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assinalava estar-se na estação associada ao calor, mas o Verão comprazia-se naquele esconde-esconde que trazia as pessoas irritadiças, muito por culpa do vento metediço e obstinado.
Aquela era a primeira noite em que o luar, de tão sedutor, a levava através da planície, quase alentejana, onde os pirilampos abriam grandes clareiras luminosas. O cheiro a alecrim...
Rodopiava ao som da melodia majestática que vinha não sabia donde, até cair de cansaço, mas feliz, na erva em que balançavam gotas de orvalho.
A música continuava dentro dela, e deixou-se ali ficar, a olhar o céu estrelado. Que horas eram, não queria saber. Era fim-de-semana dum Verão há muito desejado...
Depois de ver, e rever, este vídeo que o Pedro colocou à disposição dos frequentadores do seu café, já me decidi - Manhattan foi dos primeiros filmes que vi de Woody Allen - antes, talvez só Annie Hall - e gostei muito. Cheguei a tê-lo em VHS, mas agora, um pulo à FNAC em busca do DVD...
Nota: Ver aqui
não se moveu um bocadinho que fosse ( não é que estivesse iludida ! ), e os vários folhetins de opereta rasca seguiram o guião de pataco, ou seja: vergonhoso, o visionamento de um filme que, como tantos outros, me escapou à época do lançamento: « Os Condenados de Shawshank ».
Não é apenas a história de mais um daqueles terríveis erros judiciários, em que Andy ( Tim Robbins) se vê enredado nas sempre temíveis provas circunstanciais, mas também a história de uma amizade tocante com o irlandês Red ( Morgan Freeman, em mais uma excelente interpretação ).
* que evoluíram para sacanas, como constata ( e quem é que não corrobora? ) o João.
Gary Jules e a música que o tornou famoso (embora seja uma cover da original dos Tears for Fears), especialmente ao ser utilizada na banda sonora de um dos meus filmes favoritos, Donnie Darko, aqui fica, Mad World:
All around me are familiar faces
Worn out places, worn out faces
Bright and early for their daily races
Going nowhere, going nowhere
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I want to drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very
Mad World
Mad world
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very
Mad World
Mad World
Enlarging your world
Mad World
Como não encarar os últimos acontecimentos na minha vida como uma incondicional prova de solidariedade entre mulheres? Claro que tenho em mente um grupo de amigas, mas não me vai dizer que quando refere a " solidariedade masculina " está a falar nos homens em geral, e não apenas nos amigos, porque aí já estamos no domínio da solidariedade humana, que não é exclusivo de um dos sexos.
E, perguntará, porque carga d'água é que ela vai buscar um assunto adormecido?
Porque os fins-de-semana têm sido o tempo privilegiado para que essa solidariedade venha ao de cima...
passear pelas ramblas e ruelas de Barcelona, ver os belos caminhos de Oviedo, de bicicleta, invejar a casa do pai de Juan Antonio, admirar a fibra e salero da desequilibrada Maria Helena...; é isso: o último filme do realizador que nunca mais larguei, desde que vi « Manhattan ».
Um homem que sabe captar a alma de cada terra que filma.
com nuvens, poucas, que não parecem ameaçar carga d'água, e depois de ler o post do João, sobre um fenómeno que não conhecia- nunca deparei com tais aves agoirentas, os seguidores do tal do EMO- achei por bem pôr no ar o som da 5ª de Beethoven, para afastar as sombras, partilhando convosco os primeiros movimentos .
Bom para subirmos ao Bom Jesus do Monte
Vista da cidade, melhor não há. Apreciámos o que de bonito nos foi dado ver e deitámos as mãos à cabeça quando deparámos com uma, para nós nova, zona .entupida de prédios, quase uns em cima dos outros, sem se vislumbrar sequer uma zona verde.
Vamos ver mais de perto: uma massa enorme de construções na vertical,muitas delas adornadas com a placa " Vende-se ". Confirma-se a ausência de árvores.
Perguntamo-nos: " Como é que é que foi possível terem deixado fazer isto?."
Dizemo-nos:" Os responsáveis por estes mamarrachos, sabemos onde estão , e sabemos, e eles sabem também, que a impunidade continua à solta. "
" Como é que é possível continuar a apregoar-se uma vida decente aqui? ".
e porque gosto muito desta ária de Puccini...
Nona Sinfonia de Beethoven...
...e a musa que a inspirou.
diz que " Chega de tentar dissimular, e disfarçar, e esconder", e o sol me ofusca, tanto que me levanto para baixar um pouco a persiana - qual dia cinzento?, rio para dentro-, leio, na biografia que dele escreveu Maria Filomena Mónica, que, no leito de morte, Fontes Pereira de Melo terá dito à sobrinha «Vou fazer falta».
deveria ter pensado a amiga ontem à noite, antes de profetizar um dia cinzento para hoje.
Vento está, que bem vejo pela janela as folhas, que caíram das árvores que já foram verdes, a rodopiarem no ar, num bailado muito do reino delas, inimitável mesmo por um Barishnikov...
Céu azul semeado de nuvens, é o que encontro depois de uma noite longa, musical, mas com muita conversa à mistura. Um fim-de-semana também se faz com estas coisas, não tão comezinhas assim.
Noite tépida- a tarde estivera muito quente. A mesma roda de amigos, à qual se juntava agora a minha irmã mais nova.
Tínhamos planeado sair de Braga à meia noite, rumo a Valença do Minho, onde iríamos passar o fim-de-semana.
Lá fomos encontrar um espectáculo grandioso: debaixo de uma lua cheia, que tudo iluminava, pequenas espirais de vapor saíam da piscina.
Sem qualquer aviso, a minha irmã, na irreverência dos 15 anos, lançou-se à água, assim, vestida. Achei por bem vestir a roupa de irmã mais velha, e exortei-a a sair; " que lhe ia fazer mal, àquela hora "... : Não só ela não me ouviu, como todos os outros, um a um, lhe foram seguindo o exemplo.
Chegou, pois, o momento em que só eu estava de fora; mas, não passou muito tempo para, não sei em que fracção de segundo, me dizer " também vou ".!
Não lembro já se ficámos com frio, quando saímos da água, mas que saímos felizes, ai isso por certo!