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Talvez alguém me possa explicar porque os evadidos do estabelecimento prisional de Castelo Branco são mais perigosos que os Vale e Azevedos, os Oliveira e Costas e os Jardim Gonçalves deste cantinho à beira-mar plantado? Os primeiros, que a comunicação social diz serem gregários por serem de etnia cigana, não cometerem crimes de sangue. São, para todos os efeitos substantivos e judiciais, colegas dos prevaricadores de colarinho branco mencionados aleatoriamente. Apenas por vestirem de negro e cantarem Flamenco nas horas vagas, não os torna mais perigosos que os outros supracitados (gosto imenso do termo supracitados - poupa-se tinta em malfeitores). Crimes de furto? Uns atrás do balcão, outros à frente. Falsidade de declarações? Uns como estilo de vida, outros na feira ambulante. Extorsão? Uns com consentimento de letra miudinha (e uma assinatura no contrato), outros com o encosto do punho à fuça. Condução de veículo sem habilitação? Uns por não terem carta, outros por terem chauffeur. Como podem constatar, se alinhássemos todos para uma identificação policial, nem sequer daria para descobrir as diferenças - são mesmo parecidos. Os irmãos metralha de Castelo-Branco escaparam às malhas prisionais há pouco mais de um dia, enquanto os "bons rapazes" conseguiram iludir as autoridades durante muito mais tempo. Quem será de facto uma ameaça real para a sociedade?Quem terá causado mais danos à nação? Espero que virem ao avesso os castelos dos grandes senhores, e que não destruam por completo os acampamentos ciganos. Há de facto qualquer coisa de errado no sistema de justiça, nas sentenças aplicadas e no tratamento oferecido pelos meios de comunicação social. Considerados extremamente perigosos? Santa Maria da Feira nos acuda!
Já cá faltavam os senhores da luta contra o racismo, desta feita um tal de José Falcão da organização SOS Racismo (via Idolátrica). Segundo o indignadíssimo senhor, o Estado tem agido eivado de uma atitude racista perante os indivíduos de etnia cigana.
O que tem sido positivo em toda esta onda de indignação é que desta feita, contrariamente ao que talvez estes senhores do SOS Racismo desejassem, as pessoas parecem ter-se finalmente apercebido e indignado com as desmedidas regalias de que usufruem os ciganos em Portugal que, mais uma vez relembro, andam cá há 500 anos e ainda não integraram o aparelho produtivo português.
Quanto ao impasse na solução desta questão, continuando a assistir-se às reivindicações da comunidade cigana que o Estado com a sua atitude racista teima em não atender, até porque são completamente normais, apenas reivindicam casas novas sem qualquer contrapartida a não ser talvez as elevadíssimas rendas de 4 ou 5 euros, gostaria de recordar um dos conceitos mais importantes na definição weberiana da entidade estatal e, já agora, convinha lembrá-lo a alguém com competência na hierarquia estatal quanto a esta situação.
Um Estado pode abdicar do monopólio do poder ideológico ou económico (daí a liberdade de culto e o laicismo, e o liberalismo económico), mas não poderá nunca abdicar do que Max Weber classificou como o monopólio da força legítima.
Recordo-me dos últimos incidentes entre ciganos e a população da pacata vila ribatejana de Coruche, há 2 ou 3 anos atrás, tendo sido um vereador da Câmara Municipal esfaqueado e vários cidadãos agredidos, e só quando grupos de skinheads se preparavam para marchar de Lisboa até Coruche é que o Estado destacou 2 ou 3 batalhões da PSP, no caso para impedir que os Skinheads chegassem a Coruche.
Ou seja, para além das regalias, das casas novas praticamente de borla, de auferirem o rendimento social de inserção e subsídios por tudo e mais alguma coisa sem sequer efectuarem descontos e ainda dedicando-se na sua maioria ao tráfico de droga, como se já não fosse o suficiente para indignar qualquer português digno desse nome, o Estado português tem-se ainda pautado pela utilização do monopólio da força legítima em favor dos ciganos contra os que são os seus contribuintes liquídos directos!
Portanto resta colocar a questão: quando é que o Estado português vai começar a utilizar os seus recursos para resolver as situações que são da sua exclusiva competência utilizando a força legítima contra os que não se submetem às mais elementares regras de convivência em sociedade?
Pelo David Oliveira:
Os portugueses são cobardes... e uns portentos em complexos. Até no uso apropriado dos termos. Porque é que os negros (ou pretos) deixaram de o ser – negros ou pretos - e passaram a africanos? A questão põe-se-me por uma razão simples: eu sou africano e não sou nem negro ou preto nem mulato e, há muitos negros ou pretos e mulatos que o são e não são africanos. Será que essas abencerragens descobriram uma nova forma de legitimação? A condição de... advém da preponderância da melanina?
No jornal da noite da SIC, salvo erro, um dos indivíduos de etnia cigana regressava com os jornalistas a sua casa, mostrando como foi vandalizada, e pelo meio dizendo "aqui estava o DVD, aqui a Playstation dos miúdos", noutro quarto volta a referir-se a outra Playstation. E eu pergunto: se esta gente realmente vive com o rendimento minímo ou rendimento social de inserção, como é que têm DVD's e Playstations? Normalmente partiríamos do pressuposto que não trabalham, para poder beneficiar de tais subsídios, mas como andam cá há 500 anos e ainda não integraram o aparelho produtivo português, pelo menos partiremos de um outro pressuposto, o de que só praticarão actividades lícitas e legais...
Já agora, alguém é capaz de me explicar porque é que roubaram a capa do esquentador?