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Padel de Portugal

por John Wolf, em 03.08.25

 

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De pequenino é que se torce o pepino. Pois. Não é o caso, no que concerne a esta disciplina desportiva. Mas já estou agarrado, como se tivesse seis anos de idade. Refiro-me à modalidade cada vez mais global — Padel. Comecei há dias e já sinto a adrenalina que move montanhas. Contudo, sei refrear a ambição (por enquanto), se não o corpo pagará o preço, alto. E eu já paguei. Para colocar as coisas em perspectiva desportiva, fui praticante de equitação dos seis aos trinta e seis anos de idade. Equitação clássica, para ser mais preciso, e sei o seguinte. Nem que vivesse duas vidas tornar-me-ia enciclopédico em relação à Dressage (Dressage, do françês, dresser, educar...ensinar). E bastou um detalhe para fracturar o fémur direito e levar com dezasseis parafusos e placa, instalados no final de 2005, removidos na primavera de 2007 e reciclados em 2008. Bastou uma queda de uma poldra, um instantâneo de meio segundo para mudar o curso de uma vida. Ainda antes da fractura (feia e dolorosa), em 1999, havia sido convidado pelo grande jornalista desportivo Rui Tovar para comentar hipismo no Eurosport. Fí-lo durante quatro anos na companhia do ex-cavaleiro e bom amigo Jorge Gouveia da Costa, sempre rendido à vastidão da sabedoria que se nos escapa. Trinta anos é muito tempo, mas uma gota de água no balde do relógio ontológico. Quando certos arrivistas vêm com aquela conversa pedante de que vão para a neve, nada digo. Apenas sei que seriam necessárias três vidas para realizar um slalon de montanha. Por isso nunca ousei esquiar. E o Padel não será excepção. Por isso, durante o ano que precedeu a minha estreia na modalidade preparei o corpo e o quadro mental. Ainda antes de defender a minha tese de doutoramente, já estava a pedalar diariamente e, por sugestão do meu grande amigo de longa data Pedro Choy (renomado acupunctor, e pelo menos 5º Dan de Karate), iniciei a prática de outra modalidade que ignorava por completo, mas que mudaria por completo a minha condição física.Desta vez refiro-me a Indian Clubs (club como em golf club) que não explicarei no que consiste (terão de usar este link e ver com os próprios olhos). Mas prestem atenção. A progressão foi ponderada. Comecei com clubs de 2kg e depois, de 4kg e agora de 10kg, sempre alternando exercícios com cargas distintas. Ou seja, antes sequer de contemplar a prática de uma (nova) nova modalidade, estava obrigado a reunir as condições físicas e deter o quadro mental adequado. A perda do meu pai em fevereiro de 2025 acabou por conceder-me a força interior, a imagem de superação, de dor e glória, assim como a paixão — vectores que também desenham o compasso das nossas singelas vidas. Sei que para atingir altos voos, seja em que domínio for, devemos fazer coincidir o poder atlético, o intelecto, a técnica correcta, a disciplina e a ambição, de um modo continuado e sem reservas. A competição é sempre a solo, íntima. A busca pelo equilíbrio interior pode vir a exteriorizar-se por via da expressão morfofuncional que, a partir de certo nível, ganha contornos estéticos, de arte. Enfim, já estou a viajar, a sonhar. Regressando ao Padel, assumo-me como raquético. Analisei raquete após raquete até encontrar a que melhor se poderia adequar ao nível de principiante. E fui surpreendido. Portugal surpreendeu-me. Para além do número impressionante de praticantes em Portugal, de todas as idades e feitios, incluindo profissionais de topo, descobri duas fabricantes high-tech-artesanais de raquetes. São elas, por ordem aleatória,  a Cork Padel, a Quad. A escala singular destas duas marcas é a sua pedra angular. Não devem procurar conquistar o mundo. São produtos premium e exclusivos que oferecem aos praticantes seja qual for o seu nível. Essa medida de excepcionalidade limitada é o que torna valioso o bem oferecido, raro e especial. E a qualidade tem um preço naturalmente proporcional. Ainda bem que são duas as marcas confinadas ao mesmo espaço de competição. O padelismo só terá a ganhar com esta dupla de concorrência, de  excelência. Só tenho uma coisa a dizer — chapeau (chapéu, lob...) O Padel é de Portugal.

publicado às 18:23





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