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Medina deita fora o PCP

por John Wolf, em 02.11.17

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Fernando Medina fechou acordo com o Bloco de Esquerda (BE), mas nem por isso com o Partido Comunista Português (PCP). Ou seja, o que se passa na autarquia não é uma réplica do todo governativo, mas apenas a reciclagem de uma parte do artefacto, da geringonça. Em abono da maquineta, trata-se de uma "gonça" (como em amigo da gonça). No entanto o facto de Medina ter fechado acordo com o BE, não significa que tenha um compromisso com as efectivas necessidades dos lisboetas (precisa do BE para governar, baixou as calcinhas) e que consiga explicar como vão financiar a brincadeira. Estão apenas no lado do haver, com nenhuma menção do dever, de quem fica a arder. Não vale a pena entrar em detalhes críticos sobre a lista de supermercado de Medina e Martins, porque está lá tudo de um modo relativamente consensual, politicamente simpático para eles. Podemos concordar quase na íntegra com o enxoval dos noivos, mas devemos temer o copo de água. Serão necessárias mais taxas e impostos municipalizados para angariar meios financeiros para o orçamento da Câmara Municipal de Lisboa. A única coisa que parece ter sido omitida no programa de festas do casal camarário é um gabinete para análise e tratamento de assédio político ou de outra natureza. Seria interessante, á laia de sociólogo explorador, estudar o ecosistema camarário. Não me venham com estórias de que palmadinhas nas costas e no rabinho não acontecem todos os dias, à má-fila, à comuna - your ass is mine.

publicado às 14:33

Medina e Lisboa a metro

por John Wolf, em 07.09.17

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Aviso desde já que vi bastantes segmentos da grande tertúlia promovida pela TVI e a anfitriã Judite de Sousa. Não escutei de fio a pavio o debate. Mas ligando os pontos, facilmente chegámos à conclusão que o Partido do Turismo marcou assento mesmo sem ter sequer um lider em estúdio. Fernando Medina, o único político não eleito dos presentes, não soube aproveitar essa condição. Não soube e não quis, porque sabe que qualquer tentativa de se apresentar como "independente", e herdeiro de um legado que não escolheu, cairia por terra num ápice. Assunção Cristas sintetizou - "Medina anda de braço dado com o governo" e "foi secretário de Estado sob a batuta de José Sócrates". Mas adiante, deixemo-nos do acessório e passemos ao essencial da noite. A questão das taxas turísticas parece estar envolta na mesma aura de mistério dos donativos de Pedrógão. Não se percebe muito bem para onde foi ou para onde vai o dinheiro. Não se sabe ao certo de que modo é feita a alocação das receitas. A taxa respeitante à Protecção Civil,  a grande bandeira de financiamento das emergências da capital, afinal peca por inconstitucionalidade se for adoptada a mesma orientação jurídica que foi determinada em Vila Nova de Gaia. Cristas tem razão. A Protecção Civil não pode ficar dependente de mais ou menos meios angariados através de taxas ou taxinhas -  é um encargo em relação ao qual não se pode abrir mão. João Ferreira do PCP esteve bem ao saber demarcar-se da expressão geringonçal que o define a si e ao seu partido. Soube fingir muito bem a sua irreverência, mas sabemos que nos bastidores os acertos serão determinados. Ricardo Robles do BE foi uma agradável surpresa - é uma versão diluída e não histérica da Catarina Martins. Parece ser alguém com quem se pode discordar sem levar com um compêndio moral em cima. Teresa Leal Coelho é um erro grosseiro de casting. Infelizmente não tem o que é necessário para o cargo em questão. É incapaz de estruturar um pensamento ordeiro e é péssima no contraditório. Se é para fazer escola aqui nestas andanças, sair-lhe-á caro. Adiante. A discussão dos metros do Metro coloca Lisboa numa posição incómoda. A cidade não pode ser pensada a partir do prisma da mobilidade, como se a mesma fosse a geradora de outras soluções estruturais. Nada de conceptual foi discutido. A saber; qual o conceito de qualidade de vida que define Lisboa e quais as ambições dos seus residentes? Que implicações terão as propostas dos candidatos no desenvolvimento dos concelhos adjacentes? Qual a abordagem inter-municipal para integrar as mais que expectáveis alterações que se farão sentir na periferia? Onde começa e acaba Lisboa, e como pode a mesma ser pensada a partir do prisma do Turismo? Será que são entidades exógenas que determinarão o curso político de acção? Se deixarem o Turismo ditar o rumo da capital, poderemos apresentar um novo conceito operativo político: a perda de soberania autárquica. A cidade de Lisboa não pode pertencer aos maltrapilhos dos turistas que apenas se apresentam por interesse hedonista. E os que residem ficam para segundo plano? Fico algo chocado que não tenha sido atribuída a ênfase devida à condição alfacinha. São os que cá vivem que mais importam. O turismo é um vento favorável que sopra, mas devemos temer furacões e aguardar as tempestades geradas por políticos que acreditam nas benesses das cirurgias plásticas dos canteiros de avenidas. Como em todos os outros processos eleitorais de Portugal, não me assiste votar. Não sou uma coisa nem outra. Não sou nacional, mas também não sou turista. Sou residente de pleno direito e estou alinhado com os da terra que merecem muito mais do que presentemente lhes é oferecido. E não me venham com essas histórias encomendadas pela geringonça de que Portugal é o 5º melhor país do mundo para se trabalhar. Não é assim que se faz. Não é assim que se faz campanha. A masturbar prémios em cascata.

publicado às 07:45

Intragável carrascão

por Nuno Castelo-Branco, em 26.03.17

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Não vale a pena dizer seja o que for acerca deste inacreditável assunto, pelo menos no que se refere à questão do ghetto que a CML populista e ansiosamente quer criar no centro da capital. É isso mesmo, cedendo radicalmente ao populismo parece bem, trata-se de um futuro ghetto, à semelhança daquilo que se vê noutras localidades da Europa. Dentro de anos veremos o belo resultado de tudo isto, espero equivocar-me e no caso bastante improvável de tudo correr bem, então nada me custará "dar a mão à palmatória". Não consigo ser suficientemente pretensioso e arrogante para superioridades faz de conta e não sou pago para isso.


Passando sobre este assunto desagradável e que acicata desvairadas reacções por parte de desvairadas gentes, parece-me uma desfaçatez imperdoável a alegação populisto-salgalhada-medinesca da questão pecuniária pretensamente exagerada, quando sabemos muito bem o que os interesses pertencentes a certa gente estão a fazer em toda a Baixa, transformando-a numa espécie de "parque temático" reservado ao turismo. Gabarolices de lado como a que ontem tive de ver no Espaços & Casas num canal televisivo qualquer, a verdade é que ainda ousam fazer gala do vertiginoso aumento dos preços em alta não apenas na venda de imóveis em Lisboa, como no arrendamento. A Alfama já foi praticamente evacuada, a Madragoa vai pelo mesmo caminho e ainda resta a Mouraria ou o Bairro Alto.

Uns estafermos, para não lhes chamar algo que macule a hipotética honorabilidade das progenitoras.

* Desde já participo nem sequer tencionar em perder tempo a deslocar-me à secção de voto nas próximas autárquicas. Tirando o patético e chupista absurdo belenense, sempre votei em todas as eleições, fossem elas parlamentares ou para as autarquias.
Não tenho a menor confiança nos já anunciados intérpretes de gente e apenas suspiro por Ribeiro Telles não ter hoje uns sessenta anos.

publicado às 19:23

UBER CARRIS para acabar com a tosse

por John Wolf, em 21.11.16

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Por favor, alguém tenha a bondade de me explicar o swap da gestão da Carris como se eu fosse muito burro. Se fica tudo na mesma, como afirma Costa, por quê fazê-lo? A resposta é simples: estamos em plena campanha eleitoral para as autárquicas e esta operação dá ares de clarificação e liquidação de dívida, mas não passa de um embuste. As empresas privadas responsáveis pelas operações que produziram as dívidas avultadas estão a ser tratadas como bancos. Ou seja, a sua incompetência, e a gestão danosa que decorre da mesma, será saneada, caiada com tinta de resgate, porque em última instância é o dinheiro dos contribuintes que será esbanjado sem dó nem piedade. Se o malparado está num bolso ou noutro, é totalmente indiferente. Estão ambos furados. São sacos sem fundo. E quem sabe se não serão azuis. Ou rosa. Venha de lá mais um livro sobre carismo. Desta vez redigido pelo edil e ex-edil. O que isto precisava era de um UBER dos autocarros. Para pôr isto a mexer. Acabavam logo as dívidas e mordomias de direcção. Porque no fundo isto é tudo a mesma coisa. Uns vão para a Caixa Geral de Depósitos. E outros saem na paragem seguinte.

publicado às 18:23

Medina Led

por John Wolf, em 18.11.16

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Fernando Medina vai duplicar o orçamento da iluminação de Natal da Câmara Municipal de Lisboa. Afinal estamos quase a ir a eleições. E a crise acabou. Os Led são uma espécie de Web Summit das velas. Acendem-se e depois apagam-se, mas não deixam rasto que se veja. Dizem os electricistas que a luz ficará em níveis pré-crise, ou seja, depois virá um clarão. Apagão.

publicado às 10:24

Tapar a piscina em São Bento

por John Wolf, em 05.10.16

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Enquanto as auto-proclamadas elites podem passear e fazer-se ver na pomposa inauguração do Museu Arte Arquitectura e Tecnologia (MAAT), importantes questões de design e construção são debatidas. Quem paga o gradeamento dos jardins da residência oficial do primeiro-ministro em São Bento? A factura do MAAT já sabemos quem paga. Tapar piscinas é deveras importante - meter água não é algo que possa remotamente ser sugerido. Enquanto o país se ocupa de futilidades de casa e jardim, uma outra realidade mais atroz avança sorrateiramente sem dar tréguas. Durante os últimos anos o Banco Central Europeu (BCE) foi a tal vaca voadora. Foi mungida até à medula do tutano para ficcionar as recuperações económicas dos países em apuros da Zona Euro. Acontece que o impacto da compra de títulos de dívida de países como Portugal teve efeitos limitados. Garantiu a tesouraria, o fundo de maneio, para que não houvesse um descalabro das funções mínimas do Estado. A cada nova emissão com juros mais baixos abriam garrafas celebratórias. Os propagandistas partidários serviram-se dessa bitola para demonstrar sucessos de governação. Nada mais errado. O BCE apenas serviu para criar e prolongar a ilusão. Encontramo-nos agora numa fase perniciosa do jogo. Mesmo que não hajam sanções a Portugal, e o abrandamento ou cancelamento de fundos, esta modalidade representa uma forma diversa de tributação. Subir as taxas de juro encarece tudo de um modo transversal. Afecta pensões e reformas, afecta o sector de saúde, afecta a educação, afecta os investimentos, e em última instância, impacta o preço de gradeamentos seja qual for o jardim. O Governo e a Câmara Municipal de Lisboa, embora geminados por obra e graça de António Costa e Fernando Medina, podem passar as batatas quentes que quiserem de uma panelinha para outra porque não fará diferença alguma. Os quintais de uns são os quintais de outros. Portugal é um imenso jardim. Quando olho para o MAAT parece que um pé gigante esmagou o Guggenheim de Bilbau. A coisa é achatada e tem pouca utilidade no contexto da efectiva situação gravosa de tantos portugueses que podem lá pagar a conta da luz. É isto, mais coisa menos coisa.

publicado às 08:32

Assinem esta petição

por Nuno Castelo-Branco, em 01.08.16

 

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Estamos todos cansados, fartos de sofrer em silêncio as habilidades, manhas, negociatas, imundícies que envolvem irmãos, primos, cunhados e gabinetes de todo o tipo de actividades especulatórias, desleixo e outras estultas acções por parte das sucessivas vereações - sejam elas de que coloração forem - que têm arruinado a cidade de Lisboa: bairros inteiros que para sempre desapareceram por vontade dos grupelhos conluiados que bem conhecemos, obra feita e logo obra refeita, cabeçudos que surgem em prédios de fachada anterior ao betão, eis o que o futuro reserva para uma Lisboa que passará pela infâmia e vergonha de perder todo e qualquer interesse que uma capital europeia deveria ter. Neste caso, nem sequer a oposição se salva, é parte integrante do esquema.

Não tenham dúvidas, esta destruição consiste mesmo uma intenção política e assim sendo, política deverá ser a resposta popular. 

Esta é uma petição urgente, pois sublinha uma certa e necessária revolta contra uma acção que longe de atender a dificuldades de tesouraria, visa tão só prosseguir a já demasiadamente longa campanha política contra tudo o que a nossa história significa. 

Se há dinheiro, muito mais dinheiro, para outras actividades pré-eleitorais, obrigatoriamente deverá o executivo municipal atender a este caso. Em conformidade, façam o favor de divulgar e assinar esta petição. Lisboa agradecerá. 

* Já tem 1500 assinaturas e teremos de atingir as 4.000 até ao próximo dia 15 de Agosto. Copiem o link e divulguem. 

publicado às 13:42

CML e o socialismo na gaveta (dos espanhóis)

por Manuel Sousa Dias, em 05.03.15

Depois de muitos anos fechada, eis que a nova Piscina dos Olivais reabriu ao público. A notícia, tal como tem vindo a ser transmitida na comunicação social – sempre a boa imprensa de António Costa!! -, parece muito boa mas, enquanto lisboeta, olivalense e antigo frequentador deste espaço ímpar nos Olivais, parece-me que o espaço ficou bem pior. 1000 vezes pior, para ser mais preciso.

 

O espaço reabriu através de uma concessão a uma empresa espanhola, que nele investiu 10 milhões de euros depois de ter encerrado desde o início do século.

 

Primeira critica: Socialismo na gaveta; este espaço, outrora um espaço municipal foi cedido a interesses privados. Os munícipes, ou utentes, passam a clientes. A concessão é de 35 anos. Sim, leu bem, 35!!

 

Segunda critica: desvirtuamento do projecto inicial, no qual eram valorizadas as actividades ao ar livre, por entre espaços verdes bem cuidados, como, aliás, é apanágio dos Olivais. Ar livre? Espaços verdes? Não. O mercado pede é actividades indoor.

 

Terceira crítica: Então e o espaço exterior, anteriormente constituído por jardins, campos de ténis, campos de jogos e mini-golf? Não. O mercado pediu um parque de estacionamento para 300 automóveis.

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Quarta critica: Em que se distingue este fitness club dos demais? Aparte o seu gigantismo, em nada. Mas como o povo gosta de coisas gigantes, aqui temos o Colombo dos fitness-clubs, com seis estúdios para aulas em grupo, uma sala de fitness, sala de máquinas, zona termal (piscinas, sauna, banho turco), padel e 300 lugares de estacionamento, claro.

 

Quinta critica: Projecto feito às três pancadas. Além das árvores arrancadas, relvados destruídos, campos de jogos abatidos, estacionamento XL, temos também a antiga bancada de 50 metros da piscina da anterior piscina olimpica virada para... a parede exterior das piscinas... Será projecto do Salgado?

 

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Sexta critica: Os munícipes, perdão, clientes, passam a pagar 39,90€ mensais por um livre trânsito. Segundo Jorge Máximo, Vereador do PS da Câmara Municipal de Lisboa, “vamos ver até que ponto temos legitimidade para interferir na regulação de preços”, como disse em entrevista recente ao Público.

 

Coisas positivas? Bem o preço é competitivo face a outros empreendimentos da mesma natureza, esqueça-se o facto (já agora, importante) que este era um espaço municipal que agora passou a ser um espaço comercial.

 

Que dizer então da Piscina do Campo Grande e da Piscina do Areeiro? Estão ambas a ser alvo de investimentos da mesma natureza, igualmente de investidores espanhóis, ficando ainda por apurar se vai ser sujeito a abate espaço do jardim do Campo Grande em favor de mais um gigante espaço de estacionamento. Referiu ainda Jorge Máximo que o valor de investimento do grupo espanhol na Piscina do Campo Grande ascende a 10 milhões de euros e que estão igualmente a ser feitos investimentos avultados na piscina do Areeiro com vista à apresentação do mesmo tipo de serviços. Todos estes investimentos privados proporcionaram à câmara de Lisboa abster-se de fazer investimentos de cerca de 21 milhões de euros, de acordo com o mesmo autarca.

 

Refira-se ainda que em termos de piscinas municipais as coisas não vão muito bem. A Piscina Municipal da Penha de França encontra-se encerrada desde 2011. A Piscina da Avenida de Ceuta, inaugurada por Santana Lopes, encontra-se encerrada desde 2008. As restantes encontram-se encerradas ou altamente condicionadas aos munícipes em regime livre depois das 18 horas em virtude de estarem concessionadas a clubes ou associações.

publicado às 17:02

E aviões anteriores a 1996, amigo Costa?

por John Wolf, em 16.01.15

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E aviões anteriores a 1996 podem continuar a infestar os céus de Lisboa com ruído e gases poluentes?

publicado às 17:26

A barca do inferno e António Costa

por John Wolf, em 14.10.14

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António Costa diz que não existe solução para inundações em Lisboa. Minhas senhoras e meus senhores, entramos no reino do surreal, da estupefacção, da mediocridade, do abismo, da nulidade, da incompetência, e certamente, da ainda maior ruína de Portugal se apostarem neste cavalo para primeiro-ministro. O alegado presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) é que não existe (e não aparece em parte alguma para dar a cara em nome da população de Lisboa). Eu não deveria ficar espantado com o modo como este político se anula, e passa a si mesmo um atestado de burrice, de estupidez. Se não existe solução para um desafio menor como este, então poderemos concluir que António Costa nem por sombras terá soluções para Portugal. À primeira humidade, Costa revela bolor. À primeira contestação de um acto de Deus, Costa afasta os mau-olhados. À primeira contestação à sua responsabilidade, Costa passa a bola aos Sapadores. Poderemos concluir, sem margem seca de dúvida, que estamos sujeitos à atmosfera política que nos querem impingir e muito menos à pluviosidade. A Holanda não se encontra abaixo do nível do mar ou estarei enganado? Situações atmosféricas anómalas? O que o povo da cidade de Lisboa tem a fazer é mover uma acção contra a CML, sem se restringir a este ou aquele mandato. António Costa, o derradeiro de uma extensa fila de irresponsáveis, apenas tem uma coisa a fazer - assumir a bronca, a barca em que (se) transformou a cidade.

publicado às 17:38

O PS não é de Esquerda

por John Wolf, em 12.10.14

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O porta-voz Ferro Rodrigues oferece a conversa de um vendedor que não sabe para que lado vai cair a sorte política. O Partido Socialista vem com o discurso de campeão da Esquerda, mas sabemos muito bem que já não são dignos representantes desse título, se é que alguma vez foram. Os seus sucessivos governos foram tão neo-liberais quanto os dos outros. Nessa medida, embora afirmem que não vão em compadrios com o Partido Social-Democrata (PSD) porque são distintos e estão abertos a entendimentos mais à Esquerda, a coisa não é assim tão linear. Ora, se precisam do encosto dos que estão mais à Esquerda, então significa que eles não são Esquerda. Ponto final. Talvez sejam outra coisa. Talvez sejam herdeiros de um mito ideológico antigo, intensamente corroído pela sua acção governativa, pela sua vida política. Mas existe uma ameaça muito mais apreciável do que a fragmentação partidária do espectro político nacional. Se Rui Rio for o homem do PSD, António Costa ainda vai ter de esgravatar muito e ceder muito mais para chegar ao poder. Quem coloca a hipótese de oferecer ministérios e secretarias a praticantes como Ana Drago ou Rui Tavares, tem de ter a noção que coloca em risco o destino final da viagem. Os socialistas, que agora disparam a torto e a direito, se não tiverem juízo ainda acertam em ambos os pés. A pergunta que deve ser colocada diz respeito ao modo de interpretar o desagrado nacional, o sentimento de esperança que os socialistas espalham como perfume fácil, quando sabemos, e bem, que nada de substantivo se altera quando os actores políticos forem outros. Portugal, na sua presente e futura situação, estará condicionado pelo ditado da Troika. Ferro Rodrigues elogia Marinho e Pinto porque necessita de guardar uma carta para uma jogada final. Nunca se sabe até onde terão de ir para ganhar votos à Esquerda e à Direita. Em nome do seu putativo governo, os socialistas ainda vão cometer muitas tropelias. O actual governo necessita apenas de continuar a fazer o seu trabalho - seguir em frente sem prestar atenção a ruído demagógico. Enquanto isso decorre, no caminho que nos conduz até às legislativas, veremos como a Câmara Municipal de Lisboa será convertida em plataforma de campanha. Aposto que vamos assistir a inúmeras iniciativas de integração e pluralidade, amostras de ecumenismo político, miscigenações convenientes para dar ar de partido total, absoluto e inquestionável. O problema que se lhes coloca é que o cidadão português já não passa cheques em branco. Porque tem sido o principal visado da incompetência dos grandes lideres nacionais - uns mais endeusados do que outros.

publicado às 16:11

Odeon, um futuro centro comercial vazio

por Nuno Castelo-Branco, em 17.08.14

É esta a Lisboa de Costa, o tal que quer a sua pouco urbana e demasiadamente salgada  "exemplar gestão", transplantada para o resto do país. Enfim, uma ameaça que segue aquela outra da famosa vereação republicana dos finais da Monarquia, garantindo que república costista imposta, logo Portugal inteiro beneficiaria das delícias da émula e boa gestão camarária verde-tinto.

 

Viu-se, vê-se, ver-se-á (?)

 

Se há coisa que esta gente não tem, é imaginação. O Sr. Soares costuma papaguear as sangrentas ameaças do Guerra Junqueiro, agora Costa rumina sandices conhecidas urbi et orbi

"Um dos cinemas mais antigos de Lisboa, o devoluto Odeon perto da Avenida da Liberdade, vai ser demolido dentro das próximas semanas para dar lugar a mais um centro comercial. Por tratar-se de um exemplo único da arquitectura Art Deco, há quem tente salvá-lo através do protesto numa petição. Se concorda que o teatro deve ser reabilitado, como foi o Le Louxor de Paris, por exemplo, em vez de vir a ser mais um centro comercial, poderá assinar a petição aqui": 
http://www.gopetition.com/petitions/petição-lisboa-precisa-do-cinema-odéon1.html

publicado às 19:08

Costa FORA da CML, já!

por Nuno Castelo-Branco, em 27.05.14

 

O bota-fora de Costa acarreta algumas vantagens, uma das quais será um mitigar das suas malfeitorias no Concelho de Lisboa. Talvez a febre demolicionista esmoreça, mas para isso urge também alijar o senhor do Urbanismo, o tal primo do reconhecido apelido Salgado que nos últimos dias tem feito as manchetes. 

Aqui está um bom exemplo da destruição que a nefasta dupla Costa & Salgado têm perpetrado nesta Lisboa Arruinada. O anúncio da imobiliária reza este sugestivo apelo:

 

 

"Bonito Palacete de 1910, vende-se no centro de Campolide para renovação com projecto aprovado para 1 T5 Duplex e 3 T2,ideal para apartamentos de charme.
Venha conhecer este belo investimento no centro de Lisboa.
Área bruta por piso 185m2
Área Útil 136.5 por piso + sótão 50m2
Não deixe para amanhã, o que pode ser seu.

Consideram ser um bonito palacete de 1910 e logo depois, indicam a sua destruição. dD 1910 apenas existe uma mamarracha para impiedosamente demolir pedra por pedra. Sabem qual é, a do felizmente erradicado feriado. 

 

publicado às 19:31

Insensibilidade de António Costa

por John Wolf, em 01.05.14

Irei tentar ser brando e comedido no uso das palavras, quando, em abono da verdade, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) mereceria ser insultado. As famílias lisboetas bateram com a cara no portão do Parque Recreativo do Alvito neste 1 de Maio. Em pleno dia do trabalhador (ou o raio que o parta), António Costa demonstra inequivocamente (e mais uma vez) que não tem nível para interpretar o sentimento colectivo. O "povo" já muito zangado, cabisbaixo e frustrado com o estado da nação, não tem margem de manobra para aturar idiotices autárquicas. Como ousa a CML fechar o Parque Recreativo do Alvito neste dia, quando tantas famílias aí encontram o seu refúgio gratuito, a sua tranquilidade, o seu descanso? Dia do trabalhador? Ou Dia do Autarca Atrasado Mental? Provavelmente a resposta do chefe Costa seria qualquer coisa do género: "Há que respeitar o descanso do trabalhador neste dia com forte carga política e ideológica". Ah, sim? E que tal o respeito pelas crianças e as respectivas famílias? Não arranjam um porteiro e dois assistentes? Então façam uma requisição civil de dois ou três funcionários para abrir o parque do Alvito neste esplendoroso dia de piqueniques e convívio familiar. O presidente da CML demonstra grande insensibilidade. Francamente. Quanto custa um beberete nos Paços do Concelho para receber um dignatário vindo do reino da Noruega? Quanto custam as belas projecções luminosas da Praça do Comércio? Quanto vale a felicidade de tantas miúdos e graúdos que não dispõem de meios para dar um saltinho a Londres para umas compras de ocasião. António Costa pode invocar o Santo e a Trindade, o livro sagrado da ideologia da Esquerda, os cadernos eleitorais, mas nada servirá para desculpar esta rudeza, este insulto aos seus munícipes. Um cidadão nacional, com quem troquei algumas palavras em frente ao excelso portão trancado, despejou singelas frases de desencanto. Retenho estas em particular: "Fui emigrante vinte e dois anos na Suiça. Voltei em 2007. Se soubesse que iria encontrar esta merda, nunca tinha tirado os pés de Lausanne. Estou arrependido por ter voltado a esta miséria". E eu acrescento; os lisboetas não podem admitir ser enxovalhados deste modo. Espero que caia uma chuva de reclamações na secretária do magnífico presidente da CML.

publicado às 12:52

Também neste caso, o que parece, é!

por Nuno Castelo-Branco, em 20.01.14

Bem sei, sou má-língua.

 

Conheço muito bem um destes apartamentos, aqui viveu um amigo de décadas, o Ico.  Podem ir imaginando o que ali está, desde magníficas portas e portadas de excelente madeira, até aos salões com estuques admiráveis, soalho de tábua corrida, etc. Uma grandiosidade de outros tempos e passível de restauro.

 

Vai tudo abaixo, ficando a fachada. Beneficiários? Adivinhem... ou será preciso fazer um desenho? A foto é explícita e não me digam que na CML não existe um certo conflito de interesses.

publicado às 14:41

1. Hollande declara guerra...

por Nuno Castelo-Branco, em 24.10.13

...à cosa nostra dos estádios. Dada a  rastejante popularidade do normalizado, veremos o que lhe acontecerá. 

 

2. Enquanto isso, o delirante António Costa diz que Lisboa deu o exemplo que o Estado deverá seguir. Se a conversa do edil for levada a sério, teremos então:

 

- Uma assumida política de destruição do património construído nos últimos cento e cinquenta anos; benefícios outorgados a entidades ligadas a uma banca que muito tem feito para a tentacular especulação que devasta os nossos centros urbanos; a recusa na prestação de contas que ingloriamente lhe são exigidas; negligência na preservação e reabilitação da propriedade pública; a manutenção do status quo na arcaica divisão administrativa do país, eternizando camarilhas, satrapias e o clientelismo; o descarado conflito de interesses a que temos assistido, tal como sucede quanto a  uma certa vereação sempre ligada a um não menos certo fundo imobiliário de reconhecido apelido. A lista é longa, mas definitivamente entrámos naquele terreno em que cercado por duas frentes, o Sr. Seguro deve sentir-se demasiadamente inseguro. 

publicado às 20:38

Monos de Lisboa: alerta do Forum Cidadania LX

por Nuno Castelo-Branco, em 24.10.13

 

Na senda do "obra a obra Lisboa melhora", parece que a CML autorizou a demolição deste edifício existente na Luciano Cordeiro, substituindo-o por mais uma banalidade que dentro de década e meia fará o pleno da imagem da capital portuguesa. Resta-nos saber qual o prestimoso fundo de investimento imobiliário por detrás de mais este Mono-abuso. 

publicado às 12:28

Há muito calor na CML (e corrupção aparentemente)

por José Maria Barcia, em 10.07.13

 

A Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos já disse que sim. Dois acórdãos de tribunais confirmaram a decisão. Mas António Costa acha que não deve tornar público um relatório sobre as contas da autarquia de Lisboa e recorreu para o Tribunal Constitucional, noticia o jornal Público.


Para o responsável do município de Lisboa, a obrigatoriedade de divulgar o relatório "abre caminho a que todas as decisões políticas e documentos que as corporizem fiquem sujeitas ao escrutínio público e, eventualmente, judicial, o que irá conduzir, inevitavelmente, à diminuição/perda da autonomia que deve caracterizar o exercício do poder político".

 

Em causa está um relatório intitulado "Obras Públicas Municipais - Sobre o Estado da Arte" da autoria de Fernando Nunes da Silva, vereador do movimento Cidadãos por Lisboa. Este relatório, conta o Público, apontava graves falhas às práticas de contratação de empreitadas em vigor nos serviços da câmara, chamando a atenção para a grande quantidade de ajustes diretos e a "vulgarização dos trabalhos a mais".

Público terá pedido este relatório em Outubro de 2011 e, perante a recusa do município, fez queixa à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, que deu razão ao jornal. Posteriormente, o Tribunal Adminsitrativo do Círculo de Lisboa intimou a CML a entregar este relatório num prazo de dez dias, decisão de que a câmara recorreu. Já em Janeiro deste ano, os juízes desembargadores do Tribunal Central Administrativo Sul negaram provimento ao recurso. Inconformado com a decisão de todos estes órgãos sempre no mesmo sentido, António Costa decidiu recorrer para o Tribunal Constitucional.

 

 

Comentário 1: Um Presidente de uma Camara Municipal não gosta de ter o seu trabalho escrutinado? Então vá para a rua.

Comentário 2: O relatório sobre as Obras Públicas Municipais refere falhas às práticas de contratação e ajustes directos. Por outras palavras, o socialista António Costa anda a distribuir riqueza. Aos empreitores. Mas com dinheiro que não é dele. A isto chama-se corrupção. 

Comentário 3: Esta polémica vem desde 2011. Com recursos e advogados e quem sabe nunca se provará que António Costa agiu premeditadamente de forma pouco ético, usando e abusando do seu lugar de Presidente da CML.

Comentário 4: Numa altura de crise política, como é que António Costa é capaz de esconder (é o que anda a fazer desde 2011) dados da autarquia de Lisboa? Se isto acontecesse em Lisboa, o que fará António Costa quando for secretário-geral do PS e, Deus nos livre, Primeiro-Ministro?

 

P.s. As obras em Lisboa são, muitas vezes inexplicáveis. Este relatório deverá explicar a inexplicabilidade de António Costa, o socialista que esconde documentos.

publicado às 15:10

Lisboa Arruinada: aqui está mais um truque camarário

por Nuno Castelo-Branco, em 22.08.12

 

Todos os lisboetas conhecem este edifício "em-recuperação-obra-a-obra-Lisboa-melhora", na Duque de Loulé. Durante meses foi uma azáfama: destelhá-lo, demolir a bonita casa contígua para permitir a construção de um silo para automóveis, cavar até "ao osso" das fundações, etc, etc. Subitamente, os trabalhos pararam. Evacuaram os operários, retiraram-se as máquinas e por lá apenas ficou um enorme guindaste Liebherr. Pelo que se diz nestas redondezas, a interrupção da obra deve-se à falta de crédito bancário. A excelente desculpa do momento que atravessamos. Inicialmente acreditei, mas desde logo observei um aspecto nada negligenciável. Os fulanos retiraram o telhado e o edifício ficou à mercê das intempéries. Faça sol ou frio, caia chuva ou não, está fadado à usura dos meses que impiedosamente vão passando. A Câmara Municipal da tripla Costa & Salgado, BES Lda., tinha permitido a recuperação do edifício, mantendo a divisão interior. O prédio é um belo exemplar e foi um dos mais luxuosos do seu tempo.

 

Agora, observem a segunda foto. Reparem na falta de protecção do telhado, nas janelas abertas. A CML não obriga o dono da obra/edifício a proteger a integridade do mesmo? Sabem o que sucederá? Devido ao "perigo de ruína", dentro de um ano a CML permitirá a demolição do imóvel, mantendo apenas a fachada. Por mais benevolente que queira ser, duvido muito de esta não ser mais uma das tais situações cuidadosamente planeadas pelos bombardeiros municipais. Uma desgraça, ao que chegámos!

publicado às 14:34

Assim também eu...

por Pedro Quartin Graça, em 09.03.11

publicado às 11:06






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