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O politiqueiro que andou por aí a choramingar pelo estado a que Sócrates conduziu o país, para logo aceitar um cargo na EDP quando esta foi privatizada - qualquer relação entre isto e a ajuda que Catroga deu para colocar o PSD no governo será pura coincidência -, deu hoje uma entrevista onde afirma que temos 8 mil milhões de euros de despesa pública em excesso que temos de cortar. Na mesma entrevista, Eduardo Catroga disse que talvez não se devesse ter nacionalizado o BPN, já que seriam "2 ou 3 mil milhões que teríamos poupado." Vamos partir do pressuposto que Catroga está apenas um pouco desmemoriado. É que, da última vez que se falou do assunto, já tinham sido enterrados 8 mil milhões de euros no BPN. Os mesmos 8 mil milhões que, segundo Catroga, temos de cortar, essencialmente, de acordo com o desgoverno vigente, nas funções sociais do estado - ainda que, no caso da despesa pública em excesso, se trate de 8 mil milhões anuais, ou seja, todos os anos ter-se-ia de reduzir, segundo Catroga, o equivalente a uma privatização do BPN. Pentelhices, dirão alguns membros das pretensas elites governativas e plutocráticas lusas que nos últimos tempos decidiram começar a falar e a ajudar-nos a perceber melhor porque chegámos onde chegámos. Os mesmos que um dia destes ainda acabam na guilhotina ou empalados. Nessa altura, quando perceberem que destruíram o regime democrático, ponham-se a choramingar ou a clamar pelo direito à liberdade de expressão e coisas do género. Pentelhices, responder-vos-ão alguns.