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Numa frase. O Paulo Portas, enquanto membro do governo, conseguiu fazer mais oposição do que a oposição. O Seguro só pode estar baralhado. Será boa ideia, à luz das associações e convívios que está disposto a realizar, e em nome do superior interesse nacional (cito Cavaco como se este fosse o Seguro, também não faz mal, ninguém vai notar a diferença), o Seguro começar a pensar no recrutamento do líder do CDS para as hostes do PS (para a juventude socialista chega tarde). Sem me referir sequer a ideologias políticas ou partidos, o António José Seguro poderia aprender algo com o colega. O Portas está a fazer oposição dentro do governo, enquanto o Seguro nem isso consegue fazer na oposição. O que o Portas fez, faz-se numa ardósia com giz. É uma coisa matemática; chama-se dupla negação ou por outras palavras; o inimigo do meu inimigo meu amigo é. Ao realizá-la, o Paulo Portas demonstrou que não deseja ficar em má companhia por muito mais tempo. Portugal inteiro observa. O Paulo Portas, e por arrasto, o manancial político que representa, sabe que quando este governo cair leva todos consigo. Desse modo, terá chegado o momento de escolher entre o dolo e a associação ao legado de Passos Coelho ou afastar-se dos males infligidos a Portugal. Ao servir-se do megafone, e ao falar em termos descoligados, recebemos um sinal claro que está preparado para o novo ciclo político que se avizinha e que também passará pelo CDS-PP. O Paulo Portas, quando descreve o calendário da Austeridade, marca os tempos, mostra o jogo do monopólio dos males, diz como os dados caíram, mas sublinha que não foram lançados por si. O Seguro deve andar às aranhas. Tem uma teia de interesses em jogo, mas não sabe lançar a rede. Precisa urgentemente do Paulo Portas para lhe ensinar a pescar. Pode ser que ele pesque alguma coisa. Chernes.