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O Partido Socialista (PS) informa a população do continente e das regiões autónomas que, devido a questões técnicas alheias à sua responsabilidade, não teve condições de emitir o programa dedicado à derrota eleitoral na ilha da Madeira. A gerência garante que todos os esforços estão a ser empregues no sentido de restabelecer o sistema de comunicação. A gerência também aproveita a ocasião para informar que segue com atenção o futuro político de Alberto João Jardim, pelo que regista alguma preocupação sobre um seu eventual ingresso na Assembleia da República na qualidade de deputado com especial vocação para destabilizar a bancada socialista. O PS acrescenta ainda que a região autónoma da Madeira não é Portugal, pelo que os eventos registados naquela parte do Atlântico não podem ser correlacionados com eventuais acontecimentos políticos que se venham a verificar nas próximas eleições legislativas. Pedimos desculpa pelo transtorno. Prometemos ser breves. Gratos pela compreensão.
Qual o continente com mais elefantes? O de Matosinhos.
Qual o partido com mais dinossáurios? O do Rato.
Como disseramos neste mesmo blog dias atrás, num post que foi lido por quase 9000 internautas, a campanha em causa revestia publicidade enganosa. Hoje soube-se que, conscientes disso, e pelo facto de terem omitido um dado essencial que importava transmitir ao consumidor, em concreto a mudança de contrato, ou seja, a necessidade de celebração de um novo contrato e o fornecimento, em consequência, do serviço por um novo fornecedor, a EDP e o Continente decidiram alterar a publicidade em causa. Afinal quem tinha razão, quem era?
"Há dez minutos atrás, ao preencher o formulário para aderir ao descontinho de 10%, deparo-me com a obrigatoriedade de inserir um NIB para pagamento bancário. Como já tenho pagamento por conta bancária, recorri à menina EDP, através do 808 501 501 (linha dedicada aos patos que querem este descontinho e eu fui um deles).
-Fulana de tal... EDP... em que posso ser útil?
- Estou a tentar preencher online a adesão ao desconto de 10% e não há nenhum campo para indicar que já tenho pagamento pelo banco.
- Este será um novo contrato, por isso tem de introduzir o NIB, mesmo que seja o mesmo.
- Um novo contrato? Porquê?
- Porque a senhora está a deixar de ser cliente da EDP Universal e está a passar a ser cliente da EDP mercado liberalizado.
- E... isso quer dizer o quê???
- Que passa a estar no mercado liberalizado de fornecimento de energia que a TROIKA obrigou.
- E se eu não sair da EDP Universal?
- Mais tarde vai ter de sair, porque o mercado regulado vai acabar, por ordens da TROIKA.
- E vai acabar quando?
- Em 2015 vai deixar de haver.
- Então quer dizer que até 2015 ainda posso estar como cliente do mercado regulado!?
- Sim, mas depois tem de sair.
- E se sair já, o que acontece ao preço que vou pagar?
- Até final da campanha os preços mantêm-se...
- E depois de Dezembro de 2012 (final da campanha)?
_ ????
- JÁ PERCEBI! NÃO QUERO ADERIR, MUITO OBRIGADA.
Espero que os caros comentadores e leitores também consigam perceber a tempo o que aí vem. Cump."
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EXPLICAÇÃO BÁSICA:
No Mercado Regulado, tal como o nome indica, os preços são devidamente controlados por uma entidade competente, não podendo subir além dum determinado valor.
No Mercado Liberalizado não há qualquer regulação, ou seja, temos de estar atentos ao que nos cobram mensalmente.
Quando aderimos à Campanha do sistema de Pontos do Continente, obrigatoriamente temos de passar do mercado regulado para o mercado liberalizado e, por conseguinte, assinar novo contrato.
Além dos esclarecimentos acima reproduzidos, impõe-se acrescentar:
Por contacto feito com a linha EDP (808501501) fomos informados que ao aderir à campanha em referência, teriamos de renunciar à tarifa bi-horária (em que o custo do kWh tem uma redução de 46,2%);
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O QUE FAZER:
Aconselhamos a quem não concordar com esta “habilidade” da EDP (com a colaboração do grupo SONAE/Continente) configurando um flagrante caso de “ambush marketing” (marketing de emboscada) e publicidade enganosa, que apresente as suas queixas junto da Direcção Geral do Consumidor e/ou ICAP (Instituto Civil da Autodisciplina da Comunicação Comercial), para além da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos).