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Primeiro o país

por Samuel de Paiva Pires, em 09.10.15

Paulo Portas costuma citar uma afirmação de Sá Carneiro que deveria estar inscrita nos nas mentes de todos os estadistas: "Primeiro, Portugal; depois, o partido; por fim, a circunstância pessoal de cada um de nós." António Costa, já se percebeu, inverteu completamente a frase e procura desesperadamente a sobrevivência política, interna (no PS) e externa (no país). Só isso pode justificar que tenha aberto a porta a entendimentos com a CDU e o BE que possam levar à rejeição de um governo de PSD e CDS e/ou ao estabelecimento de um governo com socialistas, comunistas e bloquistas ou, pelo menos, de socialistas com o apoio parlamentar da CDU e do BE.

 

Naturalmente, as negociações abertas por Costa com a CDU são entendidas por muitos como um bluff que serve para ganhar tempo e fortalecer a sua posição negocial em face da coligação Portugal à Frente. Mas imaginemos, por um momento, que Costa está seriamente empenhado em coligar o PS com a CDU e o BE. Aí, estará a defraudar as expectativas de boa parte do eleitorado do PS e a correr o risco de ser canibalizado pela extrema-esquerda, à semelhança do que aconteceu ao PASOK com a emergência do Syriza na Grécia. Preocupações com o futuro do PS à parte, acontece que, como escreve Nicolau do Vale Pais, "O "povo" não votou "maioritariamente por governo de Esquerda" coisa nenhuma, pois ele não está, nem nunca esteve, implícito em nenhuma das três propostas de PS, CDU e BE. Essa conclusão é abusiva e de conveniência estratégica apenas aos partidos que perderam esta eleição; essa conclusão enviesa o sentido do voto de todos - o único dado não-relativizável - em nome do voto de alguns (sempre passível de especulação)."

 

Se assim for, se não acontecer o que seria natural no nosso regime democrático - em que quem ganha as eleições governa -, a formação de um governo PSD e CDS "com uma abstenção do PS no primeiro orçamento", como salienta Ricardo G. Francisco, e sendo certo que muitos daqueles que no Domingo passado votaram no Partido Socialista devem estar a sentir-se como Luís Aguiar-Conraria, então chegará um tempo em que se acabará com as dissimulações de Costa, muito simplesmente convocando-se eleições, lá para meados de 2016, em que possam defrontar-se a coligação PSD e CDS e a coligação PS, CDU e BE. Estou certo que o resultado seria uma maioria absoluta histórica e inequívoca a favor de PSD e CDS, da qual Costa e outros poderiam retirar uma lição política de inestimável valor: não se sacrifica o país nem um partido do arco da governação pelas circunstâncias pessoais.

publicado às 17:57

O óbvio

por Samuel de Paiva Pires, em 09.10.15

Francisco Seixas da Costa, A solidão política:

Repito o óbvio: o PS perdeu estas eleições. Por isso, estava e deve continuar na oposição, embora agora numa posição mais forte do que aquela que tinha. Um seu regresso ao governo só deve processar-se através de novas eleições, não por “maiorias” contranatura à sua direita, nem por alianças oportunistas, não menos bizarras, com o Bloco de Esquerda ou com o PCP. Porquê? Porque isso está fora da ordem natural das coisas para uma formação política com uma história ímpar de responsabilidade política no Portugal democrático. Não tenho dúvidas que António Costa sabe isto.

publicado às 15:32

Rui Ramos, A fraude pós-eleitoral:

Ao negociar com PCP e BE, Costa está a admitir impor aos portugueses, através de uma chapelada parlamentar, um governo que os portugueses rejeitaram nas urnas. Talvez a Constituição não o impedisse, mas à luz da tradição política nacional e das expectativas dos eleitores seria um autêntico golpe de Estado. Outros regimes portugueses praticaram fraudes eleitorais: vai este inaugurar as fraudes pós-eleitorais?

 

publicado às 10:21

Ainda os auto-designados representantes da cultura

por Samuel de Paiva Pires, em 01.10.15

Paulo Tunhas, Portugal no país da Cultura:

Estas delirantes pretensões dos nossos locais apóstolos da arte e cultores do espírito não mereceriam qualquer atenção neste mundo feito de muita loucura, não fossem elas revelarem um fenómeno assaz singular: a total incapacidade da gente da auto-designada Cultura de pensar com o mínimo de isenção – quer dizer: com o mínimo de pertinência – a coisa política.

 

 

publicado às 12:39

Sem pedirem a maioria absoluta

por Samuel de Paiva Pires, em 30.09.15

Com jeitinho, Passos e Portas ainda são capazes de a conseguir.

publicado às 18:50

Dos representantes da cultura

por Samuel de Paiva Pires, em 29.09.15

Sobre os alegados representantes da cultura - especialmente aqueles para quem a cultura "é o apoio do Estado" - que apoiam António Costa, relembro um post do Maradona:

"Todo o merdas que em Portugal culturaliza para viver só é habitado por motivos estratósféricos, quase assistencialistas para com Portugal e os portugueses (...)

As pessoas da cultura parecem estar isentas do imposto social que é o pudor, o decoro e a vergonha; mas se o não têm, ou se por elitismo (em cujo valor e importância, adiante-se, acredito, e defendo) não acham possível ser hipócrita ao ponto de os simular e exteriorizar, porque é que, ao menos, não estão calados, caralhos ma'fodam? Porque é que não deixam ser quem ambiciona poder consumir cultura em Portugal a mover-se para extrair do Estado os recursos que alimentem o que consideram essencial para si? Que sejam discretos, ao menos, é impossível? Que se defendam, inclusivamente, que nos defendam, mas sem nos esfregar nas trombas a auto-importância que se atribuem. Será pedir muito?"

publicado às 11:30

É hora da cidadania!

por Pedro Quartin Graça, em 28.09.15

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Foram 40 anos de voto rotativo PS - PSD - CDS.  Foi demasiado tempo. Foi toda uma vida. 4 décadas de esperança, de promessas, de sofrimento, quarenta anos em que se elegeram sempre os mesmos. Fundamentalmente por culpa de quem os elegeu, como é evidente. Agora, 40 anos depois, é altura de mudar. É hora de terminar com a rotação e de dar lugar a outros, que não são necessariamente piores (muito pelo contrário) mas que apenas não tiveram, nem lhe são ainda dadas, as mesmas oportunidades. 

40 anos depois, contra as sondagens, contra os fazedores de opinião, contra os lobbies, o próximo dia 4 de Outubro marcará, estou certo, o ponto de viragem. A partir daí nada será como dantes. Três anos depois das grandes manifestações populares de Setembro de 2012, chegou a hora da "revolução cidadã"!

 

publicado às 17:37

Paulo Pinto Mascarenhas:

Nos tempos revolucionários de 1974 falou-se da existência de uma "maioria silenciosa". Hoje, 41 anos depois, existe uma nova maioria silenciosa, que não tem acesso a colunas de opinião nem milita em partidos. Esta maioria silenciosa sofreu na pele as medidas de austeridade dos últimos quatro anos, mas sabe que foram necessárias para tirar o País do buraco em que se encontrava, porque já começa a sentir alguns dos efeitos da recuperação económica. Esta maioria, revelada nos números das sondagens, teme que Portugal volte para trás, para os anos de chumbo do PS no poder. Teme ainda mais um governo socialista aliado ao PCP ou ao BE. Esta maioria silenciosa recusa que Portugal se torne numa nova Grécia.

publicado às 15:00

A arrogância de alguns socialistas

por Samuel de Paiva Pires, em 24.09.15

Há, entre as hostes do PS, quem se manifeste publicamente afirmando que António Costa será garantidamente o próximo Primeiro-Ministro. Existe até quem faça contagens decrescentes para a derrota da coligação Portugal à Frente. Há alguns dias, Mário Centeno, em entrevista no programa de Ricardo Araújo Pereira, afirmava categoricamente que seria António Costa a apresentar o próximo Orçamento do Estado. Bem sei que é preciso ter muita fé para mobilizar quem não se deixa mobilizar, para persuadir quem não se deixa persuadir, mas convinha ter um bocadinho mais de humildade democrática. Também por esta arrogância, o PS merece perder as eleições.

publicado às 10:21

Os erros do PS

por Samuel de Paiva Pires, em 24.09.15

Alexandre Homem Cristo, Costa pode ganhar mas merece perder:

Ou, perguntado de outra forma, o que impede o PS de caminhar para uma folgada vitória eleitoral? A meu ver, dois erros estratégicos. Primeiro, não ter compreendido o que se passou no país entre 2011 e 2015: no fundamental (a recuperação económica), este governo foi bem-sucedido. Segundo, ter desprezado a importância da estabilidade política nestes tempos conturbados, apresentando-se como um bloqueio a entendimentos políticos – seja porque recusa negociar com a direita, seja porque não tem parceiros de coligação à esquerda.

 

 

publicado às 09:47

Leitura recomendada

por Samuel de Paiva Pires, em 16.09.15

"Obviamente, voto Passos", de Maria de Fátima Bonifácio.

publicado às 17:25

A sério?

por Samuel de Paiva Pires, em 16.09.15

A sério que o PS (e o seu correlegionário, o jornal Público) continua a fazer campanha em torno de quem chamou a troika? Como bem escreve o João Gonçalves​, só uma entidade a poderia ter chamado, o governo em funções. E chamou-a em resultado da sua própria governação, acrescento eu. António Costa deve crer na ideia de que repetir uma mentira bastas vezes a torna verdade. Mas não torna e os portugueses, ao contrário do que Costa parece pensar, não são parvos.

publicado às 09:39

A fotografia

por Samuel de Paiva Pires, em 11.09.15

sócrates jantar.jpg

Se a memória não me falha, no Leopardo, Lampedusa escreve a dada altura que não se deve trocar um mal conhecido por um bem desconhecido.  A fotografia acima tem o condão de nos recordar que aquilo por que os eleitores poderão trocar a coligação Portugal à Frente não é sequer um bem desconhecido, mas um mal conhecidíssimo de todos nós. Sócrates e as suas políticas despesistas que nos levaram à pré-bancarrota e trouxeram a troika e a austeridade vivem em António Costa e no Partido Socialista. 

publicado às 11:11

Declaração de voto

por Samuel de Paiva Pires, em 04.09.15

Votei CDS nas legislativas de 2011, o que não é particularmente surpreendente para alguém que é militante do partido. Escrevi, aqui, um post a elogiar o actual governo aquando da nomeação dos seus ministros. Desiludi-me rapidamente com este governo quando começou por aumentar impostos, contrariando Passos Coelho o que havia prometido durante a campanha eleitoral. De 2011 a 2014, por várias vezes critiquei o governo aqui e no Facebook. Participei, pela primeira vez na minha vida, numa manifestação a 15 de Setembro de 2012, isto é, na manifestação contra as alterações na TSU propostas por Vítor Gaspar. Partilho muitos dos pontos de vista de alguns dos mais destacados opositores deste governo, em particular Pacheco Pereira, que considero de uma inteligência muito superior à esmagadora maioria dos seus detractores e que sempre soube desconstruir muito bem a narrativa pró-austeridade que emana da Alemanha e das instituições que compõem a troika. Considero que ocorreram erros de casting graves, alguns corrigidos entretanto, como Miguel Relvas, outros que ainda permanecem, como Barreto Xavier, o da estapafúrdia lei da cópia privada, ou Bruno Maçães, de quem frontalmente discordo no alinhamento com a Alemanha e no que diz respeito à política europeia, visto que, como defendo em artigo recentemente publicado, creio que Portugal deveria alinhar-se com os países do sul da Europa e negociar alterações de fundo na arquitectura da Zona Euro com os restantes Estados-membros liderados pela Alemanha. Fiz oposição interna a Paulo Portas no CDS, integrando o grupo liderado por Filipe Anacoreta Correia, um homem bom que a convite do Vice-Primeiro-Ministro integra a actual lista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Lisboa, em cuja apresentação estive esta semana.

 

Todavia, creio também que existem pessoas com muito valor neste governo e na maioria parlamentar que o suporta, como Paulo Macedo – talvez o melhor ministro deste governo –, Pedro Lomba, Adolfo Mesquita Nunes, Miguel Morgado, Michael Seufert, João Almeida, Nuno Magalhães entre outros. Estou em crer que muitos dos erros em que o governo incorreu se ficaram a dever a alguma falta de coordenação entre os dois partidos da coligação e à falta de eficácia na comunicação política, especialmente nos primeiros dois anos, o que também é compreensível atendendo à situação de emergência que vivemos colectivamente e ao facto de não ser habitual governar em coligação no nosso país. Ao contrário do que este governo fez, parece-me que deveria ter sido muito mais incisivo na responsabilização do PS pelo estado comatoso a que chegámos em 2011, em resultado da mais que desastrosa e pérfida governação de José Sócrates.

 

Pelo meio, durante estes últimos anos, especialmente em resultado da investigação que estou a levar a cabo com vista à conclusão do meu doutoramento em Ciência Política, tornei-me menos liberal e mais conservador, tendo-me distanciado de muitos dos pontos de vista da esmagadora maioria dos liberais que escreve na blogosfera lusa e no Facebook. Talvez isso ajude a perceber por que razão hoje compreendo que, embora a austeridade excessiva seja um erro imposto a diversos países, não havia, com efeito, alternativa ao aumento de impostos para permitir cumprir as metas impostas pelo memorando de entendimento com a troika que, sublinho novamente, intervencionou o país em resultado da governação socialista de José Sócrates. Hoje vejo, como se pode constatar factualmente, que o país está a dar a volta, com o desemprego a diminuir, o défice a diminuir e as exportações e o investimento externo a aumentarem. A dívida pública, em larga medida contraída pelos governos socráticos, estabilizou e temos agora condições para a começar a pagar, processo que levará muitos anos e que nos continuará a impor constrangimentos financeiros inevitáveis. Pude constatar diversas vezes, ao longo destes anos, como utente do Serviço Nacional de Saúde, que este não foi destruído, como erradamente clama o PS, tendo-se tornado, isso sim, mais eficaz e financeiramente sustentável. Preferia que o IRS fosse menos oneroso, preferia não ter de pagar uma sobretaxa sobre os rendimentos do meu trabalho, e preferia que as taxas moderadoras do SNS não fossem tão elevadas, mas compreendo que são medidas necessárias para garantir a sustentabilidade das instituições públicas que servem a nossa nação e, em última análise, em especial no que diz respeito à educação, saúde e segurança social, para assegurarem condições de vida minimamente dignas a milhões de portugueses. Se é este o preço a pagar para que uma nação com quase nove séculos de História continue a fazer parte do grupo dos países mais desenvolvidos do mundo, então assim seja.

 

Este foi um preço pago essencialmente pela classe média, como não poderia deixar de ser. Sendo Portugal um país desenvolvido é apenas natural que a classe média componha a maioria da população e, por isso, sobre ela recaia o preço da austeridade. Saliente-se que os mais desprotegidos e menos afortunados foram efectivamente poupados aos constrangimentos financeiros que a classe média teve de suportar – e bem.

 

Paulo Portas tem toda a razão em apelar à classe média e aos indecisos. Passos Coelho e o líder do CDS revelaram um estoicismo assinalável durante estes quatro anos, que lhes permitiu não só ultrapassar as crises internas da coligação, como também cumprir o acordado com a troika e relançar o país no sentido do crescimento económico. A classe média tem muito a ganhar em manter a actual maioria no poder, mas também os menos afortunados, os empresários, os que todos os dias trabalham para que o país exporte mais e atraia mais investimento.

 

Para além de tudo isto, o governo actual está prestes a fazer história: pela primeira vez na III República uma coligação irá concluir o mandato que se propôs cumprir. Estamos, portanto, em presença de dois partidos que governaram Portugal durante um dos períodos mais difíceis da nossa História contemporânea e que têm, no fim do seu mandato, resultados francamente positivos para mostrar e que justificam o voto na coligação Portugal à Frente. Já o PS apresenta-se a eleições com propostas aventureiras, em especial as concernentes às alterações na TSU e nas pensões, e não pode deixar de ter sobre si o espectro dos anos da governação socrática.

 

Será talvez um lugar comum relembrar a célebre afirmação de Bismarck de que a política é a arte do possível. Ademais, a democracia obriga-nos, frequentemente, a escolher entre o menor dos males. Não existem soluções perfeitas que agradem a gregos e a troianos. Mas por tudo o que escrevi, a coligação Portugal à Frente justifica e merece vencer as eleições de 4 de Outubro.  O PS e António Costa não estão prontos para governar, como atestam as suas promessas irrealistas, ao passo que PSD e CDS constituem hoje um bloco sólido que dá garantias de poder manter o país no caminho do crescimento económico e do progresso social.

 

Termino citando uma formulação clássica de Michael Oakeshott, aqui numa tradução minha, apelando ao conservadorismo que caracteriza a classe média, bem como aos indecisos: “Ser conservador, então, é preferir o familiar ao desconhecido, preferir o tentado ao não tentado, o facto ao mistério, o real ao possível, o limitado ao ilimitado, o próximo ao distante, o suficiente ao superabundante, o conveniente ao perfeito, o riso actual à felicidade utópica.”

publicado às 19:32

O candidato que não quer ser eleito

por Pedro Quartin Graça, em 25.08.15

MarinhoPintoIndignado.jpg

Raramente tal se viu na política mas a verdade é só uma: Marinho e Pinto, eurodeputado, não quer ser eleito para a Assembleia da República. E não deixa de dar mostras disso mesmo ao assegurar que a sua eleição é muito difícil e que, se não for eleito, ficará no Parlamento Europeu. Nada que, na verdade, não se soubesse já. Marinho escolheu cirurgicamente Coimbra para reduzir ao mínimo tal hipótese de sucesso. O mesmo Pinto, que desde que tomou posse, e pese embora vocifere contra os altos ganhos da sua euro - ocupação, "a mete toda ao bolso" já que, afirma, tem contas para pagar e a educação da sua filha sai cara.

Assim sendo, façamos-lhe a vontade: nem um voto em Coimbra no Partido de Marinho. Dr. Marinho, não queremos que lhe falte nada por Bruxelas!

publicado às 11:59

Os donos disto tudo

por Samuel de Paiva Pires, em 21.08.15

O afã com que PS e PCP querem calar o CDS nos debates televisivos diz muito dos pergaminhos democráticos daqueles. Convém não esquecer que, afinal, são os donos da democracia pátria, não é verdade?

publicado às 16:26






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