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Em dia de lançamento em bolsa do Twitter, que segue as pisadas da rede social mais famosa - Facebook -, é caso para pensarmos sobre mercados e economias. Nunca antes (com a excepção da bolha dos dot.com de finais do século passado) dimensões tão virtuais de geração de riqueza tiveram uma expressão financeira tão intensa. Podemos desde já retirar algumas ilações em relação a este fenómeno; em primeiro lugar, as economias também são imateriais e dependem da percepção que os mercados e consumidores fazem delas, e em segundo lugar, estes eventos que geram dinâmicas de milhares de milhões de dólares (ou Euros, se quiserem) devem servir de farol para as orientações de estrategas de mercado, economistas, políticos e governantes. O Twitter é um bom exemplo de que uma economia pode apresentar soluções a nível global sem obedecer a uma lógica de investimento industrial e infraestruturas maciças. A economia portuguesa, embora obedeça a outra matriz, também é reconhecida pelas suas empresas de vanguarda em tecnologia ou desenvolvimento de software. Falta ainda um elo à excepcionalidade portuguesa para que ela se defina numa frase curta, à moda de um tweet e com proveitos expressivos. Os ingredientes estão cá todos; a capacidade, a inteligência e as competências. Falta apenas dar corda global e mediática às aspirações lusas que nascem localmente mas que têm vocação global. Se Portugal conseguir essa projecção que merece, será muito mais que uma via verde. Envolverá qualquer coisa no fim do arco-íris da economia que procura a luz - as andorinhas de Portugal merecem voar mais alto e para bem mais longe.