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Os ditos activistas pelo clima pensam que têm tintins. Mas apenas atiraram tinta acrílica verde. Podemos extrapolar, a partir das amostras que irrompem estúdio adentro ou que arremessam substâncias cromáticas sobre políticos, que aqueles que "fazem" (citando Pedro Nunca Santos) estes preparos não detêm estrutura ética e moral. São excessivamente jovens para produzir argumentos racionais civilizados, não têm descendentes nem responsabilidades familiares, mas são filhos de alguém que transmitiu grandes valores humanos. Têm tempo a mais, cabeça a menos e vontade de aparecer. São discípulos em idade pueril da outra em idade adolescente — Greta. Todos concordamos que o clima e as questões ambientais são temas centrais para a sustentabilidade civilizacional, mas também podemos concluir que o futuro corre sérios riscos. Estes embriões de putativas lideranças de causas não conseguem articular um discurso coerente e, à falta de meios intelectuais, enveredam pela violência. Sim, porque é disso que se trata. Não devemos fingir que não existe filiação ideológica neste género de assalto à intregridade física. Foram instigados a avançar sobre adversários sem olhar a meios, sem contemplar os danos. São extremistas na mais pura acepção do termo. Nem vou especular quem é que lhes deu corda ou gás para proceder de tal modo. Se ao menos fossem coerentes, teriam feito uso de algo biodesagradável como estrume. Assim não passam de climínimos...
Em dia de denúncia dos Acordos de Paris por Donald Trump faço um compasso de espera e atiro noutra direcção. No âmbito da cimeira da NATO, Trump puxou as orelhas aos parceiros europeus e reclamou que estes deveriam aumentar a sua parada monetária na organização de defesa. Os membros da Aliança Atlântica deveriam pagar mais, pelo menos 2% dos respectivos Produto Interno Bruto (PIB). Torna-se curioso, e não menos relevante, que Portugal, sob a batuta de um governo de Esquerda, tenha de facto incrementado a sua prestação à NATO de 1.32% para 1.38% do PIB. No entanto, não me recordo do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português terem batido o pé. Gostava de saber qual foi o preço do seu silêncio. Os socialistas devem ter negociado um arranjo qualquer nos bastidores. Não sei qual foi a moeda de troca, mas houve mais recursos atribuídos à NATO desde que a Geringonça abarbatou o poder. Por outras palavras, Portugal já vinha alinhado com o pensamento geo-estratégico e financeiro de Trump. Guterres, nas últimas 24 horas, já foi particularmente vocal em relação aos vazios de poder que decorrem da denúncia de acordos respeitantes ao clima, mas neste jogo de correlações das diversas dimensões de projecção de poder, talvez ainda não tenha percebido que os Acordos de Paris serão uma mera divisa para exercer pressão noutros palcos. Para cada ponto verde comprado por corporações para calar detractores quantas vidas efectivamente se perdem? No tabuleiro de Realpolitik não existem deuses e demónios, bons e maus, de um modo linear. Talvez o agitar dos fundamentos dos Acordos de Paris sirva para rever as suas premissas e o seu caderno de encargos. Veremos como a Europa, tolhida por crises internas e dúvidas existenciais, consegue ou não esboçar um plano B. Talvez Merkel tenha razão. Os EUA já não fazem parte da equação de favas contadas, já não são best friends forever. E há mais. De cada vez que o governo de António Costa glorifica o magnífico crescimento económico, está de facto a aumentar o financiamento de Portugal à NATO. Ou seja, são os turistas que estão a tornar Portugal um país militarista. São eles que estão a aumentar as receitas, e consequentemente o PIB. Pois é.
Quase todo o País vai ficar abaixo de zero
A vaga de frio vai manter-se até quarta-feira, dia em que começa a chover e a nevar com intensidade.
Eh pá, os efeitos do acordo de Copenhaga já se fazem sentir!