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Escrevia ontem Fernanda Cancio - celula individual na miriade de acoitados em hibernacao que se agitam novamente ao som das forquilhas com que o Estado envia prebendas - no Twitter que "so ha indignacao quando o assedio sexual parte de refugiados e africanos". Talvez a Cancio possa remeter-me para a ultima ocasiao em que um grupo organizado de mil homens brancos tenha saido lupinamente em demanda de mulheres para violar, ou talvez o problema seja dos proprios media que zelam pela higiene noticiosa, com criterio editorial urbano e hodierno, a bem do campesinato.
Seja como for, aquilo que deve ser feito acerca do problema supra mantém-se inalterado desde há mil anos: eles nao sao como nos, em tal grau que a nossa tolerancia resulta, assimptoticamente, no que se viu em Köln. Resta somente expulsar os que ja entraram, vedar as fronteiras, e metralhar sem qualquer contemplacao quantos tentarem, ao perto ou de longe, assolar o edificio da nossa cultura com o seu obscurantismo medieval.
Por outro lado, Cancio poderia sugerir à edil de Köln que criminalize o piropo, seguramente um acto de rasgo digno do proprio Grande Mufti, Barack, com o qual mostrariamos inequivocamente aos espoliados berberes novos e mirificos rumos na convergencia social.
Intramuros na paroquia, a farsa continua; o contribuinte aceita o cateter triplice de futebol, causas e cus desnudos, mas as interrupcoes na emissao arriscam a tornar-se mais frequentes e cromaticamente evoluidas, com ou sem corredores arboreos, aeroportos moveis, cidades andantes, linhas de metro aereas, ou expulsao e purga dos malvados investidores cuja ousadia em abarbatar companhias de bandeira e de bandeiro fariam do nosso querido Abril-Agosto um pesadelo neoconservador.
A suivre, certamente. Lemmy está vivo.
Brincadeiras à parte, o que temos em cima da mesa é isto:
- Portugal desbaratou o dinheiro todo do primeiro resgate, nas parvoíces (bodo aos primos e obra redundante para inglês ver) do costume, tendo mantido a proeza da coesão social a troco das migalhas, como é prática desde 1986
- a Grécia vai cair, e desta vez cai mesmo
- a queda em desgraça da Holanda, onde o desemprego e o sentimento empresarial estão a níveis que fariam corar qualquer ex-membro do defunto Pacto de Varsóvia, deverá empurrá-los na direcção de um euro-clube mais selectivo, senão mesmo à saída. Nota bene: ali não se repetem referendos.
- o bater de porta da Finlândia está por um fio
- a França de Hollande alcançou o sonho socialista, a simetria suprema: nem cresce nem decresce, é o zero absoluto, egalité etc.
- com todo o dinheiro estúpido que tem vindo a entrar na compra de dívida periférica, o estoiro subsequente fará com que o falecimento do Lehman Brothers se assemelhe ao piar de um colibri no dia em que o Krakatoa acordou.
Recordemos o sindicalista Rui Riso: nao podemos pensar só nos lucros.