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A matilha.

por Nuno Resende, em 29.06.20

O fenómeno ou comportamento de matilha é algo que tenho observado acontecer nas redes sociais, nomeadamente no Facebook, quando alguém com uma opinião contrária à maioria dos comentários é atacado em grupo por essa maioria. Geralmente este fenómeno observa-se nos comentários ao comentário, desenrolando-se, por vezes, uma extensa discussão até ou à desistência do atacado, ou ao cansaço do grupo.
Este fenómeno tem-se acirrado nos últimos meses, por causa da pandemia. Dada a larga escala e difusão constante de notícias, algumas contraditórias, as redes sociais replicam o eco geralmente catastrofista e ampliam-no em larga escala.
Tem-se ntoado uma diferença no opinismo digital: nas primeiras semanas no confinamento havia ânimo. Afinal, tudo ia ficar bem. O pânico crescia, no entanto, proporcionalmente ao número de infectados e de mortos e, à data do desconfinamento, o projecto da comunicação social para colaborar para travar a difusão da pandemia dera certo: poucos queriam sair de casa e os que saiam começaram a ser vistos como potenciais assassinos.
Neste tipo de difusão de mensagem não há lugar a nuances, ou se é ou bom ou se é mau. Da mesma forma que não há lugar para boas notícias. Como olhamos diariamente (eu diria mesmo quase de hora a hora) para os casos de COVID-19 dentro e fora de Portugal, não há margem para pensar em mais nada. Fora da pandemia, nesta altura, não existe vida.
Nas redes sociais, que em parte replicam comportamentos públicos, as pessoas mobilizam-se. Esta mobilização faz-se ou por mimetismo, ou por arregimentação. No caso do mimetismo: pânico gera pânico, medo gera medo. No caso da arregimentação, ela processa-se de forma solidária: os membros de um grupo ou partido, ideologia ou corporação arregimentam os seus e todos apontam ao alvo. Este tipo de mobilização é transversal a todas as questões candentes das redes sociais e estão geralmente associadas a páginas específicas, de figuras públicas, projectos de comunicação social.
Já fui várias vezes alvo dos dois tipos de ataque em matilha. Recentemente vi-me confrontado com uma situação verdadeiramente kafkiana: por comentar uma notícia a respeito de um título de um artigo de Pacheco Pereira (artigo que não li, apenas fazendo menção ás “gordas”) sobre o facto de o São João do Porto ter sido «domado» em tempo de pandemia vi-me encostado à parede por uma matilha de indivíduos que me acusou de ser um conspiracionista e até um disseminador da doença. Isto por eu ter escrito que se o Porto fora domado, o fora pelo medo – o que, continuo a afirmá-lo, é verdade e está à vista de todos. O medo tem-nos a todos reféns.
Apareceram comentadores de todos os lados e origens. Se é certo que a maioria não tinha dados suficientes para aferir, muitas vezes, sequer da sua identificação real, nota-se que há uma predominância de indivíduos pouco dotados para a escrita e para a argumentação. A partir de uma determinada altura o argumento é apenas o insulto e noutros casos a utilização de dados pessoais localizados na internet para tentar destruir o opinador e fazê-lo desistir, ou para embaraçá-lo no confronto com as suas próprias acções, profissão e até aspecto físico.
No caso que acima exemplifiquei o que me chocou particularmente foi o de um médico cujo método de ataque era recorrer a comentários de teor homofóbico para tentar, não só desviar o assunto, como rebaixar a opinião do outro pelo ridículo. Não contente, ameaçava com pena de prisão por advogar à disseminação da doença – como se alguém, por ter uma opinião diversa da maioria, fosse considerado um pária, ou, pior, um assassino em potência!
A Raquel Varela escreveu, recentemente, um texto sobre este tipo de ataques soezes e da necessidade de reflectirmos sobre eles. As redes sociais  permitiram, e felizmente bem, a possibilidade de mais vozes chegarem mais longe, mas ainda não conseguiram educar para a discussão sã e cordial que poderia ser alcançada, por exemplo, pela responsabilização dos proprietários dos perfis (o sistema de denúncia não funciona porque é feito através de «robots» que lêem palavras proibidas, mas não conseguem entender insultos «complexos») nomeadamente através da associação aos perfis de componentes de identificação credíveis (o cartão de cidadão, por exemplo).
Estou em crer que o problema das fake news poderia ser mitigado com estas formas de identificação credível, em vez de deixarmos as redes sociais entregues a perfis falsos criados para lançar rumores e ataques, trolls e toda uma panóplia de indivíduos sem qualquer capacidade crítica, alguns irresponsáveis sem o saberem ou disso terem consciência.

publicado às 09:03

Das operações russas de propaganda nas redes sociais

por Samuel de Paiva Pires, em 13.09.17

Asha Rangappa, "How Facebook Changed the Spy Game":

 

The vast majority of counterintelligence cases I worked in the FBI involved a foreign intelligence service (FIS) conducting what we called “perception management campaigns.” Perception management, broadly defined, includes any activity that is designed to shape American opinion and policy in ways favorable to the FIS home country. Some perception management operations can involve aggressive tactics like infiltrating and spying on dissident groups (and even intimidating them), or trying to directly influence U.S. policy by targeting politicians under the guise of a legitimate lobbying group. But perception management operations also include more passive tactics like using media to spread government propaganda—and these are the most difficult for the FBI to investigate.

 

(...).

 

As the internet renders useless the FBI’s normal methods to counter foreign propaganda, the reach of these operations has increased a thousandfold. In the past, a failure to neutralize a perception management operation would at least be limited by the reach of “traditional,” i.e., paper, media which are practically constrained to a region or paying customers. But social media platforms can reach an almost limitless audience, often within days or hours, more or less for free: Russia’s Facebook ads alone reached between 23 million and 70 million viewers. Without any direct way to investigate and identify the source of the private accounts that generate this “fake news,” there’s literally nothing the FBI can do to stop a propaganda operation that can occur on such a massive scale.

 

This fact is not lost on the Russians. Like any country with sophisticated intelligence services, Russia has long been a careful student of U.S. freedoms, laws and the constraints of its main nemesis in the U.S., the FBI. They have always known how to exploit our “constitutional loopholes”: The difference now is that technology has transformed the legal crevice in which they used to operate into a canyon. The irony, of course, is that the rights that Americans most cherish—those of speech and press—and are now weaponized against us are the same ones Russia despises and clamps down on in its own country.

 

(também publicado aqui.)

publicado às 22:51

O Truque das Massas.

por Nuno Resende, em 19.04.17

O projecto chamado Truques da Imprensa Portuguesa é um caso curioso de Sockpuppets cujo objetivo é o de, entre outras coisa, desmascarar outros Sockpuppets. Estranho? Nem por isso. A príncipio tudo parece um caso de voluntariado: um grupo de amigos (e amigas?) junta-se para denunciar o que consideram ser os abusos da comunicação em Portugal: pretensas notícias falsas, artigos manipuladores, clickbaits, violação da vida privada, combate político «descarado», etc etc. A cada instante, através do Facebook, os anónimos autores do Truques elaborada cuidadosamente textos que recortam, analisam e condenam notícias, jornalistas e jornais. Mas não estamos a falar de frases soltas, ataques imediatos, daqueles com os leitores bombardeiam as caixas de comentários dos periódicos. Não. Estamos a falar de artigos complexos onde a informação não só é escalpelizada, mas relacionada com outros casos, alguns anteriores ao próprios «Truques». Por aqui se vê que, quer pela constância na publicação dos textos, quer pelo manancial de informação que veiculam, não estamos a falar de um grupo de amigos que se reune numa garagem para beber uns copos, comer uns percebes e mandar uns bitaites.
A regularidade e a mecanicidade com que varrem o panorama informativo, identificam alvos e os abatem é de um nível cirúrgico incontestável. Sobretudo se pensarmos que aqueles carolas estão ali por desporto, que têm os seus trabalhos, a sua vida pessoal e que o Truques é apenas uma espécie de destino robin hoodesco para salvar a pátria da nesfasta má comunicação social.
Na esfera daquele produto circulam perfis abertos e fechados. Os abertos são claramente leitores de boa vontade que fazem comentários sinceros e até inocentes sobre os casos que ali se apresentam. Todavia há um conjunto de perfis claramente falsos que, por exemplo, quando alguém ataca directamente as opiniões veiculadas pelos administradores anónimos aparece rapidamente, como um enxame, para rodear a presa e desfazê-la com argumentos, uns válidos, outros nem por isso - um exército de pequenos sock puppets.
Quando ali uma vez discordei e fiz valer o meu argumento, e visto que o meu perfil de facebook não tem uma foto de grande qualidade, rapidamente apareceu o autor de um dos perfis fechados a divulgar aspectos da minha vida profissional.
Não quero pensar que há partidos, empresas, lóbis o que quer que seja, por trás deste grupo de «amigos». De resto esta prática de controlo opinativo com contornos políticos teve larga difusão no Portugal comentadeiro - veja-se o caso dos Abrantes.
Mas espanta-me a facilidade como um perfil do Facebook ex nihilo gerido por anónimos, adquire uma tal credibilidade que facilmente transforma massas pretensamente críticas, em conjuntos de indivíduos inertes e seguidores.

publicado às 19:28

A imaturidade impulsionada pelas redes sociais

por Samuel de Paiva Pires, em 10.03.16

Pedro Afonso, As redes sociais e a cultura da imaturidade:

O Facebook funciona muitas vezes como um enorme “buraco negro” que vai sugando as mentes de muitas pessoas, criando um estado regressivo coletivo. O pensamento para, a introspeção e a autocrítica deixam de existir. Tudo é reativo e instintivo, o hedonismo prevalece e o seguidismo emocional cego surge de forma recorrente e imprevisível. Numa palavra, as emoções dominam o ser humano e surgem dissociadas do pensamento e da inteligência.

Em ambos os exemplos citados anteriormente, há um elemento comum: estamos a assistir à promoção da cultura da imaturidade. Neste contexto, as redes sociais são autênticos “esconderijos emocionais”, pois não estão a favorecer propriamente o conhecimento, a reflexão, a prudência e o autocontrolo. Existe uma exaltação febril da impulsividade, da superficialidade, da expressão de sentimentos e comportamentos mais primitivos, como a violência e os julgamentos sumários das pessoas. Estas características são imaturas, primárias e revelam uma reduzida inteligência emocional.

publicado às 14:08

As bandeiras francesas do intervencionismo

por John Wolf, em 16.11.15

france_flag_by_think0-d563k6e.jpg

 

Os ataques terroristas de Paris de 13 de Novembro intensificam o debate em torno de uma questão fundamental respeitante à Democracia; de que forma governos conseguirão encontrar o equilíbrio entre a dimensão securitária dos Estados e o respeito pelas liberdades e garantias dos indivíduos? Os Estados Unidos da América (EUA), que provaram o desgosto intenso do 11 de Setembro de 2001, têm, desde essa data, vindo a incrementar o seu nível de controlo sobre o movimento de pessoas e capitais por forma a diminuir as probabilidades de semelhantes ataques terroristas. A União Europeia, que têm sido "vegetariana" no desenvolvimento de uma genuína Política Externa e de Segurança Comum, vê-se agora obrigada a implementar medidas "excepcionais". Os EUA, acusados historicamente de "intervencionistas sem convite", continuam a ser um aliado ideológico da Europa, mas  a administração Obama tem sido "abstencionista", e, há poucos dias, Hillary Clinton afirmou que a questão síria seria sobretudo um desafio a ser enfrentado pelos actores "locais", pela Europa. A França, que está a ser a ponta de lança dos ataques ao Estado Islâmico, fá-lo consciente dos monstros que já está a libertar no seu país. A França parece disposta a fazer o sacrifício por uma causa maior que as suas fronteiras. As bandeiras francesas içadas nas redes sociais, e em particular no Facebook, correspondem deste modo, não apenas ao lirismo da solidariedade para como as vítimas dos ataques de Paris, mas à aceitação de que a França é o "war maker and taker" da Europa - os franceses são cada vez mais os americanos da Europa. Os mesmos individuos que cantam a marselhesa por efeito de contágio e simpatia, devem ter a consciência de que se colocam ao lado da nação europeia que está efectivamente a projectar o seu poder militar e de um modo intenso. Os cidadãos da Europa já não podem ser selectivos na escolha de apenas uma parte de uma equação geopolítica. Ao abraçarem a França, assinam por baixo na petição, autorizam que essa república batalhe em vosso nome. A União Europeia vive mais um momento de verdade, de vida, e efectivamente morte, no seu próprio quintal. 

publicado às 09:22



"Aqui está o meu filme do Facebook" - da autoria de João Pico


Genial!

publicado às 16:56

Assédio do Facebook

por John Wolf, em 09.01.14

Todos os dias somos inundados no Facebook com convites para gostar desta ou daquela página, seguir esta ou aquela "figura pública", fazer um like a este ou aquele produto, e se o fizermos às cegas, sem fundamentar a nossa decisão, a nossa aprovação, estaremos a contribuir para o desmoronamento do conceito de qualidade que deve assentar num critério de conhecimento de causa, cultura e ideoneidade. Ora, como eu mal sei o pouco que sei, como posso saber sobre o resto? A chantagem emocional/intelectual é algo destrutivamente poderoso porque corrói a objectividade racional e a profundidade do pretenso conhecimento humano. Só por ser amigo não significa que se tenha de gostar disto ou daquilo. O mesmo se aplica em sentido inverso, em relação à minha pessoa, ou àquilo que faço. Era só isto. Obrigado.

publicado às 11:49

Crime, dizem eles!

por Pedro Quartin Graça, em 05.11.13

"Wren Mendes de Almeida got the account locked by security services FB. A Complaint was made for reasons of crime of opinion against the Portuguese Government"...


Exemplar esta mensagem demonstrativa da punição por delito de opinião contra...o Governo de Portugal!!! Que "monstruoso crime" terá Carriça Mendes de Almeida cometido através da sua conta do Facebook para merecer tal "honra"? Mas o que vem a ser isto meus senhores?


publicado às 18:30

Coisas filosofais

por Nuno Castelo-Branco, em 22.08.13


Claro que na feicebucaria anda um berreiro por causa dos tais dossiers misteriosamente desaparecidos, quiçá num auto-da-fé pré-eleitoral de há uns dois anos. Isto cheira demasiadamente a mais um cartão de visita com um nome filosofal. O problema do pavlovianismo feicebuque, é esse mesmo: não atende às datas. Uma maçada. 

publicado às 18:15

Já conhece as ILHAS SELVAGENS de Portugal?

por Pedro Quartin Graça, em 13.05.13

As Ilhas Selvagens perto de si e à distância de um click. Se gostar torne-se amigo delas no Facebook e junte-se aos 22.000 que já o fizeram!

publicado às 16:21

Mensagem de retribuição ao Pedro e à Laura*

por Pedro Quartin Graça, em 28.12.12

* Por NUNO BARRADAS, in Facebook

 

"Caro Pedro,
Antes de mais os meus sinceros agradecimentos pela amabilidade que tiveste em prescindir dos poucos momentos em que não tens que carregar o país às costas, para pensar um pouco em nós e nos nossos natais.
Retrataste com a clarividência de poucos a forma penosa como atravessamos esta quadra que deveria ser de alegria, amor e união. És de facto um ser iluminado e somos sem dúvida privilegiados em ter ao leme da nossa nau um ser humano de tão refinada cepa.
Gostava também de ser interlocutor de alguém que queria aproveitar o espírito de boa vontade que a quadra proporciona para te pedir sinceras desculpas…a minha mãe.
A minha mãe é uma senhora de 70 anos, que usufruindo de uma escandalosa pensão de mil e poucos euros, se sente responsável pelo miserável natal de todos os seus concidadãos. Ela não consegue compreender onde falhou, mas está convicta de que o fez…doutra forma não terias afirmado o que afirmaste. Tentarei resumir o seu percurso de vida para que nos ajudes a identificar a mácula.
A minha mãe nasceu em Alcácer do Sal começou a trabalhar com 12 ou 13 anos…já não se recorda muito bem. Apanhava ganchos de cabelo num salão de cabeleireiro, e simultaneamente aprendia umas coisas deste ofício. Casou jovem e mudou-se para a cidade em busca de melhor vida. Sem opções de emprego a minha mãe nunca se acomodou e fazia alguns trabalhos de cabeleireira ao domicilio…nunca se queixou…foi mãe jovem e sempre achou que por esse facto era a mulher mais afortunada do mundo. Arranjou depois emprego num refeitório de uma grande fábrica. Nunca teve qualquer tipo de formação mas a cozinha era a sua grande paixão.
Depois de alguns anos no refeitório aventurou-se no seu grande sonho…ter um negócio próprio de restauração. Quis o destino que o sonho se concretizasse no ano de 1974…lembras-te 1974? O ano em que te tornaste livre? Tinhas o quê? 10 anos?
Pois é…o sonho da minha mãe tem a idade da democracia.
O sonho nasceu pequeno, com pouco mais de 3 ou 4 colaboradoras. Com muita dificuldade, muito trabalho e muitas noites sem dormir foi crescendo e chegou a dar trabalho a mais de 20 pessoas. A minha mãe tem a 4ª classe.
Tu já criaste empregos Pedro? Quer dizer…criar mesmo…investir e arriscar o que é teu…telefonemas para o Relvas a pedir qualquer coisa para uma amiga da Laura não conta como criar emprego. A minha mãe criou…por isso ela não compreende muito bem onde errou. Tudo junto tem mais de 40 anos de descontos para a segurança social. Sempre descontou aquilo que a lei lhe exigia. A lei que tu e outros como tu…gente de tão abnegada dedicação, se entretém a escrever, reescrever, anular, modificar…enfim…trabalhos de outra grandeza que ela não compreende mas valoriza.
Pois como te digo, a minha mãe viu passar o verão quente, os tempos do desenvolvimento sem paralelo, o fechar de todas as fábricas da região, os tempos do oásis, as várias intervenções do FMI, as Expos, os Euros, do futebol e da finança…e passou por isto tudo sempre a trabalhar como se não houvesse amanhã. A pagar impostos todos os meses e todos os anos. IVA, IRC, IRS, IMI, pagamentos por conta, pagamentos especiais por conta, por ter um toldo, por ter a viatura decorada, por ter cão, de selo, de circulação, de radiodifusão…não falhando um único desconto para a sua reforma, não falhando um único imposto. E viu chegar as condicionantes da idade avançada sem lançar um queixume. E foi resolvendo todos os seus problemas de saúde que inexoravelmente foram surgindo, recorrendo a um seguro privado, tentando deixar para aqueles que realmente necessitam, o apoio da segurança social. Em mais de 40 anos de contribuição não teve um dia de baixa, não usufruiu de um cêntimo em subsídios de desemprego. E ela dá voltas e voltas à cabeça e não há forma de se recordar onde possa ter falhado. Mas certamente falhou…
Por isso Pedro, quando eu lhe li a tua carinhosa mensagem, que certamente escreveste na companhia da Laura e com um cobertor a cobrir as vossas pernas para poupar no aquecimento, ela comoveu-se, e cheia de remorsos pediu-me que por esta via te endereçasse um sentido pedido de desculpas.
Pediu também para te dizer que se sente muito orgulhosa de com a redução da sua pensão poder contribuir para que a tua missão na terra seja coroada de sucesso.
És de facto único Pedro. A forma carinhosa como te referes aos sacrifícios que os outros estão fazer, faz-me acreditar que quase os sentes como teus. Sei que sofres por nós Pedro. Sei que cada emprego que se perde é uma chaga que se abre no teu corpo…é um sofrimento atroz que te é imposto…e tudo por culpa de quem? De gente como a minha pobre mãe que mesmo sem querer tem levado toda uma vida a delapidar o património que é de todos. Por isso se a conseguires ajudar a perceber onde errou ficar-te-ei eternamente agradecido. A minha mãe ainda é daquele tipo de pessoas que não suporta a ideia de estar a dever algo a alguém...ajuda-nos pois Pedro.
Aceita por favor, mais uma vez, em nome da minha mãe, sentidas desculpas. Ela diz que apesar de reformada e com menos saúde vai continuar a trabalhar para poder expiar o tanto mal que causou.
Continua Pedro..estás certamente no bom caminho, embora alguns milhões de ingratos não o consigam perceber.
Não te detenhas…os génios raramente são reconhecidos em vida.
Um grande abraço para ti.
Um grande beijo para a Laura.

 

NUNO BARRADAS"

publicado às 16:54

Passos e o Facebook - amor em tempos de cólera

por João Pinto Bastos, em 28.12.12

Não há por aí ninguém que diga ao primeiro-ministro que a comunicação via facebook de estados de alma e de reflexões primaríssimas é uma zombaria completa a todos aqueles que passam diariamente dificuldades e que não têm acesso ao mundo maravilhoso das redes sociais? Os assessores de imagem e comunicação de Passos vivem num casulo imune à realidade. Haja algum decoro. 

publicado às 00:39

Ilhas Selvagens - um paraíso português

por Pedro Quartin Graça, em 10.12.12

É nas Caraíbas? Não! É na Polinésia? Também não. É em Portugal, caso não acredite. Aqui não há frio, chuva ou poluição. É a natureza pura e a fronteira mais a sul de Portugal. Aquela que quase nenhuns portugueses conhecem. Entre e explore as ilhas. São as SELVAGENS e são portuguesas. O acesso ao blog é este. E aqui está o Grupo de apoio do Facebook, já com mais de 14.000 membros, também à sua espera. O que espera para se juntar a esta grande comunidade?

publicado às 13:12

As redes sociais e o degradar da civilidade

por Samuel de Paiva Pires, em 09.12.12

Alberto Gonçalves, discorrendo sobre o fenómeno das SMS e apontando a sua gradual substituição pelo Facebook, escreve hoje algo que vai ao encontro de uma tendência no Facebook que me deixa cada vez mais exasperado. Eu não ando por aí nos murais de outras pessoas a fazer propaganda às minhas ideias políticas, nem me acho no direito de ir aos murais de quem discordo começar debates intermináveis, mas há quem ache que o meu espaço no Facebook pode servir para debitarem todo o tipo de disparates e propaganda. Às vezes ignoro, outras vezes respondo, mas cada vez vou tendo menos paciência, especialmente porque o tempo é precioso e não pode ser simplesmente desperdiçado em esforços inúteis. Escreve assim o colunista do DN: «Já não me lembrava, mas houve um tempo em que vivíamos descansados, sem o risco de que alguém suficientemente descarado para se julgar nosso amigalhaço e insuficientemente amigalhaço para ligar ou aparecer cá em casa perturbasse o nosso descanso com disparates.»

publicado às 15:59

Página de Passos Coelho denunciada no Facebook

por Pedro Quartin Graça, em 13.09.12

publicado às 12:16

Kony e o Facebook

por Samuel de Paiva Pires, em 12.03.12

 

 (imagem daqui)

publicado às 23:45

Like/gosto

por Samuel de Paiva Pires, em 07.03.12

Graças à equipa dos Blogs do Sapo, a quem muito agradecemos a simpatia e disponibilidade constantes, a partir de agora já podem fazer like nos posts do Estado Sentido directamente no blog.

publicado às 13:58

Amizades facebookianas

por Samuel de Paiva Pires, em 27.05.11

Mas por que raio insiste o FB em sugerir-me Ana Gomes e Jamila Madeira como amigas? Deve ser porque temos 40 amigos em comum. Mas isso assusta-me.

 

publicado às 13:04

E você, ainda não nos segue no Facebook?

por Samuel de Paiva Pires, em 02.04.11

Estado Sentido

publicado às 15:02

Nova página no Facebook

por Samuel de Paiva Pires, em 25.02.11

Ainda que o perfil continue por agora activo, devido à nova política do Facebook, segundo a qual os perfis devem ser apenas de indivíduos, criámos uma nova página onde nos podem seguir no Facebook. Juntem-se e divulguem!

 

publicado às 02:06






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