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Desdentados

por Nuno Castelo-Branco, em 20.07.14

Que dentes? Em 1914 tinham a Royal Navy, o exército francês e sobretudo, o rolo compressor russo posto à disposição pelo mais tarde traído e abandonado Czar. Claro que a Áustria-Hungria e a Alemanha eram tão - ou ainda mais - europeias como o Reino Unido ou a França.

 

Em 1939 tinham a pequena mas combativa RAF, a Royal Navy, a Commonwealth e a rede britânica de radar.

 

Em 1982 Thatcher possuía a Royal Navy com os seus Harrier e uma vontade indomável.

 

Em 2014 eles nada têm: nem porta-aviões, nem blindados, nem rectaguarda política capaz e sobretudo, não existe qualquer possibilidade de militarmente ameaçarem uma super-potência nuclear. Esta gente é parva., a menos que esteja  convencida da mega-eficácia dos assuntos que envolvem dinheiro. Veremos.

publicado às 12:02

Mais uma finest hour

por Nuno Castelo-Branco, em 23.05.13

 

Seguindo o discurso do seu já longínquo antecessor Winston Churchill, David Cameron  afirma que "o Reino Unido nunca irá ceder ao terror e ao terrorismo". Por lição da história, a Europa sabe como os britânicos cerram fileiras nas suas horas difíceis, precisamente ali consideradas como sendo as mais belas.

 

Aquilo que divide o discurso de Cameron, daquele outro que um dia Churchill proferiu em resposta a Adolfo Hitler, é a relativização da ameaça do adversário. O actual Premier é precisamente um daqueles appeasers que se eriça dentro de portas contra o bandoleirismo da Al Qaeda e simultaneamente parece dar cobertura à mesmíssima organização que sangrentamente está em campo na Síria. 

 

- "Uma das melhores formas de derrotar o terrorismo é voltar a viver as nossas vidas normalmente. É isso que devemos fazer hoje".


O primeiro-munistro deverá então agir e conformidade e seriamente iniciar um debate que nas Ilhas Britânicas possibilite o desejável regresso a uma normalidade hoje impossível, com tudo o que isto segnifica no campo da política interna, das relações externas e do Direito. Enough is enough.

publicado às 20:10

Armas químicas

por Nuno Castelo-Branco, em 26.04.13

Seguindo de perto o secretário de Estado norte-americano, agora é Cameron que nos vem contar estórias sobre armas químicas. Deve estar a recordar-se de Blair.

 

Também tenho armas químicas em casa: os sonasóis, lixívias e o cif que uso na limpeza da cozinha. O harpic com que limpo a sanita e o "polibã". O dum-dum com que afugento as moscas. O fertilizante que dou às plantas. O caixote da minha gata Luna.

 

Imaginem o arsenal de armas químicas que é Portugal inteiro: com tanta gente a comer ovos cozidos, feijoadas e grãozadas, somos um enorme perigo para o planeta Terra.

publicado às 11:48

Cameron

por João Pinto Bastos, em 26.01.13

 

Com tanto profissional da léria a ocupar os lugares cimeiros da administração da coisa pública por essa Europa fora, não posso deixar de mencionar o exemplo dado pelo bretão David Cameron. Nunca fui , e tenho de ressaltar este aspecto comezinho, um apreciador muito devotado da causa cameroniana, não obstante todas as promessas de boa governação emitidas pelos tories aquando das últimas eleições legislativas. Era difícil aguardar uma grande mudança após um longo e penoso interregno blairista. No entanto, os últimos dias, as últimas semanas, os últimos meses, têm-me feito, ao contrário do que eu próprio esperava, modificar a minha opinião a respeito do líder britânico. Dono de um verbo acutilante, incisivo no que interessa, defensor do que importa, Cameron resolveu afrontar com pinças as demais lideranças europeias; promete um referendo para indagar sobre a disponibilidade do povo britânico em permanecer na União desunida e, cereja no topo do bolo, deseja renegociar a participação da Grã-Bretanha no imenso caldo de divisões que dá pelo nome de União Europeia. Num discurso simples e directo Cameron fez aquilo que muito pouca gente foi capaz de fazer: discutir sem pruridos o projecto europeu, trazê-lo à liça e questioná-lo nos seus fundamentos. Coisas que, como se sabe, não são discutíveis segundo algumas aves raras que andam por aí a perorar sobre tudo e sobre nada. O que importa é que há lugares nesta Europa rasgada que ainda sabem o que significa a democracia, a liberdade e o direito, e que discutem, sem freios, a participação nesse projecto há muito desvirtuado. Outro aspecto importante e pouco ressaltado nos media, mas que vale a pena referir, é o facto de, ao inverso do que muitos pensavam, a comunidade de negócios britânica não encarar com desdém uma possível desvinculação da Grã-Bretanha da Europa, o que, vendo bem as coisas, é um indício bastante significativo do apoio que Cameron conseguiu granjear neste intento arriscadíssimo.

publicado às 12:43

Luciano Amaral, Esquizofrenia Europeia (via Pedro Correia):

 

«As interpretações sobre o Conselho Europeu da semana passada seguiram uma linha algo esquizofrénica: por um lado, quase toda a gente considerou o acordo péssimo; por outro, a mesma gente considerou a não-assinatura pela Inglaterra uma coisa inqualificável. Não se percebe: ou bem que o acordo era bom e a Inglaterra deveria ter assinado; ou bem que era horrível e a Inglaterra fez bem.»

publicado às 15:37






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