Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Depois de ver a castanhada que a Hillary Clinton está a levar desde que anunciou a sua candidatura à presidência dos EUA, penso em Portugal e o "país de brandos costumes" que tem poupado os políticos da terra. Manuel Maria Carrilho tem razão. A proposta que colocou na caixa de sugestões do Largo do Rato deve ser lida com muita atenção por António Costa que, à semelhança da Dona Clinton, é um político do passado com pouco para oferecer ao futuro. Mas passemos ao edital de Carrilho: a expulsão de José Sócrates do Partido Socialista (PS) como (uma) forma de redenção. Como segunda medida, e à luz de uma condenação pelo sistema judicial de Portugal, o PS deveria mover um processo ao ex-secretário geral daquele partido por danos causados ao património ideológico tão intensamente conquistado por Soares e outros correligionários. Sim, photoshop com ele. É riscar o homem do mapa e passar adiante. Mas sabemos que em casa de poetas alegres e contentes, os saneamentos são coisas de outros regimes (jamais, dirão eles). Contudo, não se trata de saneamentos. Esses processos de ruptura e canalização acontecem sem fundamento, de um modo injusto, como uma agressão - violência gratuíta. E não é disso que se trata aqui. António Costa e os seus associados podem vir a ter dificuldades na gestão dos danos causados por uma condenação. Ou seja, podem ficar mal na fotografia. Das duas uma; ou sabiam e pactuaram com os percalços ou não sabiam e enfileiraram-se nessa lenga lenga da presunção de inocência. Certamente que outros mais competentes talvez possam oferecer o seu conselho estratégico. Porventura o advogado João Araújo possa lançar alguma luz sobre as hipóteses que se lhes apresentam. Entretanto, irei ver o programa do outro lado do Atlântico. Quero saber se Hillary inalou ou não.