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Peço desculpa pelo atraso na resposta ao seu desafio, caríssima Eugénia. E afinal tenho sim uma camisa com uma finíssima risca rosa, pasme-se minha querida Maggie. Não que tenha qualquer aversão ao cor de rosa, embora não saiba se esse me fica bem. Assim sendo, 5 coisas dizíveis de que gosto muito:
- Ler;
- Escrever;
- Ver outras pessoas divertirem-se quando actuo como Dj;
- Passear pelas ruas de Lisboa ao final da tarde;
- Sair à noite.
( pouco antes de fazer dezassete ), já falei: do quão importante ela foi; um daqueles tempos feitos de momentos cheios, que anualmente, por esta mesma altura recordamos quase como se de um revisitar se tratasse - são as fotografias que se revêem e comentam como se as olhássemos pela primeira vez, os episódios engraçados que revivemos, e nos fazem sorrir,como se estivessem a acontecer agora, as canções que nunca esquecemos...
Lembrar mais uma vez a " visita das capelinhas " na noite de Sexta Feira Santa, que nessa altura eram tendas de campismo; a neve que fomos encontrar, o frio que congelava a água nas torneiras, logo compensado pelo calor humano , que tão bem soubemos manter à nossa volta.
Já fomos contactados para a reunião deste ano, por SMS, mas este ano não estou cá - continua no ano que vem...
de andar por casa, mas que a vitória do clube cá da terra sobre o da segunda circular, me deu um gozo do caraças, lá isso deu. Até pela alegria que trouxe ao Zé João, o sobrinho vitoriano ferrenho...
um sobrinho pediu-me lhe trouxesse um mapa antigo de Jerusalém. Trouxe um mapa e uma gravura da cidade antiga, mas, quando cheguei a Portugal, cansada, guardei-os na grande caixa das fotografias, e nunca mais deles me lembrei.
Quando, no início da tarde de hoje, ele me telefonou- que não me esquecesse do mapa, fui buscá-lo à tal caixa: a perdição!
Com efeito, guardo nela as centenas de fotografias tiradas na época " antes da digital ", fruto do gosto de documentar em imagens todos os passeios: os que fiz só, e os feitos em família; apreciar as alterações por que cada sobrinho ia passando, de ano para ano; lembrar as circunstâncias em que cada uma tinha sido tirada, e " rever " a terra em que tinha sido tirada.
Depois de todo esse exercício memorialista, que provocou muitos sorrisos, concluo que, depois que comecei a usar a nova máquina, tenho descurado esse trabalho minucioso, mas gratificante, de etiquetar, com todas as referências, cada postalzinho mais ou menos colorido, que fixou cada instante nosso, cada momento meu...
de que ontem se falou no Prós & Contras, que, como já disse não vi ( a minha mãe só me chamou para ver o estilo " folclórico "- como já li algures na blogosfera- da senhora jurista ), porque, e depois de ter lido o que, a propósito, o Samuel seleccionou, pareceu-me terem feito uma confusão que me atinge, também: quem não concorda com o casamento entre pessoas do mesmo sexo é logo rotulado de homofóbico: pois bem, eu não concordo que algo que foi concebido para unir um homem e uma mulher seja " estendido " a homossexuais- isso não faz de mim homofóbica!
Não o posso ser, pois que cada um tem a liberdade de ser o que quer. Nessa liberdade eu acredito.
Concordo que deva haver um outro tipo de contrato, que assegure os seus direitos, que deverão ser iguais * aos de todas as outras pessoas, mas diferente,. Não misturar as coisas.
Refiro-me, claro, aos direitos " stricto sensu ", v.g. os direitos sucessórios, porque há " direitos ", genérica e figuradamente falando, que são inseparáveis do instituto casamento, entre um homem e uma mulher...
Contente de saber que, nas actividades desenvolvidas pela Comissão para o Centenário do Regicídio, mais um passo foi dado no desfazer da ideia bafienta, do mito há demasiado tempo alimentado, de que a Monarquia é algo de retrógado- sim ainda prevalece essa cabala há tanto tempo inculcada, e que vai beneficiando da facilidade com que nos deixamos manipular, sem curarmos de saber o que está por detrás dessa doutrinação, dessa verdadeira lavagem ao cérebro.
Noutro registo, agora pessoal, queria dar conta de que , por razões minhas, vou andar ausente do blogue, pelo menos da forma regular até aqui mantida, não sei bem ainda por quanto tempo. Mas vou continuar a " andar por aí" :)
mas o Diogo traz-nos uma notícia que augura mau começo, quanto a mim, claro, da nova Administração americana, no que à política de aborto se refere,
É que, de consciência, continuo a pensar como admissíveis apenas os motivos contemplados na anterior lei portuguesa.
Como digo em comentário ao post, a imoralidade náo é abolida por decreto.
Mas faz lembrar os gatos, no amor à casa! »
( Tomaz de Figueiredo, « Fim » )
Sinto-me a Ermelinda de Penaguda...
de carneiro ", diz-se.
O dia chuvoso faz pensar que o animal encurtou de pernas, razão porque o céu se encheu de azul violáceo, e ainda ontem esse azul era aberto, e àquela hora entrava por entre as árvores, friorentas, uma réstia de sol.
O carvalho, nascido entre dois penedos, mantém ainda as cores de Inverno, os ramos sem folhas erguem-se como uma sombra fantasmagórica, mas num fantástico com uma beleza
intensa e viva. " Uns meses mais ", cogito, " e as folhas, de um verde muito claro e impreciso, primeiro, mais definido depois, vão começar a cobri-lo. Nessa altura começarei a pensar na sombra que há-de dar a quem dela careça" ; é o renovar da Natureza que antecipo, ainda estamos em Janeiro.
sempre sublinhadas com risos, os vários posts que lhe tenho dedicado, levam-me a rever o que disse do " depois " dela: verdadeiramente os " anos dourados " foram os da infância: nunca voltei a ser feliz como era naqueles anos- o tempo das brincadeiras semi-proibidas, mas inocentes.E os recursos materiais eram muito menores.
Livros, por exemplo, só os da Biblioteca Itinerante da Gulbenkian...
Nostalgia? Não! Consciencializar-me de que tenho de seguir a receita de Proust: ir em busca do tempo perdido...
tenho de fazer um desabafo, uma coisa muito minha: a tristeza que já há muito este dia me causa- não porque tivesse deixado de gostar do Natal, claro que não, mas porque tendo conhecido o " outro ", lhe sinto a falta.
Esta sensação quase de vazio verbalizei-a eu há anos pela primeira vez : na sala a abarrotar de papéis, com a fogueira já quase apagada, além de mim, a irmã mais nova, também triste- mas ela não tinha nenhuma referência desse outro Natal, porque era muito pequena ainda quando começou a desaparecer; sentiria, talvez, também que o espírito natalício se perdera algures.
Relembro-a frente a essa lareira, que agora só quase tinha borralho, de cigarro aceso a olhar para o Infinito,
Na altura pouco mais soubemos dizer, para além do facto de sentirmos aquele vazio; hoje, depois de ter pensado muito nas razões do mesmo, pergunto-me: o que fizemos do Natal que um dia tivemos?
Emendadas umas nas outras, aboiando como de mar sem fundo ! »
( Tomás de Figueiredo, in « A Toca do Lobo » )
Uma alusão ao ramo de cheiros, num comentário no blogue da Patti, fez com que o pensamento voasse até Évora Monte, até junto de umas senhoras vestidas de preto, sentadas no degrau da casa branca, com quem há anos mantive um a animada conversa, num Domingo de Páscoa; em frente da casa, um jardim, pequeno, cheio de flores de muitas cores, mas com lugar para as ervas aromáticas; os cheiros que delas emanavam.
Noto que tenho andado dormente nos últimos meses. Preciso de acordar e de me soltar desta dormência que me aparvalhou e me envergonha. E tenho que começar a fazer algo por isso. Com urgência.
doMike: os livros infantis que gosto de ler têm desenhos, sim senhor: como estes :)
por Duas Amigas a quem agradecemos o carinho ( e falta de pontaria :)- foi por um triz que não nos acertaram , mas deixaram marcas no coração ), e depois de ter falado com os colegas de blogue, cabe-me " abrir as hostilidades ", e dardejar cinco blogues ( os que faltam são pelouro do Samuel, do Nuno e do Paulo):
Combustões, porque o Miguel foi a minha primeira grande referência na Blogosfera, e continua a sê-lo.
Duro das lamentações , que não separo dos seus antecessores O Misantropo Enjaulado e Afinidades Efectivas , porque o Paulo conseguiu um conjunto de qualidade ( excepto nos posts das "Meninas de Sexta Feira- ou outro dia " :) )
Eternas Saudades do Futuro, porque é um blogue elegante, com uma Classe discreta.
Nocturno, porque a perspicaz e sensata escrita da Luísa, e as suas fotografias nos acalmam; já para não falar da sua Amizade...
O Andarilho/Direito de Opinião porque nos põem a par da actualidade, com qualidade.
(e como tinha de quebrar as regras, junto Je Maintiendrai, porque apesar de estar inactivo, delicio-me muitas vezes vasculhando nos arquivos)
Adenda. Regras:
1. Exibir a imagem distintiva
2.Linkar o blogue que lhe atribuiu o prémio
3. Atribuir o " Prémio Dardos" a quinze blogues
Males que nos foram deixados em herança. Porque se é certo, Nonas, que a acção de Salazar foi providencial, e enorme foi a sua obra naqueles vinte anos que se seguiram ao caos da Primeira República, « A unidade nacional não poderá jamais constituir-se à volta do provisório e do movediço, como a República ou mesmo o poder salazariano. Só à volta do Estável tal unidade é possível, porque é a Dinastia, e é transcendente (...) .O Rei é a própria Nação na sua essência histórica. É em nome do interesse nacional, da unidade nacional, que peço, que reclamo, a instauração da realeza», escrevia Alfredo Pimenta no dia 17 de Novembro de 1949.
Diz o Nonas que quase não havia monárquicos em Portugal- não vivi essa época, mas de relatos que me foram feitos, de escritos que li, não é essa a minha percepção, e nesse sentido vai o excelente texto do Nuno, Os monárquicos e a resistência.
Preparar o futuro das gerações seguintes, era um dever a que não podia moralmente fugir...