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Apenas para relembrar certos tema-bandeira que serviram para tantos lançamentos políticos. Ora bem, temos a OTA e o novo aeroporto inter-galáctico; tivemos o TGV e a viagem relâmpago a Madrid em 25 minutos; e agora, como pobre remediado, de solas gastas, lá aparece o super-ministro do Planeamento (planeamento do quê?) Pedro Marques a fazer gala do anúncio da compra de 22 comboios para a falida CP, que traduzido em linguagem de geringonça, - "no valor de 168,21 milhões de euros, considerando o ministro da tutela que este "é um marco histórico". Marco histórico de atrasos, de mordomias de sucessivos conselhos de administração incompetentes, de nomeações políticas para cargos de direcção, de composições prontas para a sucata, de linhas que não nos levam a parte alguma, de dinheiro deitado fora, e que, ainda por cima, nem sequer agitam as águas daquele chavão socialista de apeadeiro: o famoso "desenvolvimento do interior e a regionalização". A CP é a Lehman Brothers de Portugal - é tóxico e pouco recomendável. Não há volta a dar. O bilhete é de ida apenas. Para o descalabro total - socialismo sobre rodas.
Em que época do século XX é que os estados recorreram na generalidade a sistemas de economia planificada (não dirigida e centralizada como o monopólio do estado sobre essa - caso da URSS)? E em reacção a quê? Pois.
Vamos aguardar para ver é os impactos daquilo a que estamos a assistir em termos políticos, se é para "fecharmos" como dizia ontem um académico de que não me recordo do nome, no programa da RTP1 "Pensar o país", (e espero sinceramente que não, especialmente pelo que isso poderá significar em termos políticos internos) ou se é para uma solução menos radical que passe, tal como referi aqui, por uma maior intervenção dos estados e/ou entidades supraestatais na economia (veja-se as nacionalizações nos EUA), que continuará, como não pode deixar de ser, uma economia de mercado.
De qualquer das formas estou muito longe de perceber seja o que for de economia, e como não gosto de ser alarmista e a este respeito até sou bastante optimista, muito provavelmente haverá uma solução de médio prazo para o que estamos a assistir, como é apenas natural num sistema capitalista que se regenera através das falências. Descansem camaradas comunistas e afins que ainda não chegou o fim do capitalismo.