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Um excelente post do João Távora:
«Há quase quatro anos que o liberalismo foi julgado, culpado e anunciado em extinção, apesar da crise ter sido causada em boa parte pelo socialismo europeu e seus congéneres americanos que, com a ajuda dos bancos, despejaram dinheiro sobre o povo como se não houvesse amanhã. Hoje, os mesmos arautos anunciam, alto e bom som o fim do capitalismo, um Wishful thinking da canga revolucionária pseudointelectual dominante.
Eles não aprendem. O fim do capitalismo é um pouco como o fim do mundo: estão condenados a acabar ao mesmo tempo. Porque o capitalismo é intrinsecamente humano, inseparável da liberdade, condição essencial da sobrevivência da espécie. Acontece que o homem, e por inerência o capitalismo são senhores duma extraordinária resiliência: adaptam-se para sobreviver. O mundo não acaba amanhã: por muito que nos custe, temos é muito que padecer e batalhar. É a nossa condição.»
Ao Corta-fitas, com uma palavra especial para o João Távora, pelo 5.º aniversário do blog a que, em jeito de prenda blogosférica, oferecemos o destaque na coluna ali da direita.
Agradecendo ao caríssimo João Távora, roubo-lhe o título e faço minhas as suas palavras (com as devidas alterações):
Acontece que dois blogues com fortes tendências monárquicas, nós e o Corta-fitas foram nomeados respectivamente blogue do ano e blogue revelação. Até ao fim da disputa, fica na barra lateral o nosso convite ao voto.
P.S. - Com o apoio da Causa Real, foi criado um evento no Facebook alusivo a esta causa. Apela-se à mobilização de todos os monárquicos para levar Corta-fitas e Estado Sentido à vitória na votação!
É com disfarçada espectativa, que muitos portugueses esperam ver o Brasil erguer-se como a grande potência mundial que há tanto tempo queremos e esperamos. Em Brasília, a administração Lula da Silva tudo tem feito, para dar a impressão de que que o shangri-la não está assim tão longe e que é coisa para dentro de momentos.
Não é, infelizmente. O que temos visto nos últimos dias, assemelha-se demasiadamente a uma guerra civil, onde a subversiva ousadia dos meliantes só poderá ser entendida, como o fruto da extrema debilidade ou descarada cumplicidade dos consecutivos governos brasileiros. Como foi possível chegarmos ao ponto de ver homens armados de metralhadoras, morteiros e RPG's, fazendo frente a poderosos efectivos convencionais do Exército? Que "super-potência" permite ter os seus campos ameaçados de ocupação por bem determinadas hostes que se instalam como Estados dentro do Estado, acabando por condicionar toda a política federal? Será imaginável vermos Pequim, Nova Deli ou Moscovo cercadas por "bairros problemáticos" onde as máfias ditam a lei a seu bel-prazer, possuindo até elaborados esquemas de importação de armas de guerra convencional, como se de Estados independentes se tratassem?
Como é encarada essa condição de poder emergente por países, que tendo evidentes problemas de desigualdade - China, Índia e Rússia -, jamais permitiram o estado de coisas que há décadas se eternizam num Brasil, onde o crime violento e a milícia armada se tornaram profissão facilmente reconhecida?
Bem vistas as coisas e dados os evidentes interesses regionais, o Brasil arrisca-se ao perigo da anarquia e por fim, a tão profundas dicotomias regionais, que inevitavelmente poderão ocasionar graves problemas na sua coesão territorial. O terrorismo é evidente, sente-se e domina através de várias fórmulas. É um facto. Em matéria de afirmação da autoridade do Estado, Brasília podia seguir o exemplo de Abhisit.
Este não foi um acto de vitória que assegura a segurança da comunidade. O desfraldar da bandeira em "sinal de vitória," foi antes de tudo, um exemplo de inacreditável fraqueza de um Estado que não controla o próprio território reconhecido em qualquer mapa internacional. Trata-se de uma conquista e veremos então, quanto tempo Brasília garantirá essa re-anexação.
Dois mil soldados para a ocupação de favelas? Isto não é normal. Resta-nos apenas a esperança das autoridades portuguesas aprenderem a lição, até porque tudo isto, está muito distante da Cidade de Deus de reminiscências medievais.
A ala monárquica do blogue Corta-fitas organiza com o apoio da Plataforma do Centenário da República o jantar de desagravo aos 4 bravos do 31 da Armada na próxima terça-feira 25 de Agosto às 20.30.
Para reservar por favor preencha o este formulário
O jantar será presidido pelo Darth Vader e contará com a presença do arguido Rodrigo Moita de Deus, Henrique Burnay, Nuno Miguel Guedes e alguns republicanos de bom humor.
Notar que, para efeitos de controlo de presenças só se aceitam as reservas com origem neste formulário.
Terá o mau tempo de ontem na capital provocado as cisões no 5 Dias e Corta-fitas?
Quanto à esquerda expoente máximo do politicamente correcto e superioridade moral do 5 Dias não tenho muita paciência para tentar perceber o que aconteceu, resta-me apenas desejar felicidades, enquanto leitor esporádico mas interessado de alguns dos autores, aos que saíram e formaram o Jugular, e aos que se mantêm no 5 Dias.
No caso do Corta-Fitas, pela amizade que nos liga particularmente ao Paulo Cunha Porto e ao João Távora, é de lamentar o sucedido, o que já revelámos aos próprios a quem esta humilde casa estará sempre aberta, bem como a qualquer outra pessoa, da esquerda à direita, dos monárquicos aos republicanos, dos liberais aos conservadores etc etc.
O segundo caso, em particular, em conjunto com certos preconceitos que por vezes assolam as cabeças mais ou menos livre pensadoras de uma sociedade, as mesmas que não se imiscuem de acusar a torto e a direito de "fássistas", "comunas" ou outros adjectivos igualmente interessantes aqueles que não compreendem, fingem não compreender ou não querem mesmo compreender, faz-me pensar que algo está mal quando na própria blogosfera a tolerância e a liberdade de expressão deixaram de ser o que eram.
Aqui, nesta despretensiosa e modesta casa preferimos continuar a ser iguais a nós próprios, mais liberais ou conservadores, mais à esquerda ou à direita quanto as nossas consciências nos ditem ser a forma de análise dos diversos assuntos. E como acreditamos na liberdade de expressão linkamos e referimos blogs da esquerda à direita, dos mais liberais aos mais conservadores, dos republicanos aos monárquicos, dos nacionalistas (fascistas para muitos...) aos comunistas, porque todos têm algo eventualmente válido a dizer e a ensinar.
Nunca nos será possível, a nós humanidade, entender a essência do fenómeno da política se nos deixarmos ficar por lógicas reducionistas, atomistas e muitas vezes maniqueístas. E para tal há que recuperar muito da lógica liberal de John Locke e/ou de outros teóricos da tolerância ou da liberdade individual (Espinosa ou Stuart Mill por exemplo), para podermos seguir num sentido de cosmopolitismo, modernidade, quiçá até mesmo pós-modernidade, que tenha a compreensão e, mais uma vez, a tolerância, na base das relações entre os homens.
Vamos tentando, prosseguindo como podemos...
Em primeiro lugar pelo regresso do caríssimo confrade Paulo Cunha Porto à blogosfera, agora integrado num dos melhores blogs nacionais, o Corta-fitas.
Em segundo lugar, pelo destaque dado pelos amigos corta-fiteiros ao Estado Sentido enquanto blog da semana, com as simpáticas palavras de apreço do João Távora, a quem aqui expresso, em nome da equipa do ES, um sentido agradecimento por esta honra bem como a toda a equipa do Corta-fitas.