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Da comunidade

por Samuel de Paiva Pires, em 17.12.14

charles taylor.jpg

 

Charles Taylor, "Interpretation and the Sciences of Man": 

Common meanings are the basis of community. Intersubjective meaning gives a people a common language to talk about social reality and a common understanding of certain norms, but only with common meanings does this common reference world contain significant common actions, celebrations, and feelings. These are objects in the world that everybody shares. This is what makes community.

(...)

Common meanings, as well as intersubjective ones, fall through the net of mainstream social science. They can find no place in its categories. For they are not simply a converging set of subjective reactions, but part of the common world. What the ontology of mainstream social science lacks is the notion of meaning as not simply for an individual subject; of a subject who can be a “we” as well as an “I.” The exclusion of this possibility, of the communal, comes once again from the baleful influence of the epistemological tradition for which all knowledge has to reconstructed from the impressions imprinted on the individual subject. But if we free ourselves from the hold of these prejudices, this seems a wildly implausible view about the development of human consciousness; we are aware of the world through a “we” before we are through and “I.” Hence we need the distinction between what is just shared in the sense that each of us has it in our individual worlds, and that which is in the common world. But the very idea of something which is in the common world in contradistinction to what is in all the individual worlds is totally opaque to empiricist epistemology.

publicado às 14:55

A liberdade implica limites

por Samuel de Paiva Pires, em 18.09.13

Mark T. Mitchell, Roots, Limits, and Love:

 

«In a world where limits are seen as an affront, a willingness to accept limits seems to represent a retreat from the freedom of unfettered autonomy. Yet, most humans throughout history have been aware of and willing to submit to social, natural, and divine limits. We are bound by conventions that provide meaning and context to particular human communities. We are bound by norms rooted in nature that inform us, if we pay attention, to ways that humans can flourish in an uncertain world. We are bound by commands of God who is the ultimate source of all good things.

 

When we properly conceive of place and limits, our understanding of liberty will be constituted in a way that is both sustainable and liberating. While the autonomous individual seeks absolute freedom but unwittingly promotes the growth of the centralized state, a person deeply committed to a particular place and willing to acknowledge the many ways humans are limited, will, ironically find that liberty emerges in the wake of these commitments. A liberty worthy of human beings is one where individuals act freely in pursuit of goods that can only be realized in the context of a healthy, human-scaled community. In other words, only when human lives are oriented to local communities can a sustainable and rich conception of liberty be secured.

 

To pay lip service to liberty but to denigrate particular places and to shun limits is to undermine the possibility of liberty itself. Only when those claiming to be conservative re-commit themselves to their places and willingly submit to the limits that are proper to human beings will their pursuit of liberty have a chance of lasting success.»

publicado às 18:18

O Estado laico pressupõe a nação como comunidade sagrada

por Samuel de Paiva Pires, em 25.03.13

Pierre Manent, A Razão das Nações:

 

«Nós, franceses, somos particularmente propensos a sobrestimar os poderes do Estado laico. E fazendo-o, permanecemos prisioneiros de uma história particular, encerramo-nos numa compreensão muito limitada dessa mesma história. Esquecemo-nos de que a instalação do Estado neutro e laico supõe a formação prévia de uma nova comunidade sagrada, precisamente a nação. O estado não podia ter-se tornado neutro sem que, previamente, a nação francesa se tivesse tornada, para a grande maioria dos cidadãos, a «comunidade por excelência», sucedendo desse modo à Igreja. Para que o Estado laico se tornasse possível, foi necessário que «a França» substituísse «a França catolicíssima». Foi necessário que a proposição «eu sou francês» contivesse a promessa de uma devoção sem reservas à nação e ao povo francês.

 

Desde que essa compreensão e esse sentimento da nação se perderam, ou foram deliberadamente abandonados, frequentemente escarnecidos, o Estado laico não pode manter-se e, de resto, por um tempo limitado, senão ao preço de uma encenação cada vez menos plausível e cada vez mais desagradável, de que a jactância «republicana» que acompanhou a interdição do véu islâmico nos liceus dá uma ideia. O Estado laico não pode sobreviver ao Estado-nação. A sua neutralidade assenta numa transcendência, e esta resulta do facto de ele ser o instrumento, o «braço secular», da nação. Uma vez abandonada a nação como comunidade sagrada, o Estado laico é, por seu turno, laicizado, e passa a não ser mais do que um dos inúmeros instrumentos de governança, cujo empilhamento referi atrás. As comunidades, até aí subordinadas à nação, destacam-se dela e aspiram a bastar-se a si próprias.»

publicado às 13:03

Um sábado de liberdade

por João Pinto Bastos, em 01.12.12

Entendamo-nos de uma vez por todas: o liberalismo não é nenhuma ama-seca que serve para tudo e o seu contrário. A liberdade, a verdadeira liberdade, não tem dias, não tem horas, não tem interregnos. Ela é contínua e sempre presente. É esta a grande falha dos nossos liberais, posto que julgam que a liberdade impõe-se a golpes de espada. Crêem que o Estado é meio e fim, e não apenas um simples meio. Não sabem sequer o significado da palavra comunidade, que vem do latim communitas, que significa que todos são livres e iguais no espírito da comunidade. A liberdade constrói-se todos os dias, espontânea e livremente, e não sob a coacção de um qualquer deus ex machina. Com a comunidade sempre no horizonte. A comunidade dos livres e iguais. Quando se fizer a história deste período talvez se conclua que liberdade e comunidade nascem sempre sob o signo da união e da verdade e não com diktats próprios de um Leviatã inabalável.

publicado às 13:04






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