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Vamos lá ver se a gente se entende. A gente?!!! Não. Vamos ver se eles se entendem. Então não era o Bloco de Esquerda, armado em associação de defesa dos interesses da nação, que tinha mandado a Troika àquele lugar. Não tinha sido a Catarina Martins, as irmãs Mortágua e a colega Matias, a mandar o gang (Wolf) do Schäuble ir dar uma volta. O que se passa, Jesus? (resquícios do cartaz, perdoem-me). Queriam um concurso público internacional (repito, estrangeiro) para nomear um novo chefe no Centro Cultural de Belém? Pois. E pois outra vez. Já não percebo nada. Ou se calhar percebo. As moças estão cheias de razão. Não é assim que se faz a coisa. Manda-se um para a lama e encomenda-se um Somaeseguevielle, assim sem mais nem menos? Só não concordo com o seguinte. O BSE (BS...do americano, para rimar com Trump, Bullshit) acha mal um projecto que envolva parceiros privados na zona de intervenção de Belém? Porquê? As construções governativas são para que servir que clientelas? Não serão para servir o público? Ou será que ao passar alguns equipamentos e competências para a esfera privada deixa de haver poleiros para os amigos como aquele do João Soares? Como podem ver, isto não faz muito sentido. Ou pelo menos uma metade não faz. Ah!! Já estou a ver. Mas chegam tarde, muito tarde. Varoufakis já foi contratado por Corbin da Silva. Agora amanhem-se. Pelo menos o director da galeria Berardo tem nome que soa a estrangeiro. Deveria chegar.

publicado às 14:54

Shocking. Absolutely shocking.

por João Quaresma, em 04.06.14

José Maria Eça de Queirós, em Cartas de Inglaterra:

 

«A verdade é que o inglez não se diverte no continente; não comprehende as linguas; estranha as comidas; tudo o que é estrangeiro, maneiras, toilettes, modos de pensar, o choca; desconfia que o querem roubar; tem a vaga crença de que os lençóes nas camas d'hotel nunca são limpos; o vêr os theatros abertos ao domingo e a multidão divertindo-se amargura a sua alma christã e puritana; não ousa abrir um livro estrangeiro porque suspeita que ha dentro cousas obscenas; se o seu Guia lhe affirma que na cathedral de tal ha seis columnas e se elle encontra só cinco, fica infeliz toda uma semana e furioso com o paiz que percorre, como um homem a quem roubaram uma columna; e se perde uma bengala, se não chega a horas ao comboio, fecha-se no hotel um dia inteiro a compôr uma carta para o Times, em que accusa os paises continentaes de se acharem inteiramente n'um estado selvagem e atolados n'uma putrida desmoralisação. Emfim o inglez em viagem, é um ser desgraçado. É evidente que eu não alludo aqui á numerosa gente de luxo, de gosto, de litteratura, de arte: fallo da vasta massa burgueza e commercial. Mas mesmo esta encontra uma compensação a todos os seus trabalhos de touriste quando, ao recolher a Inglaterra, conta aos seus amigos como esteve aqui e além, e trepou ao Monte Branco, e jantou n'uma table-d'-hote em Roma e, por Jupiter! fez uma sensação dos diabos, elle e as meninas!...»

publicado às 02:03

Os 74 de Louçã

por John Wolf, em 22.03.14

Francisco Louçã enveredou pelo trilho da contradição conceptual e demonstra que sofre da síndrome "o que é estrangeiro é bom". A hora de aflição portuguesa é, na minha opinião, da exclusiva responsabilidade de Portugal. Querer validar uma posição política com a assinatura de patronos estrangeiros, demonstra falta de crença nos cidadãos portugueses e na prata da casa. O doutrinário da esquerda não faz um apelo às massas, ao cidadão anónimo. Faz um chamamento à elite do mundo. Põe sujeitos políticos passivos a corroborar o futuro político e económico de Portugal. Ao convocar 74 estrangeiros em menos de 24 horas bate o recorde de cedência de uma fatia da soberania de Portugal. Já bastava a Troika determinar as regras do jogo, agora teremos estrangeiros (incluindo extra-comunitários) a condicionar processos intelectuais. Porventura estranharão o que aqui escrevo, afinal sou norte-americano e  estou igualmente a opinar sobre questões domésticas que dizem respeito a este país e aos seus cidadãos. Mas há uma diferença, as minhas posições emanam de um estatuto civil, de alguém que não detém um cargo numa instituição de relevo. Faço parte da sociedade civil no seu sentido mais amplo. Sou tão crítico em relação a Portugal como sou em relação aos EUA. Causa-me alguma estranheza que Louçã necessite da bengala dos outros - precisamente aqueles que construíram o sistema financeiro global que nos levou à falência. A época dos notáveis acabou caro Cravinho. Encontramo-nos no arco da ferradura, no destino do azar e da sorte. A única ironia política que consigo extrair deste panfleto de grandiosos não passa de uma mera coincidência numérica, homérica: 1974, 74 - é matemático, mas continuamos feitos num 8.

publicado às 08:04

A imprensa estrangeira que nomeou Mário Soares personalidade do ano não é assim tão estrangeira. Contabilizo pelo menos 16 jornalistas da associação de imprensa estrangeira em Portugal com apelido português. Estrangeiro sou eu, mas não sou jornalista. E quem terá ficado em segundo e terceiro lugar na votação da figura do ano. Ou será que Mário Soares foi o único a concurso? E o Baptista da Silva - o consultor da ONU -, não conta? Gostaria de saber como funciona o processo de selecção, qual o critério definido e quais as filiações ideológicas e partidárias do júri do concurso. Assim, atirado ao ar, o prémio soa a arranjinho e não passa de propaganda de não se sabe bem o quê. E a associação de imprensa nacional quem elege como preferido? A imprensa estrangeira em Portugal diz que Soares é a personalidade do ano, mas não refere o género de personalidade. Se é expansiva, sisuda, marcante, ou se é uma personalidade passada ou ajuízada. Qual a vocação programática da associação? Defende os valores humanos, a Democracia e o endeusamento de figuras do passado? Já bastava a surrealidade que acontece numa base diária em Portugal, para termos de levar com esta terminação de taluda. Será que Soares procura lançar-se às europeias que estão aí à porta e pediu ajuda para melhorar a imagem no exterior? E em que estado emocional terá ficado Seguro? Às tantas esperava que lhe saísse a fava do bolo-Rei, mas em vez disso saiu-lhe o Rei e foi mandado à fava. Contudo, o mais grave deste devaneio relaciona-se com o atestado passado ao povo português. Este conjunto de relatores do estado da nação, valida a ideia, de que alguém do passado, tem um papel proponderante no destino do país, como se desejasse que Portugal não saísse da sua condição, como se o futuro de Portugal estivesse refém para todo o sempre de uma figura política de outro tempo histórico, de outra galáxia.

publicado às 18:11






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