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Patriarca de Lisboa

por Nuno Castelo-Branco, em 25.05.13

Acabado de sair da diocese do Porto, ficámos a saber que o novo Patriarca é social democrata à antiga e como nota de rodapé dos tempos que correm, simpatizante da bola. Mais importante ainda, tem a coragem de dizer que é monárquico.

 

Estamos todos muito satisfeitos por essa reivindicação de barricada, mas então, não se entende o porquê das suas declarações no passado dia 5 de Outubro de 2010. Como clérigo, certamente saberá o que a calamitosa república significou para a igreja católica em Portugal. 

publicado às 07:00

Males que de longe vêm

por Nuno Castelo-Branco, em 24.05.13

Anda meio mundo legitimamente indignado com as afirmações de Miguel Sousa Tavares. Por muito que se antipatize com a presidencial figura e com a instituição que ACS encarna, há limites que não podem ser ultrapassados. Esta sensação de impunidade tem antecedentes bem conhecidos, precisamente os factos que conduziram à subversão do regime da Monarquia Constitucional. A subversão não se limitou às reuniões conspirativas em casa deste ou daquele abastado gingão das lojas lisboetas e teve outras facetas muito mais perceptíveis pela massa da população indiferente.

 

Durante anos a fio, o Rei D. Carlos I foi livremente insultado pela pasquinagem afecta aos sediciosos. Canalha, Sardanapalo, ladrão, devasso, cevado ou bandido, eram apodos corriqueiros que não tiveram a devida resposta por parte dos defensores do Estado de Direito que Portugal era. As sanções limitavam-se a tímidas admoestações, logo seguidas por uma amnistia que Sua Majestade despreocupadamente assinava. Sabemos que estas ignomínias - os insultos e a ausência de forte penalização dos mesmos - significaram.

 

Apesar de aparentar ser politicamente parvo, Miguel Sousa Tavares está muito à vontade. Não passará por qualquer incómodo que lhe tire uma hora de sono. Este menino-bem é parte do mainstream pseudo-progresseiro que dita as normas e em conformidade faz e diz o que bem lhe dá na gana. Gostaríamos todos de saber como é que o comodamente instalado Miguel reagiiria, se um dia destes, desfolhando um jornal não balsemista, deparasse com aquelas palavras com que a generalidade da população gostosa e persistentemente apoda os dois antecessores de Cavaco Silva. 

 

Soares e Lello abertamente insinuam ou acicatam o perpetrar de um crime. Agora, Sousa Tavares faz-nos regressar a 1907, ciente de que nada de penoso terá de enfrentar. Aliás, já é um arrependido, algo que neste contexto, não passará de uma figura de estilo. Preventivamente agiu, lixiviando a nódoa. 

 

Não há qualquer dúvida, a república acabou, nem os seus por ela nutrem um ténue simulacro de respeito. Quem é que enterra a coisa?

publicado às 20:05

Num café do Rossio...

por Nuno Castelo-Branco, em 15.02.13

 

"Ê pá, não é preciso exagerares, eu dou a factura aos gajos!"

publicado às 19:14

Não há crise... na Assembleia

por Nuno Castelo-Branco, em 05.06.12

Estes deputados andam a pedir "peixe espada" graúdo. Não contentes com as periódicas notícias acerca de viaturas de luxo, viagens pagas para "residentes no estrangeiro" que habitam em Lisboa - com casa paga porque "habitam" no estrangeiro - e com outras "ajudas de custo" que esmifram o orçamento, sabe-se agora algo mais acerca do finíssimo palato das excelências do hemiciclo.

 

Vamos então ao que pretendem degustar:

 

- Porco preto, mas com a condição do dito cujo ser alimentado a bolotas, coisa que alguns deputados bem mereceriam ter como pratinho do dia.

 

- Lebre.

 

- Perdiz. Estes nossos famous grouses gostam de caça. Aproveitem o máximo que puderem, pois a caçada poderá um dia destes ocorrer em circunstâncias muito diversas.

 

- Bacalhau do Atlântico. Mas existem bacalhaus no Mediterrâneo ou no Índico?

 

- Pombo torcaz e rola. Caramba, nem sabíamos que estes bichos podiam ser comidos. Já imaginamos os serviçais menores do Parlamento de rede em punho Rossio fora, apanhando alguns sucedâneos capazes de enganar a deputação nacional. Conhecendo-se as peças, engolem facilmente gato por lebre.

 

E ainda,

 

- Café de 1ª qualidade, whisky de 20 anos - uma mania copiada da famosa viagem de Soares e do abarrotado  Lockeed da Tap ao Japão -, oito licores, doze vinhos verdes e oito tintos alentejanos e do Douro.

 

Esta gente enlouqueceu de vez. Ah!, e viva a República! 

 

 

publicado às 08:30

Oito em cada dez

por Nuno Castelo-Branco, em 04.06.12

Um milhão de pessoas à beira Tamisa, esperando horas a fio sob baixas temperaturas e molhados pela tradicional chuva das ilhas britânicas. Dez mil festas de rua por todo o país, as lojas cheias de artigos comemorativos, onde o coleccionismo de qualidade - e outro de gosto mais dicutível - investe em força. Os hotéis cheios, milhares de empregos garantidos e outros tantos criados para o efeito. Turistas, programas televisivos que em todo o mundo ocupam durante horas a fio os tempos de antena, numa publicidade sem custos para os contribuintes britânicos. Uma festa patrocinada por empresas privadas que assim prestam homenagem ao símbolo máximo do Estado.

 

Compreende-se então que em cada dez britânicos, oito queiram manter a Monarquia que garante a unidade do Estado e dos laços com a Commonwealth. Sabem que a Monarquia significa muito mais do que festas, paradas de casacas vermelhas, carruagens, brindes e vestidos de noite. Basta-lhes olharem à sua volta e para lá do Canal. A conclusão é mortífera.

 

Jamais se fez qualquer estudo sério quanto ao apego dos portugueses pela "sua" República, desde sempre refém dos políticos que a tutelam e exploram. Já ouvimos de tudo, desde o seis para quatro, o oito para dois ou o sete para três e sempre favoráveis "ao que está".  Isto, após mais de cento e trinta anos de propaganda ininterrupta, censura descarada, abusos de toda a ordem e alarvidades "históricas" marteladas até à exaustão. Tudo seria normal, se o resultado de uma República de um século não fosse sobejamente conhecido.

 

Os portugueses devem estar a precisar de frequentar o psiquiatra.

publicado às 10:20

Cavaco Silva no Reino da Austrália forever!

por Nuno Castelo-Branco, em 26.05.12

Diz o "Sr. dezasstete milhões e meio fora o resto", preferir que os jovens portugueses fiquem no nosso país. Estamos de acordo, mas deixamos uma sugestão que decerto agradará à imensa maioria daqueles a quem dedicou a chalaça: o Sr. Cavaco Silva poderá ficar vitaliciamente no Reino da Austrália para gozar as delícias do sol ardente, bronzeando-se deitado numa toalha verde-tinto em qualquer uma das fabulosas praias - cuidado com os tubarões, são tão perigosos como alguns Conselheiros de Estado! - e aproveitando para adquirir um Dingo para cão de guarda e um canguru cuja bolsa sirva para ir amealhando um pézinho de meia.

publicado às 14:12

Rábulas republicanas

por Nuno Castelo-Branco, em 21.05.12

Afinal, a visita de "solidariedade" foi uma boa desculpa para tentar sacar dinheiro aos timorenses. A figura que ousa sentar-se na cadeira que um dia pertenceu a D. João II, está em  Timor. Num país onde tudo falta, desde casas, estradas, água potável e electricidade, escolas, transportes e hospitais, até aos sapatos, roupas e comida para a população, temos um sugador de dezassete milhões anuais que lá desembarca de olhos em bico no Fundo do Petróleo, o pé de meia timorense. Nem sequer conseguem disfarçar, remetendo estes assuntos para as chancelarias? Uma vergonha a somar a centenas de outras. Os timorenses que tenham a maior da atenção a quem confiam as suas poupanças.

 

Para cúmulo, ainda tem o descaramento de dizer que a compra de títulos da dívida portuguesa não o "choca". Claro que não o choca, como também não o chocam certos eventos e espargatas financeiras em que os seus próximos de anos a fio estão envolvidos até aos cabelos. Chocados estamos nós com este despudor, falta de nível e supina rapacidade de quem não soube - ou talvez tenha sabido? -  administrar "dúzias de frotas da pimenta das Índias e do ouro brasileiro" que aqui chegaram sob a forma de fundos da então CEE. 

 

Não é para isto que serve um Chefe de Estado de Portugal.

 

O comensalão quer convencer Matan Ruak, talvez pensando ser este um dos matarruanos com que habitualmente lida. Ele que pergunte aos generais indonésios e logo ficará informado acerca das credenciais e determinação do Excelentíssimo Senhor Presidente da República de Timor-Leste. Não existe comparação possível.

publicado às 11:42

Não, não confiamos

por Nuno Castelo-Branco, em 06.04.12

 

O Sr. Macedo da Administração Interna terá consentido no abuso, talvez nem sequer medindo o alcance simbólico do acontecimento.

 

Pela primeira vez, veículos policiais estrangeiros passeiam-se pelas ruas e avenidas das nossas cidades. Andam em patrulha, como se de uma força de ocupação se tratasse. Por muitos sorrisos que distribuam, esta é a mensagem que fica.

 

Este governo pretende abolir a comemoração do dia da Restauração da Independência. Está pronto para fazê-lo, alegando de forma assumidamente idiota, com o permanente abandono de celebrações por parte das entidades públicas. Em reflexo, a sociedade que ao longo de décadas tem sido objecto de um imparável culto pelo desprezo das origens, até agora tem seguido a norma que de cima chega. Mas a polícia espanhola nas avenidas de Lisboa, significa algo mais, é insuportável.

 

O PSD e o CDS enganam-se quando julgam o país completamente tranquilizado pela "inevitabilidade dos novos tempos". Não gostamos nem queremos ver uniformes estrangeiros e gente que nem sequer balbucia uma frase em português a fazer o giro, como se isso significasse estarmos à beira de uma anexação. 

 

No momento em que todos sabemos algo acerca daquilo que nos espera, arrastar a polícia espanhola para o meio da Praça dos Restauradores, poderá ser um disparate que lhes custará caro. Custará à gente do regime, no seu todo. Bem podem eles surgir de pin verde-tinto à lapela, confirmando ser aquele cada vez mais, uma nódoa que apenas confirma pouco discretas lealdades.

 

Dão asco.

publicado às 14:56

BPN, aqui está um Buíça!

por Nuno Castelo-Branco, em 14.03.12

 

Compreendemos muito bem as delongas, os votos que valem como vetos, as tentativas de sectorizar qualquer investigação. Se para uns todo o processo deve limitar-se ao período pós-Sócrates, para outros a jiga-joga deverá debruçar-se sobre os acontecimentos que conduziram à nacionalização do BPN. Ora, aquilo que a população quer saber, exige saber, é a totalidade de todo este imbróglio, pois tem a certeza praticamente absoluta, do profundo envolvimento dos cabecilhas da situação para a qual o país foi atirado sem pejo nem nojo.

 

Bem pode o PS "sectorizar-se" no pós. Bem pode o PSD querer "saber apenas" os antecedentes desse mesmo pós. Nem um nem outro ardil deste calibre servirá. Queremos saber tudo. O país está a pagar este buraco negro, logo os devedores - quem obrigou à depesa - deverá prestar todas as contas.

 

Se no rescaldo o BPN tiver servido como uma espécie de Buíça da República, paciência, melhor ainda. No caso do auspicioso acontecimento vir o raiar de um dia destes, seguiremos à risca os ensinamentos do defunto PRP e poderemos até realizar romarias à porta da antiga sede do BPN. Com flores, sem mortes e sem tiros. 

publicado às 22:18

A Fernanda Câncio...

por Nuno Castelo-Branco, em 03.02.12

...por vezes fica mesmo asinina de todo e a prova disso, é o quase solitário berreiro que tem feito a propósito da oportuna eliminação da sangrenta fantochada do 5 de Outubro. Nem sequer nos vamos dar ao trabalho de tecer considerações acerca da parvoíce que é comparar a meia dúzia de tipas de buço e peitaça chata inscritas nas "laicidades", com aquilo que para o bem e para o mal é a Igreja Católica.  Após fastidiosa exposição de uma coisita sem pés nem cabeça, F.C. esgrime com a actual e absurda situação hoje vivida numa Europa onde pululam governos que apoiados por maiorias parlamentares, são chefiados por gente extra-Partidos. Enfim, foi precisamente aquilo que o "esquema" federalista genericamente apoiado pelas Câncios arranjou, evitando-se males maiores.

 

O 5 de Outubro não saiu de eleições, nem escorregou de qualquer referendo. O 5 de Outubro foi obra de uma minoria atrevida, violenta, prepotente e assassina que de aventura em aventura, abriu o caminho à II República que gostem as holotúrias regimenteiras ou não, também faz parte do património do Centenário. Se a Fernanda Câncio julga ser este um caminho legítimo e "constitucional", então ficamos cientes das possibilidades para a obtenção de qualquer fim, mesmo que esse fim seja a instauração da Monarquia. Dizemos instauração, porque nada há para restaurar.

publicado às 19:42

31 de Janeiro

por Nuno Castelo-Branco, em 31.01.12

De Mário Soares, temos a conhecida opinião:

 

"Não foi por acaso que as recentes comemorações do centenário da República - que marcaram a consciência republicana da maioria dos portugueses - começaram nesse dia 31 de Janeiro de 2010, no Porto. Aliás, mesmo durante a ditadura, provadamente antirrepublicana, a data sempre foi festejada, embora mais ou menos clandestinamente. Refiro-o em breves linhas para marcar este dia, que não é feriado, mas está no coração dos republicanos."

 

Uma derrota no coração dos republicanos. Uma derrota que significou o sucesso da legalidade constitucional e mais uns vinte anos de funcionamento das instituições do liberalismo que com todos os seus defeitos e sobressaltos, garantiam a liberdade de expressão que é tão cara ao Dr. Mário Soares e a nós próprios. A teimosia em querer manter o 5 de Outubro que significou precisamente o fim daquela normalidade a que o país já se habituara, parece querer justificar a ditadura que consolidou a república condenada e sucedânea do regime tão saudosamente lamentado por "republicanos de cepa, ou melhor, uns bem-falantes privilegiados, nobremente dourados por sete costados.

 

Estamos perante o país num estado de caquexia geral, em que uns tantos deploram o fracasso da prepotência e da subversão do Estado de Direito. Uma excentricidade em forma de boomerang, ou por outras palavras, "eles andam a ver se arranjam um rico 31".

 

Pois comemorem a derrota à vontade, porque deste lado temos o 31 da vitória mencionada por Mário Soares e o Centenário da Infanta, essa sim, um autêntico símbolo de liberdade e de uma coragem nada artificial ou padecente de oportuna construção à espreita de ouro alheio.

publicado às 19:38

Cair de maduro

por Nuno Castelo-Branco, em 29.01.12

Decididamente, parece existir uma máquina do tempo antes da sua improvável invenção.

 

Há já mais de um século, a oposição ao regime decidiu aventurar-se numa saga que escolheu como alvo aquele que menos podia defender-se dos ataques, viessem estes de onde viessem. Agora, alguns distraídos da história, enveredam pelo mesmo caminho ainda fresco da lama alegremente pisoteada pelos seus precursores. Atacam sem cessar o Chefe do Estado. Não olhando a meios e fingindo indignações apelantes ao sistema digestivo dos portugueses, têm hoje Cavaco Silva como fruta de fácil apanha, quando em boa verdade estão a impiedosamente demolir a árvore, ou melhor, a forma com que o regime se reveste. Isto, com a ajuda dos próprios aúlicos palacianos.

 

Que risonha ironia, esperemos um pouco mais. É tudo o que há a fazer. 

 

publicado às 17:15

Lixo é lixo

por Nuno Castelo-Branco, em 28.01.12

"Como socialista, laico e republicano dos sete costados, custa-me um bocado a engolir. (...). Não é por aí que se vai resolver os problemas do País".

Mário Soares, ex-presidente da República

 

"Um Governo que toma uma decisão destas é um Governo que não respeita a independência nem a República. É um ato contra a História e contra a cultura. É um ato anti-história e anticultura".

Manuel Alegre, ex- (e talvez futuro-presente) candidato presidencial

Alguns reparos. O primeiro consiste na nossa ignorância acerca do significado "republicano dos sete costados". repita lá: sete? Deve estar a fazer um reparo ao Buíça, ao Costa, ao Bernardino, ao Abel Olímpio do Dente d'Ouro, ao Afonso Costa, à Formiga Branca e ao anónimo "herói bombista". Soares referia-se exclusivamente ao 5 de Outubro, até porque o 1º de Dezembro é coisa desprezível para um saudosista de Afonso Costa e do PRP federalista "ibérico". Quanto a Manuel Alegre, quando declara ser esta eliminação um acto contra a História e contra a cultura, devia preocupar-se mais com o neo-português com que o Diário de Notícias estampa as suas declarações: "ato" é um claro erro ortográfico digam os alegretes o que quiseram. É, e para a maioria, continuará a ser.
Francamente, abastadíssima gente que se esfrega de emoção pela data fundadora de um regime que dizia pretender "salvar o património colonial", quando afinal para sempre o liquidou da maneira que se conhece; avidíssima gente sempre com a "liberdade" na ponta da língua, mas feroz defensora das iniquidades, prepotências, esbulhos, morticínios e outras violências outubristas que conduziram o país à ditadura;  refasteladíssima gente sempre pronta para as "coisas da cultura" mas entusiasta defensora destas novidades que transformam factos em fatos, actos em atos, acções em ações, afecto em afeto, objectivos em objetivos e por aí fora, devia desviar a sua fisga para outras direcções. Sim, direcções e não direções. 
Felizmente, o meu computador barra todas estas novidades a vermelho. Como convém.
Entretanto, vejam a coisa pelo lado positivo: a eliminação do feriado poupa-lhes uma banquetada e ficamos todos a ganhar. Os putativos convivas, poupam os respectivos organismos a mais umas tantas vinhaças e gorduras, enquanto a ralé, "vulgo nós", contenta-se em pagar menos uma conta. 

publicado às 16:23

Inauferíveis asneiras

por Nuno Castelo-Branco, em 27.01.12

Seguro é totalmente contra a eliminação do 5 de Outubro. Compreende-se a coceira, pois é a parte da manjedoura onde está o farelo. Coisa decerto dispensável será o 1º de Dezembro, pois ainda há pouco tempo, a prioridade dos dirigentes ratistas era "Espanha, Espanha, Espanha". É mesmo verdade e até o youtube tem os correspondentes videos.

 

Embora alguns pretendam fazer passar a mensagem de se tratar de "um assunto menor", isto tem razões que vão muito além de uma pequena discussão sobre dias de folga ou vaidades teimosas. Eles sabem que nós sabemos. Seguros pelo seguro, esperemos pelo decreto, confiantes pelo governo saber o que sucederá, se por "inauferíveis razões" ceder à pressão "carbonífera". Será mesmo como se disse, esteja quem estiver no leme. Já aqui se leu este aviso, mas convém recordá-lo as vezes que forem necessárias. 

 

Não, não e não, nisto não cederemos aos mariolinistas e iberdroleiros de serviço. É mesmo "troca por troca".

 

*António Costa, com pouco que fazer na CML, está cabisbaixo com a "má decisão" governamental e garante que vai continuar a comemorar a coisa, nem que seja ao domingo: pois bem, até lhe sugerimos adoptar como hino aquela velha canção "O qui é qui ocê vai fázê dômingo à tardji?"

publicado às 13:55

Mário Soares e a hiperinflação

por Nuno Castelo-Branco, em 27.01.12

Mário Soares quer as rotativas a funcionar , mas não explica como gerir a aventura. É que parece quase certo de não dar conta do que isso significa e de resto, isso pouco lhe importa. Se por um lado legitimamente pode argumentar com uma desvalorização que em teoria torna a Europa mais competitiva, por outro, isto não resolve nenhum dos problemas estruturais dos países componentes da mesma, para nem sequer abordarmos da autêntica guerra que estalaria com o dólar e outras moedas. As implicações internacionais desta desvalorização teriam consequências e os credores não baixariam facilmente a cerviz. Dando a Mário Soares o benefício da dúvida e desde já manifestando a nossa completa ignorância acerca do assunto, gostaríamos de ouvi-lo mais acerca desta proposta, desde que não nos obrigue a engolir o fait-divers do felizmente extinto 5 de Outubro.

 

Falar é fácil e usar a língua como fisga populista, tornou-se num hábito.

publicado às 10:32

Uma "Tosca" de nódoa negra

por Nuno Castelo-Branco, em 26.01.12

Não, esta tosca nada tem em comum com a personagem operática. Faz parte de outras estoriosas cantorias e está furiosa por ter sido eliminada a nódoa negra do 5 de Outubro. Felizmente foi e já não era sem tempo.

 

Risonhamente  "os nossos" encerram da melhor forma, a dispendiosa comemoração da centenária vigarista.

 

Como todos poderão verificar, certas pressões e certas ameaças, vindas de certos quadrantes e destinadas a certos decisores, são mais capazes que qualquer corta-Relvas. Aqui está o resultado deste autêntico troca por troca. Por enquanto, claro, até porque mais cedo do que poderão imaginar, o 1º de Dezembro aí estará de regresso.

 

Querem apostar?

 

publicado às 19:42

"Caso Cavaco": porca miséria...

por Nuno Castelo-Branco, em 26.01.12

Habituados como estamos a surpreendentes subidas políticas à Sísifo, este caso que oportunamente rebentou na passada 6ª feira, demonstra uma vez mais, os tão pedregosos quão lamacentos caminhos que conduzem à cúspide do poder. Aproveitando a tremenda gaffe presidencial, logo vieram os seus inimigos jurados e correspondentes putativos amigos-adversários, ressabiados e com contas por saldar, caucionar todo o tipo de dislates, fossem estes vociferados nos media, nas ruas ou pior ainda, através de comentários sarcásticos ou de comprometedores silêncios. É esta a mais republicana verdade.

 

Para que não restem quaisquer dúvidas, somos teimosa e conscientemente monárquicos, logo alheios à actual forma sob a qual se ergue o Estado.

 

Todo este chinfrim a propósito de uma ou duas desastradas e certamente digestivas frases presidenciais, prende-se a um objectivo que cada vez mais surge com aquela cristalina nitidez que dá corpo ao velho projecto situacionista. A Chefia do Estado "deve pertencer" única e exclusivamente a um grupo de auto-iluminados, sendo pouco importante entre eles, a pertença ou não do fulano erigido em totem, ao rol de gente proba. Pretendem arredar Cavaco Silva, pois o homem representa aquele outro programa que vem dos tempos de Sá Carneiro, concentrando pela primeira vez na III República, a mesma maioria em Belém e em S. Bento. Bem vistas as coisas e naquilo que concerne ao nosso progresso, pouco importa, mas tal não se poderá dizer quanto a certas benfazejas influências que contentam um restrito, mas poderoso grupo de pessoas. Ora, Cavaco Silva é impossível de aceitar por aquela camada intelectualmente tão ilustre e capaz, tal como é cabalmente comprovado pela situação em que o país e o regime se encontram após quase quatro décadas de aturada administração da coisa pública. 

 

Da boca dos opositores recentemente apeados e das marginais franjinhas saudosistas e iconoclastas que ainda ocupam uns tantos lugares parlamentares, chovem os esperados dichotes, sempre impantes de desprezo social - e logo eles... - que fará corar qualquer tagarela dos risíveis "princípios republicanos". Era de esperar, está-lhes na massa, é a única tradição que conhecem e não esquecem. O mais curioso aspecto nesta contenda pelo "impeachment" que não virá, será verificarmos o crescendo de vozes que tendo começado a ser mais audíveis após o inodoro veneno veiculado pelo Prof. Marcelo no passado domingo, já ganha parangonas por bocas saídas da blogosfera e num ápice alçadas à primeira fila da bancada do PSD. Fazem claramente o jogo apadrinhado por um certo grupo empresarial mediático e os habituais círculos plutocráticos que têm tido ao longo dos anos num certo sector do PS, forte esteio.

 

Agora, é gente do PSD a tecer suposições acerca de maleitas que afectam o Presidente, sejam elas do foro físico ou preferentemente, questões relacionadas com a sua actual capacidade mental, pois sabem que esta última, consiste num motivo para levar á discussão, ou melhor, forçar a demissão daquele que ainda há um ano foi eleito por 23% dos inscritos nos cadernos eleitorais. Aliás, este é um dos mais audíveis pregões, repetido até á saciedade. Por outras palavras, não aceitam que Cavaco não pertença ao grupo e pretendem substituí-lo à primeira oportunidade que surja.

 

Em suma, o que se pretende, é voltar a colocar um Sampaio qualquer - ou o próprio, imagine-se! - no lugar de Cavaco, transpondo para a nossa triste e quotidiana paisagem, as desditas do pérfido Gão-Vizir que queria ser Califa. Alguém ainda recorda a golpada constitucional da demissão forçada de Santana Lopes? Pois é isso mesmo que sonham reeditar nesta cada vez mais porca miséria. 

 

Subvertem as regras que a própria irmandade impôs quanto à embusteira necessidade electiva da chefia do Estado. Pois há que gostosamente aceitar o repto.

 

Aqui se apresenta a trupe republicana. Assim sendo, dão-nos total margem para podermos dizer tudo o que nos der na real gana.

 

Contudo, não o faremos. Somos doutra lavra. Eles que tratem a sua sarna. 

publicado às 15:31

A lontrinha e a lambisgóia

por Nuno Castelo-Branco, em 24.01.12

Uma lontra saiu esta manhã do mar e sentou-se numa cadeira de esplanada, gozando os raios deste sol de inverno. Cena adorável.

 

Uma gordíssima lambisgóia saiu de um buraco já há mais de cem anos e instalou-se aqui mesmo à beira Atlântico, sendo até agora impossível reenviá-la á origem. Uma maçada que nos tem saído bem cara.

publicado às 23:00

Risinhos de hiena

por Nuno Castelo-Branco, em 23.01.12

Não cabe aos monárquicos o papel de defender o Presidente da República, nem nisso temos qualquer interesse, seja ele quem for. Ninguém disso está à espera e jamais o faremos. Defenda-o quem nele confia ou quem dele dependa. Desta forma, estamos muito à vontade para opinar acerca do entusiasmado indignar e risos de hiena que andam pelas redes sociais e via alguns blogs conotados com a eleitoralmente deposta antiga maioria parlamentar.

 

Cavaco Silva cometeu uma tremenda gaffe, é verdade. O que se torna ridículo e bem sintomático do enveredar pelo "vale tudo", é este aproveitar até à exaustão e precisamente por parte daqueles que sempre andaram vendados nos tempos dos imediatos antecessores de ACS. Já se leu alguma vez, uma linha que fosse acerca das estranhas amizades e do patchwork relacionado com Macau, aliás volatilizado pela inexistente censura que existe? Este é um exemplo entre muitos outros, aos quais se somam escandalosas omissões, descarado conluio com a incompetência governamental, desleixo ou contemporização relativa a más políticas oportunamente denunciadas. Os antecessores de Cavaco, inventores dos "direitos à indignação" que tão bem lhes serviu para ocultarem as próprias pústulas, puderam sempre dormir descansados, pois os trolhas de serviço obravam judiciosamente para lhes erguer poderosa paliçada protectora. Negócios, amizades impensáveis, viagens perdulárias à conta do contribuinte, atropelos à normalidade constitucional, uma lista civil sempre em vergonhoso crescendo de mordomias, faltas de respeito para com entidades estatais que lhes garantiam a segurança e a dignidade do cargo, tudo, tudo passou em branco numa imprensa medrosa e bem controlada.

 

Devíamos estar satisfeitos por esta onda que visa achincalhar o actual Presidente, mas os monárquicos são por regra gente decente, ordeira e respeitadora da legalidade e das instituições, mesmo - como é o caso - não mercendo estas qualquer tipo de homenagem.

 

Denegrindo o titular do cargo máximo do Estado, atingindo a sua honorabilidade, arrastando-o pela lama ou encostando-lhe o canivete à jugular, os refastelados patetas estão precisamente a fazer um trabalho que parecia impossível: dão a machadada final, na única instituição que até há pouco era passível de contemporização por parte de um povo farto de abusos. Se um dia destes começarem a ouvir-se uns tiros aqui e ali, não se admirem. Uma vez mais, a responsabilidade será deles, precisamente dos herdeiros dos bandidos de 1908 e 1910. 

 

Entretando, já entrámos naquela fase do soma e segue. Ainda bem.

publicado às 23:45

No Diário de Notícias: papagaios republicanos

por Nuno Castelo-Branco, em 23.01.12

Não valerá a pena estarem agora todos muito nervosos com os gastos presidenciais que bem feitas as contas, são apenas uma folhinha nas centenas de resmas da despesa pública. Muito mais importante do que a contagem dos milhões, trata-se duma questão de princípio, num regime que nasceu latindo muitos, para melhor poder evitá-los. Se excluirmos Ramalho Eanes e por aquilo que a imprensa descobriu, Cavaco é de longe o menos afortunado dos Presidentes em caixa de contabilidade. Também surgem as suas nada espantosas ligações a certos amigos perigosos. Pois sim, mas então e os outros, aqueles que o antecederam em Belém e que sendo exímios palradores, ainda "presidem" a várias situações de poleiro?

 

Ocultando o assunto que varreu durante uns dias os jornais e os noticiários televisivos, arranjou-se agora um bode que sendo sem qualquer dúvida conviva na mesma pastagem, foi incumbido de expiar todos os males. Na imprensa e na net, surgiu a lista das propriedades e bens de investimento de Cavaco Silva. Seria interessante fazer-se o mesmo relativamente a Mário Soares e a Jorge Sampaio. Porque tal coisa não acontecerá? Porque é um atentado a um certo ordeirismo arrogante que pontifica na auto-proclamada inteligentsia do regime, precisamente essa que jamais olhou a gastos para satisfazer as suas vaidades e prazeres garantidos nas mordomias. Cavaco é um alvo fácil pela sua proverbial inabilidade, numa sociedade formatada para condescender com caríssimos "companheiros e companheiras, amigos, amigas e resistentes". Pior ainda, os republicanos achincalham-no em público e disso retiram o maior gozo. Nada que nos admire, pois até poderemos estar a assistir a uma escalada que decerto terá como base exclusiva, questões relacionadas com dinheiro. Já assim foi em 1907 e eles têm a lição mal aprendida. Ainda bem.

 

Queiram ou não queiram, a República é mesmo isto e muito bem faz o Diário de Notícias em ir levantando esta espécie de "tchador" laico.

publicado às 09:37






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