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De acordo com o Courrier Internacional, "Roger, 66 anos, é o responsável mais importante e menos visível da CIA. Chefia o Centro de Combate ao Terrorismo desde 2006 e é responsável pelo programa de ataques com aviões não tripulados no estrangeiro.
Por cada nuvem de fumo que se segue a um ataque com um avião não tripulado da CIA, dezenas de pequenas espirais de fumo mais pequenas apontam para o local onde se encontra uma figura esguia, parada num pátio do quartel-general da agência, em Langley, Virgínia. Este viciado em nicotina, com a barba por fazer, tem quase 60 anos e os fatos pretos que usa dão-lhe o ar de dono de uma agência funerária.
Chefe do Centro de Combate ao Terrorismo (CTC) da CIA há seis anos, este homem tornou-se, de facto, o coveiro daAl-Qaeda. Roger, o primeiro nome da sua identidade fictícia, é simultaneamente o mais importante e o menos visível dos responsáveis de segurança nacional de Washington. Foi o principal arquiteto da ofensiva da CIA com aviões não tripulados e chefiou a perseguição a Osama Bin Laden. Foi também graças a ele, em grande medida, que a Administração Obama fez dos atentados dirigidos a alvos específicos a pedra de toque da sua política antiterrorismo.
Os colegas descrevem Roger como um poço de contradições. Este fumador inveterado passa horas a correr numa passadeira mecânica. Apesar do seu manifesto mau feitio, tem sido capaz de garantir apoios suficientes para se manter no cargo. Dirige uma campanha de ataques aéreos, que já matou milhares de islamitas radicais e provocou a cólera de milhões de muçulmanos, mas converteu-se ao Islão.
Durante a sua ascensão, não deixou de ter desaguisados com personalidades influentes, como David Petraeus, quando este foi comandante militar das forças dos EUA no Iraque e no Afeganistão e pôs algumas vezes em causa a visão muito pessimista da agência sobre estas duas guerras. Os dois homens tiveram de fazer concessões mútuas, na altura em que Petraeus foi nomeado diretor da CIA."
Afinal, a nomeação para Director da CIA do crítico das práticas de tortura, Leon Panetta, veio apenas confirmar a continuação dessas. Os activistas e afins apoiantes de Obama vão-se desiludindo a pouco e pouco. Bem que alguém dizia há tempos, já não me recordo em que blog, que ainda iriam ser os apoiantes de Mccain e a direita (isto cá pelo nosso país) a defender Obama. Já não deve faltar muito para a esquerda caviar e companhia começar a criticá-lo. É a política estúpidos!