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Padaria Portuguesa pode meter o creme no...

por John Wolf, em 28.10.17

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A Padaria Portuguesa diz que "o espírito de equipa vale muito mais do que salário base". O que dirão os colaboradores? A continuar assim, o CEO da empresa ainda vai ganhar o "prémio europeu de carcaça do ano". Nuno Carvalho insulta o trabalhador ao sugerir que as regalias são mais que muitas e que compensam a falta de nível do salário. Passo a citar: "cada vez que nasce um bebé, oferecemos um creme e um babygrow e escrevo um postal de aniversário personalizado a cada um dos trabalhadores." - maravilhoso, lindo, comovente. Como pensa ele que funciona o capitalismo-social? Não é assim. Os colaboradores da Google ou Amazon participam nos lucros. Seja na forma de stock-options, seja através de dividendos, seja através da distrubuição de bónus financeiros em função do bottom-line, do desempenho das operações. A Padaria Portuguesa está tão orgulhosa do seu milagre da multiplicação do número de lojas e da contratação de mais 500 colaboradores, que atira aos seus detractores, subentendido claro está, que "deve" ser o "principal" responsável pela queda da taxa de desemprego em Portugal. Nas empresas a sério, com ambição global, não andam a distribuir cremes para o rabinho.

publicado às 17:15

O problema do workhalism nas startups (e não só)

por Samuel de Paiva Pires, em 31.05.17

David Heinemeier Hansson, Trickle-down workaholism:

It’s not hard to understand why such a mythology serves the interest of money men who spread their bets wide and only succeed when unicorns emerge. Of course they’re going to desire fairytale sacrifices. There’s little to no consequence to them if the many fall by the wayside, spent to completion trying to hit that home run. Make me rich or die tryin’.
(...)
The sly entrepreneur seeks to cajole their employees with carrots. Organic, locally-sourced ones, delightfully prepared by a master chef, of course. In the office. Along with all the other pampering and indulgent spoils AT THE OFFICE. The game is to make it appear as though employees choose this life for themselves, that they just love spending all their waking (and in some cases, even sleeping) hours at that damn office.
(...)
Not only are these sacrifices statistically overwhelmingly likely to be in vain, they’re also completely disproportionate. The programmer or designer or writer or even manager that gives up their life for a 80+ hour moonshot will comparably-speaking be compensated in bananas, even if their lottery coupon should line up. The lion’s share will go to the Scar and his hyenas, not the monkeys.
(...)
So don’t tell me that there’s something uniquely demanding about building yet another fucking startup that dwarfs the accomplishments of The Origin of Species or winning five championship rings. It’s bullshit. Extractive, counterproductive bullshit peddled by people who either need a narrative to explain their personal sacrifices and regrets or who are in a position to treat the lives and wellbeing of others like cannon fodder.

(também publicado aqui.)

publicado às 19:06

A cultura da chulice no governo geringonço

por John Wolf, em 27.05.17

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Assim à meia-volta, sem rodeios e eufemismos - Portugal tem tradição de chulice laboral. Quantas vezes, ao longo de várias décadas de existência laboral nos mais diversos sectores, fui aliciado para trabalhar para aquecer. Irei mais longe. Tantas vezes tentaram, sem êxito, convencer-me que tinha muito a ganhar com determinadas prestações, mas que não significaria ganhar dinheiro. Não confundamos o favor voluntário que se presta a um amigo, de livre e espontânea vontade, com o abuso de posição dominante no quadro profissional. Os precários-escravos, a que chamam de estagiários nas empresas, e pelos vistos no próprio governo, contribuem para a manutenção desse costume de exploração laboral. O que se passa nem sequer se inscreve nos meandros da compensação rasante da padaria portuguesa. Falamos de indignidade e desrespeito pelo esforço intelectual, mensurável em termos objectivos, qualitativos, quantitativos e monetários. Podem meter os estágios curriculares na gaveta e a experiência profissional naquele sítio. Os jovens que se sujeitam a este género de sevícias há muito que deveriam ter ido para a rua para armar confusão de indignados. Mas não podem porque existe uma dimensão que está a ser omitida nesta narrativa. Aqueles lugares de estágio estão reservados a filhos e enteados, filiados e rebentos saídos de associações académicas com bandeiras partidárias favoráveis. Não seria de todo despropositado nomear uma comissão de inquérito parlamentar para desparasitar de vez os organismos que fazem uso desta prática abusiva de troca diferida de favores. Os jovens que para ali vão trabalhar para aquecer, sabem que mais dia menos dia farão parte do clube - serão integrados. E um dia mais tarde, quando forem crescidos, poderão exercer o mesmo magistério de subjugação "pro bono" a nubentes sortidos de um qualquer grémio de recrutamento político.

publicado às 20:25

What exactly is an entrepreneur?:

In a new paper Magnus Henrekson and Tino Sanandaji argue that the number of self-made billionaires a country produces provides a much better measure of its entrepreneurial vigour than the number of small businesses. The authors studied Forbes’s annual list of billionaires over the past 20 years and produced a list of 996 self-made billionaires (ie, people who had made their own money by founding innovative companies as opposed to people who inherited money or who had extracted it from the state). They demonstrated that “entrepreneur density” correlates with many things that we intuitively associate with economic dynamism, such as the number of patents per head or the flow of venture capital.

 

They also demonstrated it correlating negatively with rates of small-business owners, self-employment and startups—in other words that many traditional measures are about as misleading as you can get.

 

Countries with a lot of small companies are often stagnant. People start their own businesses because there are no other opportunities. Those businesses stay small because they are doing exactly what other small businesses do. The same is true of industries. In America industries that produce more entrepreneur billionaires tend to have a lower share of employees working in firms with less than 20 employees.

 

This makes sense: successful entrepreneurs inevitably destroy their smaller rivals as they take their companies to scale. Walmart became the world’s largest retailer by replacing thousands of Mom-and-Pop shops. Amazon became a bookselling giant by driving thousands of booksellers out of business. By sponsoring new ways of doing things entrepreneurs create new organisations that employ thousands of people including people who might otherwise have been self-employed. In other words, they simultaneously boost the economy’s overall productivity and reduce its level of self-employment.

publicado às 15:53

Construção civil

por Nuno Castelo-Branco, em 02.07.14

 

Na Av. Duque de Loulé, destruído em menos de uma semana e substituído por um mamarracho BES(algado)

 

Embora não seja minimamente credível o ruído governamental ou oposicionista acerca do emprego e do desemprego, parece evidente a oportunidade que existe para a redução dos números dramáticos de pequenas empresas em falência. O sector da construção é um dos casos paradigmáticos das péssimas condições em que o regime se colocou, escandalosamente investindo no desordenamento territorial e na destruição de património - florestal, de terra arável e de construções seculares - a que temos assistido. O laissez-faire totalmente aceite por quase todas as Câmaras Municipais - do CDS, do PSD, PS e PC -, deram-nos periferias cheias de Quintas da Marinha e Quintas do Mocho, engordando fundos imobiliários dos bancos do costume, gabinetes de arquitectura de duvidosíssima categoria, transumâncias várias entre governos e construtoras, etc. Passeiem pela Baixa e pelas Avenidas Novas de Lisboa. Isto bastará para facilmente compreenderem  a situação em que nos colocaram.

 

Quer este governo mostrar obra? Pois aproveite os fundos colocados à disposição e invista seriamente na reabilitação urbana. Não quer isto significar a opção pelos mesmos catastróficos erros, para não dizer descarados crimes, naqueles empreendimentos que vemos um pouco por todo o lado, desde a construção para o terciário e fachadização dos prédios do século XIX, até aos risíveis condomínios cujo valor real nem de longe corresponde ao que se pede nos stands de vendas. Todo o património histórico urbano da capital - e isto é extensível a quase todas as cidades portuguesas - está em ruína e em acelerada destruição sob beneplácito camarário, sendo urgente a sua conservação.

 

Bem podem gizar soluções de financiamento destinado a senhorios sem posses, assim como à propriedade municipal ao abandono. Um gabinete composto por gente competente, criteriosamente nomeada fora dos habituais esquemas partidocráticos, poderá coordenar um esforço que deve ser nacional e que decerto durará gerações. Deverá ser esta uma hercúlea obra sem limite temporal definido e destinada a sobretudo beneficiar as pequenas empresas, aquelas que têm escapado à usura do poder político e das famiglias banqueiras cujos nomes diariamente ocupam os escaparates dos jornais. Verão como desce a taxa de desemprego e verificarão como a indexação de materiais de construção Made in Portugal poderá operar sensíveis transfomações contabilizadas em empresas viabilizadas.


Pensem no assunto. 

publicado às 17:00

Crescimento e depressão de mãos dadas

por John Wolf, em 09.12.13

Já repararam que o termo desemprego já não faz parte do discurso dos que mandam? O Instituto Nacional de Estatística anuncia o fim da recessão, mas não é referido de que forma esse facto produz efeitos na geração de emprego. Os governos de Portugal, e dos demais países europeus, sabem que o pleno emprego jamais tornará a ser o que era. Os dias de desemprego na ordem dos 5% acabaram. Assistimos, deste modo, à residência definitiva de uma nova realidade dissimulada e por revelar nas palestras daqueles que estão no poder ou daqueles que sonham em lá chegar. Os "bons" resultados económicos são bons para o bottomline das empresas, para os fluxos de caixa, mas não para o trabalhador. Eu iria até mais longe. Há largos anos que os gestores de empresas aguardavam o momento certo para realizar o layoff, os despedimentos em massa e com justa causa. A pergunta que deve ser colocada aponta no sentido de saber quando haverá inversão da tendência no desemprego. Há escassas semanas foi divulgado que o desemprego em Portugal rondará os 17,4% em 2014, embora presentemente tenha caído para os 15,8%. Este anúncio de sucesso das exportações apresenta uma ligeira contradição, ou a corroboração da ideia de que há sérias dificuldades pela frente. A necessidade de emissão de dívida a 5, 10 ou 30 anos significa que a economia ainda não se aguenta nas suas pernas. O roll-over, o empurrar para a frente das obrigações de dívida, não altera a dinâmica económica substantiva, a geração de emprego. A demise dos estaleiros de Viana acaba por confirmar a ideia de desfalecimento, de que mais despedimentos seguir-se-ão. A situação económica e social, já de si incomportável pelos cidadãos, poderá agravar-se ainda mais se houver um processo simultâneo de declarações de insolvência ou inoperacionalidade. Temos os CTT e as Páginas Amarelas em pé de guerra. Temos professores na rua. Temos trabalhadores de todos os sectores económicos em profundo desconforto. Temos gente que caiu fora das estatísticas e que já não conta nas considerações governativas, porque não existe matematicamente. O fim da recessão é uma expressão muito desejada em termos económicos, mas uma nova figura conceptual nasceu com esta crise - a possibilidade de coexistência de depressão social e crescimento económico. Esta contradição, nunca como antes, desafiou todos os modelos e conceitos de desenvolvimento das nossas sociedades. O fosso entre os detentores de capital e os trabalhadores parece ser cada vez maior. Seria simpático se o INE apresentasse em tandem as duas partes da fórmula - o crescimento económico acompanhado pelo crescimento do emprego. 

publicado às 18:51

Imposto agravado sobre carrinhos de molas

por John Wolf, em 16.10.13

Penso que ninguém em Portugal percebeu as boas intenções do governo. O agravamento de impostos para todos os automóveis ligeiros de passageiros não tem nada a ver com carga fiscal. Tem a ver com uma carga de trabalhos adicional. Ter carro fica simplesmente mais caro - é tão somente isso. O que significa que a mobilidade e a economia não têm um relação por aí além em Portugal (segundo os governantes) - afinal os serviços imperam na economia, e grande parte dos mesmos são tecnológicos, o que quer dizer que entram na corrente económica pela banda larga sem necessidade de deslocação de técnicos. Estou a perceber bem o raciocínio do governo ou não? Ou será que os poucos trabalhadores que ainda restam na economia nacional podem ficar em casa e desenvolver a sua actividade a partir da sala de estar? É isso? Daqui a nada, e em resultado desta medida, podem começar a pensar em desmontar as estradas de Portugal e converter estações de serviço em centros de saúde. Já estou a ver quadros superiores em protesto por serem obrigados a pensar em transportes colectivos. As carrinhas da escola - aquelas que transportam os seus filhos às escolas privadas -, podem ser aproveitadas para paragens intercalares para recolher administradores delegados e levá-los directamente ao conselho directivo, à reunião do conselho de administração. Iremos assistir ao downgrade de frotas de luxo para linhas mais económicas. Afinal Francisco Assis fez uma revelação quando travou a fundo a tentativa de lhe impingir um Clio. E de repente pensei no seguinte; que tal se resolvessem este dilema da deslocação com a concessão de um crédito àqueles que optem pela aquisição de uma auto-caravana? Resolviam de uma assentada a questão da habitação e das viaturas de serviço. O condutor, e simultaneamente gestor de produto, poderia trabalhar a partir de um parque de campismo. E se o mercado o justificasse poderia assentar arraial e escritório onde a procura fosse maior. Quanto ao motor a diesel, não sei que resposta dar. Qualquer dia o carrinho de mão será sujeito a um imposto. Cada dia em que julgo ver uma luz ao fundo do túnel, engano-me - é um semáforo e está fechado. E sabem que mais? Não vou a parte alguma, vou ficar quietinho - sem pestanejar para não ser multado pelo excesso de velocidade dos meus olhos.

publicado às 20:50

A aquicultura em Portugal

por João Quaresma, em 13.03.13

A reportagem que a SIC transmitiu ontem no seu jornal das oito sobre a aquicultura em Portugal foi esclarecedora das dificuldades colocadas pelo Estado aos empresários portugueses. Espanha produz 250 mil toneladas de peixe em regime de aquicultura, sobretudo na Galiza, e o Estado facilita e incentiva a actividade não só por razões económicas mas também para contribuir para a independência alimentar do país. Por cá, passa-se exactamente o contrário: o Estado levanta mil e um obstáculos que demoram anos (foi relatado o caso de um projecto que, após seis anos, continua sem poder avançar) até serem ultrapassados, provocando a desistência e mesmo a falência de empresas investidoras. E a independência alimentar, então, é algo que não preocupa minimamente as autoridades portuguesas. O resultado é que, apesar das enormes potencialidades (basta pensar na Ria de Aveiro, nos estuários do Tejo, Sado e nas muitas barragens) e da importância para o abastecimento do país (já que a Política Comum de Pescas é o que se sabe) Portugal só produz 10 mil toneladas anuais.

Pescanova Mira

"Quinta" da Pescanova na Praia de Mira (imagem Google Earth)

 

É claro que, com empresas estrangeiras já o caso muda de figura. Sobretudo quando a empresa é espanhola e o governo é socialista. Quando a Pescanova quis construir um gigantesco complexo na Praia de Mira (os tanques ocupam uma área de um quilómetro de comprimento por duzentos e setenta e cinco metros de largura), em plena zona protegida da Rede Natura, o governo de José Sócrates não só permitiu como ainda deu 40 milhões de euros para o projecto, que em menos de dois anos começou a funcionar.

Para os portugueses - isto é, os que seguirem os trâmites estabelecidos - , só dificuldades. Para o investimento estrangeiro, tratamento VIP.

 

Parabéns à SIC pela excelente e esclarecedora reportagem.

publicado às 00:50

Diz-me que empresas tens, dir-te-ei quem és.

por João Quaresma, em 02.02.13

Pouco tempo depois de se tornar Primeiro Ministro, Mariano Rajoy convocou - e o termo é mesmo esse - as empresas espanholas com maior projecção internacional (Repsol, Telefónica, Zara, Indra, BBVA, Santander, Pescanova) para usarem a sua visibilidade para passar uma imagem positiva de Espanha, de forma a contrariar os danos provocados pela crise económica na credibilidade do país.

Neste espírito, está a fazer furor no país vizinho um video feito pela filial espanhola da consultora Grant Thornton que pretende justamente fazer passar a mensagem que, apesar das más notícias, Espanha merece confiança e optimismo. E que, mesmo com estatísticas pouco animadoras, a economia espanhola conta com empresas bem sucedidas e prestigiadas internacionalmente.

O curioso é que o video está a ser elogiado pela originalidade, quando de facto parece ser uma imitação do video feito há dois anos em Portugal, destinado a esclarecer os finlandeses. É claro que há grandes diferenças. O video espanhol, além de ser francamente mais inteligente, tem a enorme vantagem de poder mostrar grandes empresas espanholas que são exemplos de como o saber-fazer espanhol merece a confiança de clientes em todo o Mundo.

É claro que cá, sendo um desporto nacional vender as boas empresas a estrangeiros, já não podemos fazer o mesmo: apesar de haver algumas empresas de capitais portugueses com dimensão internacional (Jerónimo Martins, Galp, Sonae, Amorim, Soares da Costa, Efacec), são de facto muito poucas as que têm visibilidade a nível internacional que possa ser capitalizada em favor do país: além da TAP e do Mateus Rosé (as mesmas de há quarenta anos) e agora da Galp (em Espanha) pouco mais temos com notoriedade junto do grande público como sendo uma marca portuguesa. E é óbvio que, por muito importantes que sejam os investimentos que têm cá, não podemos contar com a Volkswagen, a IKEA ou a Continental-Mabor para promover a imagem externa de Portugal.

 

publicado às 03:20






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