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Na próxima Quinta-feira, 18 de Maio, o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa organiza a II Conferência ISCSP de Estudos Políticos, Estratégicos e Internacionais, desta feita subordinada à temática “Guerra e Paz no século XXI. Os desafios e o futuro da Ordem Liberal Internacional”. Além das intervenções de ilustres docentes e investigadores nacionais, contaremos com uma conferência de encerramento proferida pelo Professor G. John Ikenberry intitulada "Does the Liberal International Order have a Future?".
A entrada no evento é gratuita, mas carece de inscrição obrigatória, disponível através deste link.
"Quarenta anos passados sobre a consagração do semipresidencialismo pela Assembleia Constituinte de 1975, e a escassos meses de mais uma eleição presidencial, importa discutir as vantagens e inconvenientes do presente modelo de Chefia de Estado.
É o que se propõe a Real Associação de Lisboa fazer no próximo sábado dia 21 de Novembro a partir das 15:00, no Auditório da Biblioteca Nacional, ao Campo Grande, ouvindo a Doutora Marina Costa Lobo e os Profs. Doutores José Adelino Maltez e Lourenço Vilhena de Freitas.
A entrada é livre."
É na Ericeira já no próximo sábado dia 15. Um evento organizado pelo ICEA. Entrada livre mas sujeita à disponibilidade de espaço na sala.
Do nosso leitor José V., residente na Alemanha, um breve resumo deste documentário:
"No início dos anos 80 do século 19, o interesse europeu sobre África, um continente quase totalmente desconhecido até à altura, cresceu de forma acentuada. As novas ambições geopolíticas conduziram à chamada "Conferência da África Ocidental“, também conhecida por a Conferência do Congo que teve lugar no Palácio do Chanceler do Império em Berlim. Foi presidida pelo Chanceler Otto von Bismark e teve a presença de diplomatas, juízes e geógrafos de 14 países da Europa (oeste).
Durante três meses negoceiam o futuro de Africa, dividem o continente em zonas de influência e desenham/decidem “de maneira selvagem“(arbitrária?) as fronteiras. Isto tudo sem nunca estar um único africano presente na conferência que pudesse opinar ou tomar parte na discussão. A 26 de Fevereiro, depois de duras e difíceis negociações, deu-se a conferência por terminada. O documento final, conhecido por "Carta do Congo“, confirma (graças ao bom trabalho de lobby do Rei Belga Leopoldo II), a Independência do Congo (Congo Belga), sob o domínio da Bélgica. Para além disso, a bacia do Congo foi declarada neutral.
Esta carta/documento, (Carta do Congo), foi a base para a divisão de África em colónias e abriu assim um dos períodos mais "negros“ da História Mundial. As decisões tomadas na Conferência nunca foram jamais postas em causa e as fronteiras decididas na altura nunca foram mudadas até hoje. Não é por isso estranho que tanto antes como ainda hoje estas decisões sejam a razão de muitas guerras e conflitos na Nigéria, no Chade, Uganda ou Darfur no Sudão, na Costa do Marfim ou no Congo.
Não existem fotos da Conferência (nem filmes, simplesmente por que não existia cinema na época), mas somente alguns esboços feitos por pessoas da altura. Para o filme/documentação, foram encenadas as cenas/fases mais importantes da conferência. A encenação baseia-se/apoia-se em documentos originais de arquivos da época (não de domínio público) e das últimas descobertas de pesquisa colonial. Calmettes, o realizador deste filme, mostra com esta documentação uma imagem "negra/negativa/chocante do Poder" e interesses da história política e convida a pensar nos motivos dos "bastidores“ da colonização e das relações muito conflituosas entre a Europa ocidental (West Europa) e a África.
Um abraço amigo,
José"
Hoje, no Palácio da Independência
De 24 a 31 de Julho, tive o prazer de participar pela segunda vez no Portuguese Atlantic Youth Seminar, mais uma vez focado no Novo Conceito Estratégico da O.T.A.N. e nos desafios que lhe estão inerentes. Esta actividade foi organizada pela Associação da Juventude Portuguesa do Atlântico, presidida pelo nosso conselheiro Samuel de Paiva Pires.
De conceitos militares a posições diplomáticas, de novas ideias ao consolidar de origens, a presença de uma plateia internacional e de um painel de convidados portugueses fez do seminário um ponto de congregação de opiniões consolidadas e válidas em relação ao passado, presente e futuro desta Organização.
No quinto dia de conferências, tivemos a oportunidade de escutar e debater um tema lançado pela apresentação do Samuel, intitulada de International Environment and the Challenges ahead for NATO, que vou tentar resumir neste breve artigo.
Tendo como pano de fundo as grandes ameaças e as oportunidades que emanam de um ambiente internacional mutável e um tanto imprevisível e focando-se nas principais regiões como áreas de intervenção a apresentação do Samuel não descuidou ainda a abordagem a temas como as mudanças climáticas, o aproveitamento de recursos (como a energia nuclear) e a crise financeira.
Ao falar da nova Rússia, destacou o facto de esta estar a emergir como uma grande potência como fora outrora (enquanto U.R.S.S.) e de considerar a O.T.A.N. e o seu processo de expansão (destaquem-se os casos da Geórgia e da Ucrânia) como uma ameaça permanente à sua estabilidade, evidenciando um sentimento de medo e desconfiança por parte do Kremlin. As relações da Rússia com os seus vizinhos, diz Samuel, estão em processo de deterioração devido ao “ganhar de voz” dos diversos movimentos e correntes de pensamento anti-russas por parte das antigas Repúblicas Soviéticas, que recusam qualquer tipo de associação a uma Rússia que vêem como tendo pretensões pouco altruístas (facto agravado com a operação levada a cabo por Moscovo no Norte da Geórgia em 2008). No entanto, é também evidente a necessidade de cooperação com o ocidente em áreas como as Operações de Manutenção de Paz, o Controlo do Armamento e a Contenção da Proliferação Nuclear.
Na análise à conjuntura chinesa, recorreu a dois autores para encontrar duas frases chave que definem a China moderna: Both a land power, and a sea power - Halford John Mackinder e Internal dynamism creates external ambitions – Robert David Kaplan. Sendo uma parte essencial dos B.R.I.C. (a par do Brasil, Rússia e Índia), a China é uma nação a ter em conta na comunidade internacional, não pela acção ideológica que dela possa emanar, mas pelo facto de ser já uma potência económica considerável, posição económica essa que pode criar tensões com os E.U.A., segundo Kaplan. No plano interno, apesar do poder se encontrar centralizado, é cada vez mais evidente que o debate interno aumenta entre as correntes capitalista (indispensáveis para a participação na comunidade internacional como potência económica), socialista (o continuar da tremenda influência ideológica socialista no Estado) e a democratização, que segundo Samuel Pires, ditaria o colapso das instituições, tradições e mentalidades dos chineses.
Ao falar nos Estados Unidos, referiu-se às três fases de crescimento de poder no mundo moderno, em primeiro lugar, a ascensão dos países ocidentais, depois a ascensão dos E.U.A. e por fim a ascensão do resto do mundo. Esta última fase dita um futuro que não se enquadra minimamente nos interesses norte-americanos, uma vez que deste processo advém uma perda progressiva de poder e influência global, de que dispõem desde meados da segunda década do século passado. No entanto, os E.U.A. continuam a ser os principais “distribuidores” de normas, valores e regras a nível internacional, contando com o maior investimento em Defesa e Forças Armadas. Ao falar na política externa da Administração Obama, citou uma frase de Zbigniew Brzenzinski, more expectations than strategic breakthroughs.
Já em contra-relógio, ainda tivemos a oportunidade de discutir a situação afegã, o terrorismo, a pirataria e o conceito de cyberwarfare.
P.S.: Peço desculpa desde já por qualquer imprecisão neste pequeno resumo da intervenção do Samuel, que com toda a certeza terá a amabilidade de corrigir esses pequenos erros, caso se verifiquem.
Dentro de menos de um mês estarei a viver em Istambul para participar num programa de intercâmbio, farei todos os possíveis para ser mais assíduo na participação nesta casa. A todos umas boas férias!
O Grupo de Reflexão Ética e Justiça
Tem a honra de convidar V. Exa. a estar presente na conferência proferida
pelo
Professor José Adelino Maltez,
Quinta-feira, 5 de Março, pelas 19h00
"PARA UMA LEITURA POLITOLÓGICA DA CORRUPÇÃO, OU COMPRA DE PODER, AQUI E
AGORA"
No âmbito das actividades do Observatório de Ética na Vida Pública do CIES -
ISCTE
Auditório B203, Edifico II – ISCTE
Avenida das Forças Armadas, 1649-026 Lisboa