Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



A proposito da polémica sobre a Educação para a Cidadania, hoje escrevo no Observador sobre a crise que grassa na direita:

"Basta olhar para o programa da mencionada disciplina, como fizeram Pedro Mexia e João Miguel Tavares no Governo Sombra de 5 de Setembro, ou atentar no que escreveu Paulo Guinote no Público, para perceber que esta direita incorreu pela enésima vez na falácia do espantalho, facilmente explicada pela eterna obsessão com a igualdade de género, a sexualidade e o marxismo cultural, misturada com muita prosápia em torno de chavões como a liberdade de escolha e a doutrinação ideológica.
(...).
"Enquanto esta direita for incapaz de se organizar, de se consagrar como oposição efectiva e de apresentar um projecto político mobilizador que atenda às prioridades do país, continuará a infligir a si própria a menorização política a que temos assistido nos últimos anos em face de um PS cuja linha dominante não acolhe a inversão a que acima aludi e que, quando no governo, bem ou mal, vai procurando responder aos anseios concretos da maioria dos portugueses. Enquanto não conseguir sacudir-se de espantalhos, continuará uma penosa travessia do deserto."

publicado às 08:27

O que deitou Portugal abaixo

por John Wolf, em 26.03.14

Sabem o que deitou Portugal abaixo? Não foi a grande teoria política, a doutrina ideológica revanchista. Não, senhor. Foi o chico-esperto que estaciona em segunda fila porque se julga o primeiro. Foi o malandro que procura um jeitinho na repartição. Foi o primo que arranjou o emprego para o afilhado lá na empresa. Foi a comadre que abarbatou os lápis e os afiadores da despensa escolar. Foi o artista que viu a sua obra publicada pela ex que manda lá na editora. Foi o construtor que subtraiu o valor do SISA na assinatura do contrato de compra e venda. Foi o realizador que orçamentou muito acima do valor necessário e que me meteu muita fita no bolso. Agora multipliquem isto tudo por 100 e terão os políticos que governaram Portugal nas últimas décadas. É mais ou menos isto, não é?

publicado às 09:46

E depois do adeus das autárquicas?

por John Wolf, em 27.09.13

E depois do adeus dos tesourinhos das autárquicas (demora sempre mais do que o (im)previsto; os cartazes deixam-se ficar até serem rasgados pelo vento e perderem a cor) e dos resultados eleitorais de domingo, nada efectivamente se altera. Os protagonistas, os mesmos de sempre ou outros parecidos, nada poderão fazer para alterar o alinhamento político e financeiro desfavorável - a crise continuará e os juros da dívida resistirão nessa fasquia dos 7% -, mais coisa menos coisa. Uma nova configuração autárquica não altera as regras do jugo das leis da troika. Mas será que isso é motivo para não votar? Claro que não - o cidadão deve reclamar a sua quota na participação política. Deve fazer uso dessa prerrogativa consagrada na Constituição da República Portuguesa. E dir-me-ão que tudo isto é muito bonito no papel, mas que na prática o eleitor nacional está metido numa carga de trabalhos, que está metido em sarilhos. E é verdade. O portador de cartão de eleitor tirou a carta, está legalmente habilitado a conduzir o seu destino político, mas não confia no raio dos vendedores de automóveis que lhe querem dar a volta ao juízo e oferecer uma boleia. E não é só ao intelecto que é feito o apelo. A emoção descontrolada é uma força que deve ser levada em conta. Umas lágrimas bem metidas também servem para amolecer os mais duros. Seguro sabe-o, assim como Seara, Costa e companhia. Depois temos aquele clássico que faz parte da antologia política. O tal voto útil ou de protesto. Aquele cartão amarelo para penalizar os que estão no poder e não uma coisa baseada no mérito próprio - o voto entregue a quem de direito porque a proposta alternativa é boa -, muito melhor. E é aqui que reside grande parte do problema. As eleições autárquicas são um gato por lebre da política - irão ser tratadas pelos cidadãos como se fossem eleições legislativas. E depois acontece sempre o oposto mais tarde ou mais cedo. As legislativas servem também para outras encomendas e represálias - como se fossem autárquicas. E Portugal não passa disto, deste descentramento, desta incapacidade de estar no local à hora combinada. O mérito e o demérito político coexistem como um matrimónio feito num oito desde a primeira hora, ordem (Schauble está muito contente com a obra do governo e a população portuguesa quer mandar Passos Coelho às urtigas). Ou seja, parece que a pontualidade política e eleitoral é uma impossibilidade - o encontro de corpo e alma entre a vontade e o efectivo, a promessa e a realização. O cidadão vota, mas está com as tripas e o coração noutra liga. O cidadão abstém-se porque ainda tem saudades de um outro tempo (atenção!não disse senhora). O eleitor faz um boneco no boletim porque desejava voltar a ser criança ou não ter nascido. Estão a perceber onde quero chegar? Tenho alguma razão ou não? Enquanto os cidadãos não acertarem as agulhas da sua presença política, vão andar sempre a correr atrás do prejuízo. A corrida eleitoral que os Portugueses devem correr é uma maratona interminável, o que significa que qualquer acto diário tem importância e não pode ser esquecido. Se deixam a criança ser mal-educada, está o caldo entornado, e foi isso que aconteceu na infância e na adolescência da democracia em Portugal. O cidadão tem de se deixar de coisas (aquelas tretas que foram eles os responsáveis pelo desastre) e ser político - eleger-se diariamente. É no dia a dia que cada um de nós deve reclamar e participar na construção das comunidades, porque se a lógica for apenas de representatividade ou delegação de poder, mais cedo ou mais tarde a conta será apresentada pelo garçon. Não se pode dar rédea solta ao animal porque este se transforma num monstro, numa dívida política que nunca será paga. E foi algo assim que aconteceu a Portugal. Os juros da dívida politica estão a rebentar com os céus. É um inferno.

 

(fotografia; autárquicas 1976)

publicado às 15:36

Os filhos rebeldes

por João Pinto Bastos, em 20.06.13

 

Muito se tem escrito a propósito dos protestos brasileiros. De facto, no oásis de prosperidade que tem sido o Brasil da última década nada fazia prever a irrupção de um movimento de protesto social desta escala. Porém, se deixarmos de lado as análises meramente perfunctórias das causas deste tumulto, verificaremos, com alguma facilidade, que o milagre brasileiro dispõe de alguns escolhos de difícil resolução. Para começar, o crescimento económico verificado nos últimos anos deveu-se, fundamentalmente, a uma conjunção de factores dificilmente repetível. Por um lado, houve o boom das "commodities", que o Brasil explorou da melhor forma, exportando uma gama infindável de produtos agrícolas para a China e para os outros países emergentes, por outro, houve a prossecução de uma política macroeconómica ortodoxa, que reuniu sob a capa de um amplo consenso político os dois grandes pólos políticos do país: o PT e o PSDB. Já escrevi aqui que o maior feito dos governos Lula foi a moderação da esquerda brasileira, o que passou, em larga medida, pelo "aggiornamento" de um partido, o PT, que baseou grande parte da sua existência política a contestar as forças "demoníacas" do capitalismo. Hoje, ainda que com algumas nuances, o PT já consegue lidar, com alguma desenvoltura, com os mecanismos fundamentais de uma economia de mercado. O maior responsável dessa renovação ideológica foi, sem dúvida alguma, o ex-presidente Lula da Silva. O consenso que animou os últimos anos não nasceu no vácuo, pois teve muitos responsáveis, alguns deles tristemente esquecidos - sim, falo de FHC, um verdadeiro estadista, que foi, como se sabe, o grande obreiro da felicidade lulista, ao ter cimentado as bases da institucionalidade democrática do país -, e teve, sobretudo, a chancela de um político bastante carismático, que ainda hoje é visto por muitos como uma espécie de reserva política da nação. Todavia, houve neste percurso de altos e baixos a concretização, consciente e premeditada, de alguns erros de palmatória, cujas consequências estão, neste momento, à vista de toda a gente. O investimento público desenfreado, refém de um keynesianismo bastardo (vide as obras do Mundial e dos Jogos Olímpicos), o proteccionismo social em excesso ( o programa Bolsa Família e afins), e a consecução de um modelo dirigista na economia, ajudam a perceber o porquê de a economia brasileira ter abrandado subitamente. A inflação voltou a subir, e o crédito, alavancado por uma classe média em crescimento aumentou em demasia. Os resultados estão à vista: a economia estagnou, a rede infraestrutural do país continua a ser deficitária, e o Estado, fremente de impostos e altamente burocratizado, entrava o florescimento da livre iniciativa. O PT, por defeito ideológico, não conseguiu tornear estes problemas. É certo que, como já referi, houve um compromisso expresso do PT com a alta finança internacional, porém, esse acordo não incluiu, nas suas "cláusulas", a desestatização absoluta da economia. É, pois, neste contexto que surgem os gigantescos protestos que tomaram conta das parangonas dos media internacionais. Tudo começou com o preço dos transportes públicos em São Paulo, o verdadeiro leit-motiv inicial do protesto popular. Posteriormente, o movimento de protesto disseminou-se um pouco por todo o país, fruto de um sentimento difuso de insatisfação. Como escreveu Juan Arias no El Pais, o que alenta este mar de gente é o desejo de desfrutar de tudo o que é normal e corrente nas democracias do chamado primeiro mundo. As dores do desenvolvimento chegaram, finalmente, a terras de Vera Cruz. Para as classes médias do Rio ou de São Paulo o acesso ao crédito e aos bens de consumo correntes deixou de ser uma quimera, sendo que o que lhes importa agora é a mudança no modo coronelístico de fazer política e o fim da corrupção. São desejos que, para alguns, são, pura e simplesmente, irrealizáveis. A verdade é que o Brasil, passados 28 anos da redemocratização, enfrenta, decididamente, um desafio de modernidade. A resposta dependerá, em grande medida, da força da cidadania. Com ela, e apenas com ela, é que se cumprirá o futuro que Zweig profetizou.

publicado às 01:15

As profundezas do abismo

por João Pinto Bastos, em 07.01.13

"Portanto, à pergunta feita há seis mil anos por Eclesiastes: "Quem pôde jamais sondar as profundezas do abismo?", dois, entre todos os homens, têm direito de responder agora - o Capitão Nemo e eu."

 

20.000 Léguas submarinas, Júlio Verne

 

É desta forma que termina este belíssimo clássico da literatura. Numa escrita seca e depurada, chamando à colação o sempiterno Eclesiastes, Júlio Verne coloca a questão do milhão de dólares: "quem pôde jamais sondar as profundezas do abismo?" Questão árdua e espinhosa, com uma resposta dúbia. No fundo, e fazendo agora a transposição da resposta de Verne para a realidade humilíssima do nosso querido Portugal, o povo português pode responder sem o menor rebuço que já viu, vê, e, pelos vistos, verá, de perto e privilegiadamente, as profundezas do abismo. Os portugueses não se limitam a sondar o pélago da desgraça, aliás, há muito que deixaram de o bosquejar. Hoje, na era do esbulho e do roubo homologado pela chancela estatocrática, os portugueses vivem no abismo. Respiram a voragem das labaredas infernais da miséria revelada. O que vejo diariamente pouco ou nada me conforta. São poucos aqueles que dizem não, que protestam, que ousam dar um passo em frente e denunciar a miséria do Poder. A educação democrática falhou rotundamente, com a audiência interessada dos arrivistas do Poder descarnado nos bastidores. Massificou-se a ignorância ao mesmo tempo que se perdiam os referentes do saber e da experiência. Deseducou-se e quebrou-se o elo da tradição. Hoje, o indivíduo preocupa-se somente com o seu ego, com a satisfação artificial das suas necessidades construídas, sem que, no fim, possa falar-se sequer de um elo social que ligue o individual ao colectivo. Por outras palavras, falta comunidade, o lugar dos livres e iguais. Falta a consciência dos direitos e dos deveres, da responsabilidade e da autonomia. No fundo, falhámos enquanto sociedade ao abeirar-nos excessivamente do abismo. Foi essa aproximação, temerária e imprudente, que quebrou o laço da comunidade. Se para Verne a resposta positiva à questão do Eclesiastes era um progresso, isto é um avanço da Humanidade, para nós, portugueses exauridos, a resposta afirmativa à magna questão atrás referida é o sinal mais candente do nosso sofrimento indizível. Resta-nos aguardar que esse abismo termine às mãos daqueles que não desistem, dos que sabem que o futuro, por mais imprevisível que seja, é o verdadeiro posto da Cidade. Do lugar da autêntica cidadania.

publicado às 01:04

Observámos o que se passou em França com a "rescisão de contrato de nacionalidade" de Gerard Depardieu, e, segundo o que consta, Brigitte Bardot ameaça a República Francesa com o mesmo tratamento. Para os Franceses é a mais alta forma de traição. Quem no seu perfeito juízo deseja abdicar da cidadania do país mais culto e civilizado do mundo? E ainda por cima trocar pela cidadania Russa? A pátria de Leo Tolstói ou Anna Netrebko. Há coisas que não têm explicação. Mas agora imaginemos o seguinte, à luz da crescente Austeridade Lusitana e no contexto da excessiva tributação de cidadãos nacionais. O que aconteceria ao país, se de repente, sem grandes contemplações, Cristiano Ronaldo ou José Mourinho (pensei em António Victorino D´Almeida, mas não serve para o exemplo) decidissem abdicar da nacionalidade Portuguesa e elegessem o Mónaco ou o Liechtenstein como neo-pátrias? De que modo é que Portugal iria engolir estes sapos? Eu sei que me encontro no território da especulação e da bizarria, mas é uma possibilidade real. Real Madrid?

publicado às 15:10

O dia em que exigir factura foi elevado a dever de cidadania

por Samuel de Paiva Pires, em 04.01.13

Já todos receberam mais um delirante e-mail do Director-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, certo? O meu parágrafo favorito é este:

«Não se esqueça de que ao exigir sempre fatura está a prestar um importante serviço a Portugal e a cumprir um dos mais importantes deveres de cidadania. O seu papel é decisivo no combate à evasão fiscal. Se o cumprir, a AT faz o resto. Não colabore com a evasão, a fraude, a economia paralela e a corrupção do sistema.»


Entretanto não sei o que é mais irritante, se o governo ter decretado a obrigatoriedade de emissão de factura em toda e qualquer transacção, se a quantidade de vezes que agora ouvimos num só dia "quer factura?"

publicado às 22:42

O Centro de Operações do blog Estado Sentido (2)

por Pedro Quartin Graça, em 09.12.12

O nosso director operacional, o norte-americano John Wolf, desaconselhou-me a fazê-lo mas eu não resisti. Ontem mostrámos uma imagem interna do nosso Centro de Operações. Hoje, de forma mais arriscada, é certo, mostramos o seu aspecto exterior, sem no entanto, e como é evidente, revelarmos a sua localização, algures em Portugal.

publicado às 08:55

 

 

O Estado Sentido acaba de revelar uma imagem secreta do seu Centro de Operações. Um moderno centro de comando que serve para monitorizar a actividade do Governo. A partir deste local secreto, que ocupa uma das galerias de uma mina desactivada, os agentes secretos do blog escutam infindáveis quantidades de soundbytes, visionam milhares de horas de emissões televisivas e revêem artigos de imprensa na vã expectativa de extrair valor que possa ser convertido em benefício para o cidadão comum. Para aqueles que ignoravam o sentido da nossa missão, apraz-nos partilhar esta singela fotografia.

publicado às 17:59

Programa para hoje

por Samuel de Paiva Pires, em 29.11.12

No âmbito do projecto "Educar", promovido pela Causa Real, decorrerá hoje, pelas 16h30m, na Escola Superior de Educação João de Deus, a primeira de uma série de conferências e debates dedicados às temáticas da democracia, regime político e cidadania em Portugal no século XXI. Os oradores serão o Professor José Adelino Maltez e eu próprio. Naturalmente, a conferência é aberta ao público e a entrada é livre.



publicado às 11:36

É já amanhã

por Samuel de Paiva Pires, em 28.11.12

No âmbito do projecto "Educar", promovido pela Causa Real, decorrerá amanhã, pelas 16h30m, na Escola Superior de Educação João de Deus, a primeira de uma série de conferências e debates dedicados às temáticas da democracia, regime político e cidadania em Portugal no século XXI. Os oradores serão o Professor José Adelino Maltez e eu próprio. Naturalmente, a conferência é aberta ao público e a entrada é livre.

 

publicado às 12:21

"The Digital Disruption"

por Samuel de Paiva Pires, em 30.10.10

Aqui fica uma passagem de um excelente artigo, na Foreign Affairs:

 

Those alliances will have to go far beyond government-to-government contacts, to embrace civic society, nonprofit organizations, and the private sector. Democratic states must recognize that their citizens' use of technology may be a more effective vehicle to promote the values of freedom, equality, and human rights globally than government-led initiatives. The hardware and software created by private companies in free markets are proving more useful to citizens abroad than state-sponsored assistance or diplomacy.

publicado às 00:34






Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

Links

Estados protegidos

  •  
  • Estados amigos

  •  
  • Estados soberanos

  •  
  • Estados soberanos de outras línguas

  •  
  • Monarquia

  •  
  • Monarquia em outras línguas

  •  
  • Think tanks e organizações nacionais

  •  
  • Think tanks e organizações estrangeiros

  •  
  • Informação nacional

  •  
  • Informação internacional

  •  
  • Revistas