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Janeiro de 2012: nem mais tempo nem mais dinheiro. O jornal que noticia isto, como qualquer outro que o tivesse noticiado, não critica, não analisa, não aprofunda, e não afere a verosimilhança daquilo que noticia.
Fevereiro de 2013: mais tempo, e em breve mais dinheiro. O mesmo jornal, como quaisquer outros, apresenta o facto consumado como se não tivesse ao longo do último ano apresentado o seu preciso oposto.
Pode parecer que nada, além da incompetência e irrelevância deste, e de todos os outros jornais, pode ser inferido tendo presentes ambas as datas à frente dos olhos. Contudo, não é bem assim, porque algo foi ganho: tempo, neste caso praticamente um ano, doze meses em que a opinião pública, i.e. das massas que a) engolem cavalo por vitela ou b) assentem à voz do dono, andou quieta e caladinha a olhar para a árvore com a floresta inteira a arder.
Perante factos, só sobra uma pergunta inteligente a fazer. Quem é que enterra dinheiro nestas máquinas de formatar néscios?
Versão deste post para pessoas com cognição diferenciada: o PIB vai passar de -3.8% para +1% já em 2014, é preciso é que todos paguemos porque assim todos pagamos menos.
O eleitorado português divide-se em duas categorias:
- aqueles a quem, por terem mais o que fazer ou preocupações mais graves, a política de chiqueiro nada diz, e que se abstêm
- os entachados, pré-entachados, saudosistas do PREC, tiranetes em potencial, cegos do córtex cerebral, e demais loucos que ano após ano votaram em quem lhes desse menos em que pensar e mais por onde gastar
Sendo a realidade fielmente descrita pelos dois pontos que enunciei, acrescida da indigência - material e espiritual - que domina o território, parece-me um acto de supina arrogância, daqueles que se pagam bem caro, desvalorizar António José Seguro e as esquerdas ululantes.
Afinal eles são o espelho do povo.