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Com o maior sentido de respeito pela morte de Almeida Santos escrevo as seguintes palavras. Não sei se a pausa na campanha de Maria de Belém corresponde ou não a aproveitamento político do falecimento do presidente honorário do Partido Socialista. Não sei se a única socialista presidenciável estará presente no grande debate com todos os candidatos quando esta noite soarem as 21 horas. Não consigo imaginar o seguinte: que o homem-político Almeida Santos preferisse que a Maria de Belém não fosse à luta, que permanecesse de luto a ver passar na televisão os navios presidenciais dos outros candidatos. De uma coisa tenho a certeza; um dos temas de debate desta noite será a questão dos cortes nas subvenções vitalícias, que pelos vistos a Maria de Belém foi contra, e agora teme enfrentar. E esse é o busílis da questão. Não é o nojo, o sentimento de perda e respeito pela perda de um ente ideológico que está em causa. Esta noite Maria de Belém não escapará a essa linha de ataque, não tenham dúvidas. Acresce uma outra questão que deve ser levada em conta. O Presidente da República é o Chefe-Maior das forças armadas. Imaginemos por um instante o seguinte; que o país sofre um ataque militar, terrorista se quiserem, e familiares do presidente são dizimados e o o mesmo decide que não está em condições de cumprir a sua missão, de se apresentar ao serviço. Maria de Belém deveria, na minha opinião, honrar a missão política, o espírito combativo de Almeida Santos, e estar presente no debate desta noite. Tudo o resto, que venha ou não venha a fazer, apenas reforça a ideia de que Maria de Belém não tem estaleca para o cargo que tanto almeja.