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Porque já é Outono...

por Cristina Ribeiro, em 07.11.16

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Que azáfama que ali vai! É tempo de podar as árvores que nos acolheram no Verão à sombra das suas folhagens.

E um sentimento de tristeza: a catalpa amiga que vejo do meu quarto, onde me refugiava nesse tempo de canícula agora totalmente nua, agora despojada das folhas largas, magnânimos verdes leques ... No chão a roupagem outonal que trajou até há bem pouco tempo, amarela aqui e ali, mas verde ainda, num verde desbotado talvez...

Uma certeza porém, a consolar a visão castanha, de tronco ferido: mal o Inverno comece a despedir-se elas, as folhas verdes, muito tenrinhas no começo, muito delicadas ainda, voltarão e com elas a alegria da paisagem verde...

publicado às 19:45

Por fora das palavras escritas.

por Cristina Ribeiro, em 26.02.15

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Como eram lindas as capas dos livros!... Corriam os finais dos anos sessenta.

publicado às 08:46

Era o sol que entrava pelas frinchas da janela.

por Cristina Ribeiro, em 08.11.13
Toda a noite chovera. Noite fria, aquela! Custara a adormecer, e o barulho da chuva nas telhas fora quase uma companhia. 
Mas agora o sol enchia o quarto. Seria o Verão de S. Martinho?  Enquanto assim pensava, deitava os olhos ao horizonte e as nuvens continuavam no seu posto. Imaginou, com um sorriso divertido, a luta que o astro rei teria com elas travado para ali chegar. Numa espécie de ensaio, pensou. Que o santo já devia ter iniciado a sua caminhada, para vir trazer o calor que por aqueles dias de tanto arrefecimento era o bálsamo sempre esperado.   

publicado às 14:39

A caminho de Barroso, com Antero de Figueiredo.

por Cristina Ribeiro, em 02.09.13
" ( ... ) Agora, para as Alturas, é a cavalo, através da serra quase sem árvores, em chão roxo pelas flores das queirogas e amarelo pelas flores da carqueja: - montes de mosto onde chovesse saraiva de enxofre...
Ao redor, montanhas altas e varridas. Começa a ver-se, à esquerda, em baixo, um longo vale abeberado de verdura e de fartura, que se prolonga, formando o planalto da aldeia das Alturas, e se estende para lá, até às veigas fartas de Boticas. Serras em torno. ( ... )
E neste ondulante mar esverdido, de montes vagueiros e baldios, sobe aos céus, contra os homens, a queixa amargurada das terras que querem ser mães de florestas úteis e belas, que aproveitam às gentes e, em sua beleza basta e religiosa, agradem a Deus. "
« Jornadas em Portugal »

publicado às 15:02

" Preciso de ir beber à fonte dos nossos Cancioneiros a água fresca da Língua donzela, a que canta como zagala, nas bailias ágil, matinal nas albas, marinha nas barcarolas. Verbo que ensaia as asas e chalreia, linguagem a fresco, ela me limpa de crostas sobrepostas de adjectivos, da lazeira dos lugares-comuns.
Ei-la, a mezinha adorável - a nossa língua românica, de linho grosso, a doce e rude. E quantas vezes, lendo autores sábios, me lembro dela como o poeta da namorada: " Que soydade de mha señor hei..."

publicado às 14:50

Vamos à feira do livro?

por Cristina Ribeiro, em 08.05.13

Um zumzum de que este ano não haveria Feira do Livro no Porto. E lembro as minhas primeiras visitas, quase sempre debaixo de fortes chuvadas, porque " fraco é o Maio que não rompe uma croça ".
Hoje já o fascínio pela feira deu lugar ao fascínio da livraria, mas não foi sempre assim.

 

Durante anos, a do Porto foi a única que conheci.
Era uma festa quando, no mês de Maio, e sempre num domingo à tarde, o meu pai anunciava: - "vamos à Feira do Livro". Numa rotunda da Boavista encharcada tínhamos diante de nós a promessa de trazer um livro mais para casa. O primeiro que de lá trouxe foi-me oferecido por um senhor de uma Editora, que me deu a escolher entre dois livros verdes e grandes: «Heidi» e «O Gnomo»- optei por este, mas lembro-me de, depois, ter pensado que tinha escolhido mal...
Seguiram-se , noutros anos, os livros azuis da Condessa de Ségur: »Memórias de um Burro» para mim, «Os Desastres de Sofia» para a minha irmã.
Só muito mais tarde iria conhecer a do Parque Eduardo VII.

publicado às 19:58

« Pela Noite Dentro »*

por Cristina Ribeiro, em 06.12.12






* Lembrando uma rubrica de blog amigo.

publicado às 23:37

 

Apesar de ter sido o nascimento registado a 23 do mesmo mês, corria o ano de 1920.

 

publicado às 12:08

Pela noite dentro

por Cristina Ribeiro, em 29.06.10

publicado às 23:13

« Pela noite dentro »

por Cristina Ribeiro, em 20.03.10

 

 

Recondita armonia

Di belleze diverse.

 

       «Tosca » - Puccini

publicado às 23:44

« Pela noite dentro »

por Cristina Ribeiro, em 20.03.10

 

 

Foi quando pela primeira vez ouvi este Requiem que me rendi " ao estilo muito próprio e original " de Brahms, nas palavras de FSantos, que faço minhas.

publicado às 03:01

Tão parecido(a) !

por Cristina Ribeiro, em 25.02.10

 

 

Escrevi este postal, noutro blogue, pouco depois da Kinski ter sido atropelada; hoje transcrevo-o porque logo de manhã vi, no caminho para o trabalho, um gatinho muito parecido com ela: preto e de patinhas brancas.

 

 "Lentamente, com um olhar de intensa concentração, levantou-se e dirigiu-se para mim, como Tarquínio galopando arrebatadamente; depois equilibrava-se e estendia a pata dianteira e acariciava-me a face como eu costumava acariciar-lhe o queixo- uma carícia humana vinda de um gato" (Sylvia Townsend Warner).

Juro que não falei à Sylvia na minha relação com o Klaus, mas é mesmo assim: "nem mais nem menos, Maravilhosa!"

Por ter querido abarcar o mundo todo, pois que não lhe chegava o que lhe fora destinado, tão aventureira que era, e tão arredia, a gatinha preta- a Kinski- foi, há já uns tempos, atropelada; não soube calcular os riscos...

publicado às 13:10

E li também o post do Combustões; decididamente, quem sai aos seus,  não degenera!


Parece que tudo começou nos anos sessenta. Depois, foi uma cavalgada sem freio. Os dez anos de Cavaco foram uma verdadeira hecatombe, um etnocídio que destruiu o que de melhor havia no nosso povo. Lembram-se do desprezo votado aos trabalhos braçais, da galopante marcha dos empreendedoristas, dos novos tudo-e-mais-alguma-coisa, do fim dos pescadores e dos ofícios, do encerramento do comércio que dava dignidade e percepção de responsabilidade política aos pequenos proprietários, da substituição dos operários, dos cantoneiros e pedreiros, dos electricistas e canalizadores por uma chusma de patetas metidos em fatecos a brincar aos programadores, aos promotores de vendas e aos bancários

publicado às 23:48

Quem sai aos seus...

por Cristina Ribeiro, em 23.10.09

 

Lá em casa o talento foi bem distribuído: Luísa e Isabel - a hereditariedade " rules ".

publicado às 22:48

Ok, eu nunca o ouvi ao vivo

por Cristina Ribeiro, em 31.07.09

 

 

mas os vossos relatos, Daniela e Luís confirmam que aquela voz que oiço tantas vezes, pertence, como  sabia já, no primeiro caso,  e calculava, no segundo, a um cantor de excelência, e a uma pessoa com P grande.

Confesso ter ficado com um bocado de inveja, mas ninguém pensava que sou de ferro, pois não? :)

É que se trata de um homem que respeito muito para além do artista.

publicado às 20:35

Já que " ele " não vem

por Cristina Ribeiro, em 30.07.09

 

 

cá, fã assumida que sou, vou em busca do meu canadiano preferido.

Tão bem que ouvi falar dele aqui na blogosfera, aquando do concerto do ano passado em Algés. Não me desiludiu: um cavalheiro, não se conformando com o facto de ser " apenas " bom músico, óptimo cantor e belíssimo poeta.

publicado às 13:03

Não que vislumbre ainda, sequer, as férias,

por Cristina Ribeiro, em 27.07.09

 

mas, porque sei que elas estão algures à minha espera, e porque tenciono desfrutá-las, pelo terceiro ano consecutivo, " cá dentro ", esta dica vem, direitinha, de encontro aos planos já esboçados, dando sempre, porém, preferência a caminhos pouco acidentados; e nada como começar pelo que está ao pé da porta, para depois alargar o âmbito do Portugal a conhecer, tanto que ele é, dentro daquela lógica, inculcada criança ainda: " Portugal é nosso/ e nós temos obrigação/ de o conhecer ".

publicado às 13:13

« Pela Noite Dentro »

por Cristina Ribeiro, em 23.07.09

 

 

 

* Peço desculpa por este roubo, António :)

publicado às 00:03

« Pela Noite Dentro »

por Cristina Ribeiro, em 21.07.09

 

 

publicado às 23:34

Gosto de pintura.

por Cristina Ribeiro, em 21.07.09

 

Nas paredes de minha casa pendurei algumas. Quase todas compradas a amigos. Esta é da autoria de alguém que não conhecia, mas já consIdero um grande amigo.

     Hoje, porém, quero falar de outra, que dá as boas vindas a quem nela entra, pois dá logo de caras com o quadro.

 Nele domina a cor da areia, já que fixa um momento na praia, vendo-se ainda, já no movimento de voltar ao mar, uma onda que se desfaz. Mas é outro o motivo central: um cão, pastor alemão talvez, que olha muito espantado a própria sombra, que o sol torna mais nítida no chão. Quando o vi em casa do amigo que o pintou, interroguei-me será que ele está a ver um animal da mesma espécie? Esta interrogação, aliada ao sentido estético que em mim acordou, fez com que o trouxesse, e a interrogação repete-se sempre que o olho.

 

publicado às 22:20






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