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De regresso a Portugal

por Samuel de Paiva Pires, em 06.05.12

Ainda com dois posts por escrever, para completar o diário de viagem, cheguei cansado mas a dar bons-dias e a sorrir a toda a gente com quem interagi no aeroporto. Do outro lado só macambúzios e nem um 'bom dia' ou 'obrigado'. Esqueci-me que já não estou nos EUA. Depois desta decepção em vez de recepção à chegada a Lisboa, sendo presenteado por várias pessoas com a má educação/disposição característica de muitos portugueses (desde o tipo da alfândega ao dos câmbios, culminando com o taxista do qual não ouvi uma palavra e ainda tive que aturar os maus modos), cheguei a casa esta manhã, liguei a tv e ainda se falava do Pingo Doce. Dá vontade de ir já embora outra vez.

publicado às 17:02

As fotos do dia

por Samuel de Paiva Pires, em 02.05.12

Há umas horas, no San Diego Zoo Safari Park:

 

 

publicado às 08:46

Diário de Viagem aos EUA (3)

por Samuel de Paiva Pires, em 02.05.12

A terceira viagem levou-nos até ao estado da Flórida, mais precisamente à cidade de Pensacola e a Wakulla Springs. Em Wakulla tivemos a oportunidade de fazer uma pequena viagem de barco numa paisagem simplesmente deslumbrante, onde não faltaram os jacarés, ou melhor, os alligators

 

 

 

 

De seguida visitámos a Apalachicola National Estuarine Reserve, a segunda maior reserva estuarina nos EUA, localizada na Baía de Apalachicola, onde 90% das ostras da Flórida e 10% dos EUA são produzidas.

 

Após uma longa viagem (4 horas) de autocarro, finalmente chegámos a Pensacola, onde nos dias seguintes reunimos com as autoridades locais, que nos elucidaram sobre a história da cidade e os diversos aspectos ambientais, esclarecendo-nos especialmente quanto aos problemas advindos do derrame de petróleo do Deepwater Horizon que ainda hoje se fazem sentir (continuam a ser recolhidas toneladas de petróleo todos os dias). É de realçar que actualmente a BP mantém-se na região, tendo até ao momento gasto 40 biliões de dólares para ajudar a recuperar as zonas afectadas e em compensações pelos prejuízos ambientais e comerciais a particulares e às autoridades públicas.

 

Outra situação particularmente interessante é a das chamadas Water Wars entre os estados da Flórida, Alabama e Geórgia. Resumidamente, a questão prende-se com as necessidades de água no sul da Flórida (uma região com pouca água doce e uma elevada densidade populacional) e no Alabama, que são afectadas pelo desvio de água para a Geórgia, visando suportar o desenvolvimento da cidade de Atlanta, e arrasta-se há já cerca de duas décadas nos tribunais estaduais e federais, pelo que eventualmente chegará ao Supremo Tribunal.

 

Por último, visitámos o parque das Gulf Islands, uma zona praticamente intocada pela intervenção humana e com uma areia branca paradisíaca (como toda a região de Pensacola), onde se pode visitar também o forte Pickens.

 

Esta estadia teve ainda dois momentos de particular relevo. Um, a chamada home hospitality, que consiste em jantar em casa de uma família americana. Para além de termos sido acolhidos por anfitriões extremamente simpáticos, o jantar estava simplesmente divinal, tendo sido até ao momento a melhor refeição que tive em solo americano. O segundo, e para concluir este post, foi a atribuição da Cidadania Honorária da Cidade de Pensacola. Aqui fica o registo fotográfico desse momento:

 

publicado às 05:17

Diário de Viagem aos EUA (2)

por Samuel de Paiva Pires, em 25.04.12

Ainda em Washington, usufruímos de várias reuniões com diversas ONG’s, gabinetes do Department of State, Department of the Interior e do Smithsonian, visitámos o Theodore Roosevelt Island National Memorial Park e ainda o Air and Space Museum. A 19 de Abril lá seguimos viagem até Burlington, Vermont. Por estes dias, visitámos o Vermont Institute of Natural Science (um instituto dedicado à reabilitação de aves como águias, corujas e falcões), o Marsh-Billings-Rockefeller National Park, o Echo (um aquário junta ao Lago Champlain), a primeira fábrica da Ben & Jerry’s em Waterbury, a vila de Stowe e a State House em Montpelier.

 

Cada vez mais patente e concreto na minha mente está o sistema de governo descentralizado dos EUA, com o seu foco no indivíduo e nos direitos individuais. Não existe Ministério da Economia, Ministério do Ambiente ou Ministério das Obras Públicas. Deixando de lado as questões de Defesa e Política Externa, prerrogativas do Governo Federal, a esmagadora maioria das decisões são tomadas ao nível estadual e, nos estados, nas cidades e vilas, pelos indivíduos que directamente se envolvem nos processos de decisão. Tomando como exemplo o Vermont, o planeamento sobre a utilização do território é feito por comissões locais compostas por voluntários, o que faz todo o sentido se pensarmos que 81% do território estadual é detido por proprietários privados. Claro que há uma tensão entre o indivíduo e a comunidade, mas a verdade é que o princípio da propriedade privada é sacrossanto. Sendo um limite à actividade governamental, isto obriga a que os processos decisórios sejam morosos mas tenham sólidas raízes na sociedade civil, que é verdadeiramente vibrante, com o espírito de associação que Tocqueville tão bem observou patente em toda a parte.

 

Em véspera de partida para Pensacola, Florida, saliento ainda como ponto alto destes dias o espectáculo de dança contemporânea da célebre companhia Alvin Ailey American Dance Theater a que tivemos o privilégio de assistir.

 

Deixo uma fotografia do Lago Champlain, com o estado de Nova Iorque do outro lado (quem quiser ver mais fotos e acompanhar estas 3 semanas mais directamente pode adicionar-me no Facebook): 

 

publicado às 03:01

Baixar os impostos é que era uma "mudança de paradigma"

por Samuel de Paiva Pires, em 22.04.12

Aquele estranho momento em que um americano me diz que não existe IVA nos EUA e que o chamado Sales Tax apenas em alguns estados vai além dos 9%, existindo ainda os que nem sequer cobram este imposto. Deviam ter visto a cara dele quando lhe disse que em Portugal o IVA está nos 23%.

publicado às 00:00

Do humor involuntário da esquizofrénica esquerda indígena

por Samuel de Paiva Pires, em 19.04.12

 

Um tipo passa uns dias nos EUA, começa a perceber um pouco a cultura americana e como funciona na prática aquele que é provavelmente o melhor sistema de governo à face da Terra, que no seu cerne tem extremistas e radicais ideias “fássistas-ultra-neo-liberais” como o primado do indivíduo, o respeito e a valorização da propriedade privada, a importância das instituições da sociedade civil (o verdadeiro motor dos EUA), o federalismo como forma de difusão de poder e checks and balances que realmente funcionam e quando abre o Facebook e o Google Reader depara com os habituais disparates da paroquial esquerda portuguesa, não evitando perguntar-se como é que Portugal, ou melhor, a III República, com a sua constituição socialista e os 5 principais partidos políticos economicamente socialistas, chegou ao estado a que chegou. Quem os leia/ouça até fica a pensar que o socialismo funciona, que o Cavaquismo/Guterrismo/Socratismo, vulgo cainesianismo tuga, foi uma dádiva divina e não o que nos trouxe à actual situação humilhante – os papões dos mercados é que nos roubaram a soberania apenas porque acordaram para aí virados; nós, pobres coitados, herdeiros e representantes do socialismo/social-democracia, não fizemos nada de mal ao sobre-endividar 4 ou 5 gerações por nascer, por acaso aos mesmos mercados que agora insultamos –, que a União Soviética era uma maravilha e que Cuba, Coreia do Norte ou Venezuela lideram os rankings internacionais de desenvolvimento económico e humano. Enfim, humor involuntário de gente que se leva demasiado a sério, mas que só pode ser levada a brincar. 

publicado às 03:58

Diário de Viagem aos EUA (1)

por Samuel de Paiva Pires, em 16.04.12

Ontem foi um dia tranquilo e com um tempo formidável em Washington, de fazer inveja a Portugal por estes dias. Após um tour guiado pela cidade e a tradicional paragem na Casa Branca, Lincoln Memorial, Washington Monument e Capitólio, e ainda pelo recente Martin Luther King Memorial e pela National Cathedral, aproveitei para ir à National Gallery of Art e ao National Museum of American History. Neste último, destaque para a Bíblia de Thomas Jefferson e um dos fatos de Benjamin Franklin, cujas fotos aqui ficam (quem quiser ver mais fotos e acompanhar estas 3 semanas mais directamente pode adicionar-me no Facebook): 

 

 

 

 

publicado às 23:59






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