Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O evento do passado sábado foi sem dúvida excepcional, pela qualidade dos oradores e pela elevação que sempre pautou o debate. No encerramento, Mendo Castro Henriques fez referência à continuação desta iniciativa que terá como objectivo crescer com a colaboração de todos os interessados, todos os que fazem parte da nossa sociedade civil cada vez mais interventiva e que cada vez menos se revê nos actuais partidos políticos. É por isso importante continuar este projecto e todos podem fazê-lo através da Wiki Constituição 2.0.
"Uma geração não é dona da História e não pode através do texto constitucional condicionar as vindouras"
Falando sobre os corninhos de Manuel Pinho, o Professor Armando Marques Guedes revelou ter ficado surpreendido por não ter aparecido um grupo de apoio a Manuel Pinho, visto que pior do que o gesto deste, foi um dia o deputado do PCP, Bernardino Soares, ter afirmado em plena Assembleia da República que a Coreia do Norte é uma democracia.
Um jovem da assistência trajado com um kilt, interpelou o 3.º painel afirmando desde logo "Sou um revolucionário", tecendo de seguida considerações sobre as 3 causas da desgraça: a existência da política, que, segundo ele, não serve para nada; a existência de um sistema monetário que, diz, não é necessário e serve apenas para distinguir entre ricos e pobres; e, por último, a religião, que é uma mentira. Concluiu afirmando que estes são os grandes limites da humanidade.
O 3.º painel é composto pelo General Garcia Leandro, Comandante Orlando Temes e João Palmeiro.
O General Garcia Leandro iniciou a sua intervenção relembrando a reflexão que coloquei, tributária dos ensinamentos do Professor Adriano Moreira, quanto à inexistência de um Conceito Estratégico Nacional. Considerou que temos que compreender o mundo actual para podermos saber o que queremos para o país, sendo que o novo "ouro do Brasil" é o mar.
O segundo painel da manhã é composto por Gonçalo Ribeiro Telles, Frederico Brotas de Carvalho e João Paulo Gaspar.
Ribeiro Telles inicia a sua intervenção, com uma breve explicação acerca da actual política de desenvolvimento de infraesturas, em divergência com as populações: a degradação do ambiente por via de um poder que desconhece o território que em si, tem limites em toda a sua multiplicidade física. Consiste isto, na dinâmica da sua existência e especialmente, no respeito da diversidade. A actual visão mercantilista do tempo, impede a ideal organização do território, a fixação das populações e a viabilidade das actividades produtivas.
José Adelino Maltez: "Devíamos ter uma constituição em poema. Os constitucionalistas são os seminaristas do regime"
O 1.º painel desta manhã é composto pelos Professores Mendo Castro Henriques, José Adelino Maltez e Armando Marques Guedes, à conversa sobre a influência das novas ferramentas da comunicação na internet, nomeadamente, as redes sociais.
Sigam-nos ao longo da manhã, por aqui, no Constituição 2.0 e no Twitter com a hashtag #constituicao20.
Enquanto os republicanos têm andado entretidos nos seus afazeres normais, preocupando-se com os milhões de Cristiano Ronaldo, as tricas e mexericos da apresentação das listas eleitorais e claro, os dinheiros de quem ganhou ou perdeu nos negócios regimentais com este e aquele banco, os nostálgicos, passadistas e inconsequentes monárquicos organizaram mais uma iniciativa "sem qualquer interesse" para o país. Como Portugal se encontra num período de grande prosperidade, perfeita organização administrativa, independência de poderes e não comprometimento dos agentes políticos, o Instituto Democracia Portuguesa resolveu organizar um amplo debate que pretende ..."melhorar a consciência cívica sobre o que é a Constituição..., lança uma iniciativa online, a Constituição 2.0, utilizando uma plataforma wiki para que qualquer pessoa possa participar naquela que seria uma nova Constituição para a democracia portuguesa".
Inveterados nostálgicos, passadistas e inconsequentes que somos, lá estarão alguns membros deste blogue para participar em directo e no local.
Num país onde todos os dias se escutam lamúrias acerca da falta de interesse de participação cívica nos assuntos nacionais e no desinteresse dos portugueses seja pelo que for que lhes diga directo respeito, este evento é a cabal demonstração de algo de novo, quase inédito: não existem "fundos perdidos" provenientes de fundações; não se vislumbra qualquer tipo de condicionamento à participação; não se intuem quaisquer objectivos de favorecimento pessoal ou de partido, nem existe à qualquer projecto para desta iniciativa se servir de plataforma para desconhecidos intuitos.
Trata-se apenas de participar civicamente, como se torna cada vez mais necessário. Contamos com o vosso interesse.
Sob os auspícios do Concelho de Fóruns do Instituto da Democracia Portuguesa (IDP), decorrerá no Museu das Comunicações, Átrio da Casa do Futuro, no próximo dia 11 de Julho o entre as 10.00hs e as 18.00hs o debate de lançamento do Constituição 2.0 (que também aqui colocamos em destaque).
Esta iniciativa tem como objectivo a construção participada, através de ferramentas colaborativas e interactivas ao dispor dos utilizadores da Internet (twitter, blogue, facebook), de uma nova Constituição para Portugal.
O debate de lançamento será centrado nos temas levantados por si no blogue, ou pelo twitter, as suas sugestões são muito importantes: diga o que acha que é o assunto prioritário que deva estar numa nova Constituição. Pode fazê-lo aqui, adicionando um comentário, no Twitter (hashtag #constituicao20) ou no Facebook.
Participe! Para inscrições e esclarecimentos visite Constituição 2.0 ou contacte a organização pelo endereço electrónico: democraciaportuguesa@gmail.com.