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Omito só a parte da miúda das Sextas-Feiras porque, tal como a Luísa e a Educadinha, acho uma desfaçatez: contratem uma senhora que dê garantias de não discriminação :)
Depois de ler este post da Luísa, fiquei-me a pensar como seria uma ceia de Natal diferente daquela que sempre conheci: as batatas cozidas a rodear o bacalhau, o ovo, as cenouras e as couves galegas, bem curtidas pela geada que, por tradição também, cai por esta altura, tudo regado com o bom azeite de Trás-os-Montes. A broa de milho, que nesta quadra é enriquecida com centeio.
Concedo que o muito frio, que por estas bandas sempre está presente, amenizado pelo calor da lareira, torna mais propícia uma comida assim substancial, mas o que é certo é que já nenhum de nós a troca pelo prato mais requintado.
Depois da conversa que a todos une, servem-se os doces tradicionais: as rabanadas, os formigos, a aletria. O vinho, esse, terá de ser maduro tinto.O remate ideal : um cálice de vinho do Porto e queijo da serra.
Como diz um slogan televisivo - a ceia até poderia ser diferente, mas nunca seria a mesma coisa :)
e ao meu pai, minha irmã, ao meu irmão, à minha cunhada e a meia dúzia de primos, se calhar eu não teria conseguido aprender coisa alguma e muito menos esquecer fosse o que fosse. Luís XVIII, Carlos X e a duquesa de Angoulême, estavam exactamente nessa posição " diz-me o Nuno, comentando este post.
A frase de Talleyrand apenas pretendeu contextualizar o " nada aprenderam ". E a melhor síntese dessa ideia encontro-a eu numa frase do Corcunda " só uma sociedade que tem a capacidade de mudar, tem a possibilidade de se conservar, como afirmou Burke ", acrescentando, porém que " o dever da Direita, dos conservadores ou daqueles que vêem na tradição a forma de compreender o seu lugar no mundo é compreender o que salvar "; ora, eu acredito que os Bourbon de França não compreenderam o que deviam salvar para conservar.
Ainda sobre o mesmo post: uma conversa paralela faz-me crer que o conservadorismo, e ainda dentro da lógica da frase de Burke, alberga já no seu seio o liberalismo clássico, pelo que falar-se em Partido Conservador Liberal seria, não uma contradição, mas como que um pleonasmo, e nesse caso já cá não está quem falou.
Nas minhas deambulações blogosféricas, chego ao blog de Zé de Portugal, que, tal como Pedro Félix, e eu, colaborou, com outras pessoas no Novo Rumo, blogue que se formou com o fim de combater, aquando da oportunidade eleitoral, o estado bovino das coisas, e portanto, temporário, mas que espero seja relançado aquando da próxima consulta.
Advoga o José a existência de uma democracia semi-directa, segundo o modelo suíço. A nível do poder central parece-me totalmente defensável, esse sistema misto: a representatividade responsável, e a todo tempo avaliada pelo povo que elegeu os SEUS representantes, combinada com a participação desse mesmo povo, em variados assuntos, assuntos esses a decidir por exemplo numa Constituição elaborada, ela mesma, com a sua participação, parece-me o certo, mas já para o poder local, que deverá estar ainda mais próximo dos munícipes, é para mim clara a superioridade da democracia directa: o Municipalismo.
mesmo sem grandes peelings, pode continuar a ser bonita. Ao contrário do que dizia Helène de Beauvoir, nem sempre a jeunesse é sinónimo de beauté "
Não sei se está ciente disso, João Pedro, mas com este post acaba de acariciar o ego das mulheres que têm mais de 40 anos :).
O meu muro. Com direito a fotografia, porque ainda lá está, tão importante foi naquela altura.
Mas depois que li o que encontrava por detrás do seu já não o vejo tão excitante Mais vazio de calor humano, não o muro, mas aquilo que permitia ou não viver. Lindo o que estava do outro lado, claro, mas, ao contrário do seu, não era o " abre-te Sésamo " que dava ocasião a essa interacção entre os que viviam do lado de lá e os que passavam deste lado.