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Miguel Relvas diz que foi ele que se sentiu pressionado
De presumível autor agora passa a pretensa vítima. É esta a conclusão que se pode tirar da audição do ministro Miguel Relvas. O ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, afirmou hoje que foi ele quem se sentiu pressionado pelo jornal "Público", no caso das 'secretas', negando ter feito qualquer tipo de ameaça a jornalistas.
"Senti-me pressionado", disse o ministro após a audição na Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) sobre as o caso, em que Relvas é acusado de ter feito ameaças a uma jornalista na sequência de perguntas sobre supostas contradições na comissão parlamentar de inquérito sobre as 'secretas'. "Porque é que me foi dado 32 minutos para responder a uma pergunta a meio da tarde, num caso que já não tinha actualidade, que já tinha sido na véspera abordado no Parlamento?", questionou Relvas. "Foi nessa base que me insurgi com a editora de política do Público e com a directora" do jornal, acrescentou. Assumindo-se "de consciência tranquila", Relvas garantiu que na audição de hoje na ERC "todas as questões foram respondidas" e reiterou: "Não houve da minha parte qualquer pressão. Não houve ameaças."
"Não falei com a jornalista em causa, nem tenho conhecimento da vida pessoal dela", garantiu ainda. Relvas desmentiu ainda a acusação do conselho de redacção do "Público" de que ameaçar promover um 'backout' do Executivo aquele jornal.