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Um gajo vai a Lisboa e não há trânsito para lado algum, é uma coincidência urbana por contraponto à coincidência cósmica, como a BBC News chamou hoje ao facto - consubstanciado por mil feridos e uma fábrica de zinco feita em cacos - de chover ferro e fogo sobre a estepe no mesmo dia em que um asteróide vem perturbar a apanha da conquilha.
Por outro lado eu tenho melhorado muito da apneia, desde que me comparo, e meus caros o efeito placebo que isto faz num homem, com o pessoal que engole patranhas atrás de patranhas, vindas desses favos de merda que são os partidos, pela promessa de um Eldorado para bufos, chibos, mainatos e amanuenses qualificados com uma costela ligada a uma corporação qualquer.
Já sabe melhor conduzir como Deus ordena, enfiar a viatura onde mais ninguém vai senão @s agrilhoad@s d@s Conservatóri@s e Observatóri@s, com a arroba no ego e o freio nos dentes, ingerir gorduras, sal e álcool enquanto se fuma e rasga a factura, e sair da entrevada metrópole conforme nela se entrou, como se atravessasse em picossegundos um qualquer lugarejo no mais ermo tundral da Samilândia.
Afinal sempre há vida para além da FNAC, ó urbanitas, ó hipsters. Na melhor província cai a nódoa, e bem férrea pode ela ser um destes dias, mais depressa do que poderíeis dizer "ai o meu ipad, ó su, tens rede?".
Viva Goscinny, viva Uderzo, e por Toutatis, bom fim-de-semana. Eu vou-me para 48 horas de boot camp auto-imposto e bem hajam.
Adenda: desculpem lá mas não resisto, vi agora que andam aí a roubar hóstias. Urge das duas uma, banir o roubo da hóstia ou legislar no sentido de não poder emergir um mercado selvático-anarca em torno dela, que é como quem diz regular o teor de farinha no ritual. Belzebu, perdão, o Estado nos livre de ofertar galinhas ao maléfico sem certificação prévia nem presença de um agente habilitado.
Viva Tunguska.
É com muito prazer que passo a apresentar uma nova colaboradora do Estado Sentido, a Daniela Silva, que em boa hora aceitou o nosso convite. Nascida em 1990, natural de Torres Novas, é licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Saturada, mas nunca arrependida, deixou a experiência da FCSH e seguiu para Aveiro, onde completa agora o mestrado em Governação, Competitividade e Políticas Públicas. Filiada, e persistente crítica, no CDS, acreditava num escape à espoliação fiscal e agora contenta-se se conseguir ajudar a resgatar o seu município dos longos anos de endividamento socialista. Noctívaga insanável, mais introspectiva do que animadora de bancada, prefere a escrita à oralidade. Prepara a dissertação sobre o direito de secessão nos EUA e alarga o seu ódio às grandes estruturas burocráticas a este lado do Atlântico. Tem como principais áreas de interesse a Filosofia Política, a História, a Governação Local, a Ciência Política e a Religião. Não se interessa por decoração de interiores, yoga, feministas e minaretes. Recentemente resgatada das perigosas engenharias do protestantismo para a serenidade estável do catolicismo, acredita que o equilíbrio perfeito da comunidade resulta de uma retracção legislativa do governo, inversamente proporcional à aguçada censura da conduta alheia. Em 2011, juntou-se a um grupo de amigos no Movimento Libertário, onde se dedica a aquecer as orelhas ao governo e seus lacaios. Bem-vinda, Daniela!