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a todos os que não enxergam o perigo que pode ser para a Europa, se continuar a baixar as defesas, o fundamentalismo islâmico - « A Islamização da Europa ».
Cheguei até ele via O Reacionário, e ainda o não li, mas as palavras de apresentação do livro, aliadas a leituras anteriores, parecem-me elucidativas...
O que há pouco ouvi na televisão, e o que agora leio neste artigo faz-me pensar que num certo país do Médio Oriente o rastilho já se acendeu: pedir o fim da república Islâmica, em manifestações cada vez mais corajosas e frontais. Isto só revela que as pessoas que vivem lá não são os teóricos politicamente correctos que enxameiam esta Europa que anda pelas ruas da amargura.
Sei que é voltar a bater na mesma tecla, mas porque penso que nunca é demais dizer que a Europa tem de se cuidar...
diz o Manuel, referindo-se ao referendo suíço. Não creio. A liberdade de culto não foi posta em causa; os seguidores do Islão continuarão, livremente, a frequentar as suas mesquitas. O que se visou neste referendo terá sido algo que, por nele verem um símbolo intimidatório, as pessoas mais rapidamente associam à Sharia, a lei que assusta os ocidentais, e não terá sido por acaso que o não foi maioritariamente feminino ( " reminders of Islam’s oppression of women " ), sabendo-se que já houve tentativas - Londres - de a impor; entre muçulmanos, eu sei, mas indo contra a lei que vigora no país de acolhimento.
disseram-nos logo no hotel para não apanharmos táxis que não estivessem assinalados de uma certa forma, identificativa de " seguros ", pois que havia muitos problemas com taxistas turcos. Depois amedrontámo-nos com o olhar violento que eles nos dirigiam na rua ( o mesmo olhar que viria a encontrar no ano seguinte em Munique ), pelo que entendi perfeitamente a citação ontem ouvida na televisão, quando se falava no referendo suíço: " na prática a teoria é outra " - esta é só para quem vê as coisas de longe, bem instalado na bancada.
O medo surge na sequência de ameaças reais. Não foi a liberdade religiosa que foi a votos, claramente.
Fim da II Guerra Mundial
Esta uma das razões para vermos no reino Hachemita um farol de esperança naquela zona do Próximo Oriente.
Nora, porque, como diz, los cristianos no interesan para los titulares ....
volumes sobre as duas guerras mundiais, fácil se tornou o extrapolar para o que em Portugal se passava à época: recorro à compilação dos fascículos, assinados por Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, publicados pelo Diário de Notícias:
« A guerra não desatou o nó górdio. Também não foi a última das guerras. O mundo novo prometido não passou de uma grande ilusão. Os povos europeus, destroçados (...) , foram-se erguendo sobre os seus mortos».
A revolução da rotunda acontecera havia pouco tempo, e a participação de Portugal no conflito, através do Corpo Expedicionário Português, apenas visava os interesses dos próceres do Partido Republicano, que assim pretendiam a aceitação internacional, sem olhar a meios.
a Grande Guerra viu matarem-se entre si milhões de homens que, ainda na
véspera, juravam « guerra à guerra » (...) Após 1918, transformados em antigos combatentes, nem uns nem outros puseram em dúvida a legitimidade do seu sacrifício: haviam combatido pela defesa da pátria e a guerra que tinham feito era uma « guerra justa ». Durante cinquenta anos não pararam de o repetir .Porém, ainda no decorrer das hostilidades, uma dúvida nasceu nalguns deles: teria algum sentido a continuação da guerra? "
" Comparando os efeitos do tratado de Versalhes ( 1919 ) aos do Congresso de Viena ( 1815 ) , Henry Kinssinger, no seu livro« O Mundo Restaurado », observa que este último garantiu à Europa várias décadas de paz, ao passo que, desde o primeiro dia após aquele fez-se sentir um cheiro a guerra, que acabou por deflagrar menos de vinte anos após a sua assinatura(...) porque em 1815 as potências vitoriosas sobre Napoleão souberam poupar a França, país vencido (...) Essas potências tinham combatido e agido em nome da legitimidade, e em seu nome restabelecersam quase todas as fronteiras de 1792, e devolveram o trono ao legítimo herdeiro da monarquia, Luís XVIII.
Em 1919, as potências vitoriosas longe de pouparem os vencidos, humilharam-nos."
Uma visita à livraria revelou-se deveras frutífera, pois que, entre outras aquisições, estes dois volumes de Marc Ferro prometem algumas horas de proveitosa leitura.
São os primeiros que dele leio, mas o que já tinha lido sobre o historiador francês situam-no na linha de Jacques Le Goff e de Fernand Braudel, esses sim, já conhecidos, o que é já uma garantia de honestidade histórica.
O que acabo de confirmar após uma rápida leitura das páginas iniciais.
" A melhor viagem de sempre ", dizem.
Mostram fotografias, contam histórias. Muitos sorrisos quando falam neste e naquele.
Episódios de empatia. Mais sorrisos. O calor que transmitem. As saudades que já sentem, Lá, deixaram a promessa de voltar.
" Na roça de Portalegre, - contam- perguntam-nos porque é que os portugueses não voltam ".