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Se eu fosse o primeiro-ministro acabava de uma vez por todas com as escolas privadas. Os colégios são sorvedores do Estado. Gastam milhões de euros dos contribuintes. Servem as elites e promovem a ideia de uma sociedade intensamente estratificada, dividida entre pobres e ricos. As escolas privadas nada acrescentam ao parque escolar e nem sequer servem para comparar o desempenho dos estudantes em relação à oferta do Estado. Nas escolas privadas os papás e as mamãs compram o sucesso dos seus filhos que são maioritariamente burros. A escola pública não faz distinções. Nivela o corpo discente de acordo com o mesmo quadro de oportunidades. Valoriza o mérito, a iniciativa e o empreendedorismo dos alunos. Os professores do ensino público são os únicos com algo válido a transmitir aos alunos. E adoram ser professores. O ministério da educação é a melhor entidade para gerar uma comunidade de intelectuais, de inventores e indivíduos capazes de pensar fora da caixa. A direcção central dos serviços de educação representa a mais pura expressão de democracia. Está na vanguarda da transformação do nosso mundo. Quem precisa de uma rede de escolas privadas? Francamente. A quarta classe deveria chegar para encher a cabeça dos eleitores. O governo tem razão. Não vale a pena esbanjar dinheiro em vão.
Qual a razão, se é que ela existe, para o Estado, financiado estupidamente por todos nós, conceder verbas milionárias a sindicatos e associações patronais? Atenção, não faço aqui qualquer distinção de espécie ou de género. A apóstrofe vale tanto para uns como para outros. Porquê? Vá, respondam-me, porquê? Isto só prova que a nossa democracia - atenção, este problema não é exclusivo de Portugal - está refém de uma casta que vive essencialmente das grandes maiorias produtivas, que são, como se sabe e vê a olho nu, cada vez mais, minorias.
Numa das secções do capítulo "The Myth of 'Good Government'", Woods desmonta um dos argumentos usualmente utilizados (e raramente examinado...) da necessidade de intervenção estatal para a promoção da ciência. O seu título é: "Without Government Science Funding, Everyone Would Be An Idiot". Woods socorre-se de Terence Kealey e o seu "The Economic Laws of Scientific Research" para rebater esse ponto de vista começando por fazer notar que o progresso científico na Grã-Bretanha em todo o século XIX se faz essencialmente com financiamento privado. Se esse mito fosse verdade, então a França e a Alemanha, onde os governos, à época, tiveram de facto uma intervenção significativa no financiamento de actividades científicas, não deveriam ter "provocado" um comparativamente maior progresso científico? E não, não foi isso que sucedeu, antes o inverso.
Entretanto, enquanto me dedico à leitura do livro de Kealey, que agora vai para a vitrina, aqui fica, via TomWoods, uma palestra de Kealey, de 2009, intitulada "O mito da ciência como bem público [no sentido económico]":
MPT – PCTP-MRPP – PDA – PH – PNR – POUS – PPM – PPV
Começou hoje a campanha pública a favor da democracia representativa em Portugal, contra o estrangulamento financeiro e legal que limita os partidos políticos não reepresentados na Assembleia da República. Caso concorde com a petição subscrita pelos partidos políticos MPT – PCTP-MRPP – PDA – PH – PNR – POUS – PPM – PPV acerca do Financiamento partidos políticos solicitamos que a subscreva e que a divulgue profusamente.
Leia e assine aqui.