada e o episódio da bandeira na Câmara Municipal de Lisboa, o IDP cresceu alicerçado na força do Professor Mendo Castro Henriques e as redes sociais serviram de fóruns de discussão sobre a monarquia. Algo mudou, infelizmente muito pouco. As estruturas monárquicas, que nos representam institucionalmente, continuam essencialmente moribundas. Os dirigentes de hoje são os dirigentes de há 30 anos e os filhos e netos dos dirigentes de há 30 anos. Não incomodamos ninguém, não trabalhamos enquanto grupo, não nos renovamos e temos uma tendência confusa de temer tudo o que venha de novo. Somos essencialmente seres politicamente confusos, hesitantes entre seguir em frente ou contentarmo-nos com o passado.
Não foi preciso ir ao congresso deste fim-de-semana da Causa Real, para perceber que já era hora dos dirigentes monárquicos de sempre abrirem portas à renovação, ouvirem os monárquicos do amanhã e fazerem algo para deixarmos de ser menos dia após dia.
Também publicado no Albergue Espanhol.
Decorreu ontem, no Porto, o XVII Congresso da Causa Real, num dia solarengo na cidade invicta, que ficou marcado pela sucessão de Luís Lavradio a Paulo Teixeira Pinto, na presidência da Causa. Destaque ainda para a agenda da parte da tarde, que contou com as comunicações de João Távora (que passou também a ser Vice-presidente da Causa) e João Palmeiro, sobre a comunicação na web.
Numa altura em que, mais do que nunca nas últimas décadas, o movimento monárquico tem ganho uma força inegável, assume particular relevância a necessidade da Causa e as Reais Associações reforçarem a sua presença na internet, pelo que a renovação da Causa Real, quer em termos dos seus dirigentes, quer da sua visão estratégica, prenuncia um fortalecimento do movimento monárquico.
"Portugal, sem estratégia nacional – veja-se, em contra-ponto, a timidez, senão a quase inexistência de uma verdadeira estratégia para a lusofonia, para além do formalismo de instituições vagas, vazias e ineficazes – sem outros horizontes para além dos europeus, complexado perante a pujança do seu vizinho, choramingas por ele fazer aquilo que não consegue (sem esquecer as tristes afirmações feitas recentemente em Espanha pelo Dr. Jorge Sampaio), tende a vir a ser, com o aprofundamento da política europeia, mais uma região peninsular, com governo próprio, como a Catalunha ou a Galiza, com Presidente e até “independência” formal."
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Decorre em Viseu o XVI Congresso da Causa Real e, à margem deste, a exposição cujo cartaz deixamos em baixo. Ver mais aqui.