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Boa noite a todos.
O impante democrata, prócere do social-proteccionismo e pai fundador do marasmo, Mário, urge hoje a comunidade a que se ponha, quanto antes, sob a égide de um governo, e cito a notícia do JNeg, nomeado e sem recurso a eleições.
Aguardo, expectante, que os provedores do bem comum, vegetarianos para quem uma alface vale mais que um feto, e tudo é um direito adquirido à nascença, venham agora zurzir Mário, o Vetusto, com a mesma plétora de epítetos e sequiosa gana com que mungiram MFL até à secura.
Delenda Carthago Est e bem hajam.
Afinal, todo aquele alarido acerca dos malefícios do famigerado FMI, esfumaram-se como se um toque da varinha da maga Patalógika tivesse resolvido o problema. O auto-entusiasmado pai de dois meninos que frequentam elitistas colégios privados - o Colégio Moderno da Nomenklatura dinástico-republicana e o Colégio Alemão -, discorreu acerca daquilo que não acontecerá.
Propaganda da melhor e com a já habitual participação dos pavões do jardim de S. Bento, há que dizê-lo. Ficamos agora à espera daquilo que foi "acordado" com a Regência estrangeira. Até amanhã, o que interessa aí virá.
O fim-de-semana prolongado de 25 é para manter, certo?
Ruínas num tempo perdido
Sendo a actual campanha eleitoral, um mero expediente de calendário para a nanidade que a instituição presidencial representa - como ontem surpreendentemente muito bem avisou o candidato Coelho, a presidência da República, nem sequer é um Poder Moderador -, o país devia preocupar-se mais com a questão das finanças públicas e sobretudo, com uma economia estagnada e sem grandes perspectivas de futuro. O FMI tem sido apresentado como um perigo iminente, como se Portugal corresse o risco de ser colocado sob ocupação de tropa estrangeira. Estando reduzido a um protectorado da ainda indefinível liderança europeia comandada por Berlim, os leilões da dívida soberana têm atraído compradores, que se para a maioria são desconhecidos, para alguns significam apenas uma intervenção indirecta do BCE, significando isto, a salvaguarda do Deutsche Mark, o conhecido Euro.
Como se justifica então, a disparatada alegria pela venda de títulos, quando os juros são estratosféricos e já apontados como ruinosos? A resposta deverá procurar-se nos meandros da política europeia e dentro de portas, no regime português. A chegada do FMI poderia significar um mais rigoroso controlo sobre as contas públicas, onde a despesa e o desperdício de recursos é por demais evidente. Juros mais baixos, adiamento sine die de determinadas obras de fachada, racionalização do sector empresarial do Estado, ou a questão das parcerias público-privadas, consistem em temas pouco interessantes para quem vê o Estado como um campo de acção para os conhecidos caçadores-recolectores. Os agentes políticos alegam abertamente a "humilhação" do país, no caso da intervenção do FMI ser necessária. Não existiu qualquer tipo de "humilhação" quando tal aconteceu há perto de três décadas e pelo contrário, os benefícios foram evidentes. Poucos portugueses quererão a entrada de estrangeiros na condução dos negócios do país, mas este, é um dado há muito adquirido, principalmente após Maastricht. O problema consiste na humilhação dos donos do regime, expostos na praça pública como os uivantes incompetentes e gananciosos que todos sabemos serem.
Se for essa a verdade, onde está o problema?
"Os propagandistas do costume, pouco anónimos, insistem na desculpa da maior crise em 80 anos. Sejamos realistas: a resposta foi errada, ao assentar no défice orçamental. E a taxa de execução da resposta foi minimalista em sectores cruciais. A derrapagem da despesa tem a ver com a negligência do risco na análise keynesiana feita em 2009, baseada em muitos terem acreditado que os valores do défice de 5,9% eram verídicos. Só depois das eleições se conheceu a verdade. O deputado blogosférico do PS insiste na tese conspirativa da Alemanha e da França: como se tivessem culpa do aval do Governo Irlandês à respectiva banca, por exemplo, garantindo a totalidade dos depósitos.
Por esta via, sem assumir que fomos o 3º país a crecer menos nos últimos 10 anos, não vamos lá! Venha quem saiba tomar conta da governação económica de emergência que se impõe."
Veja o texto completo AQUI.
“Não sei se o modelo está ou não errado. O que se pode concluir é que, à semelhança do que está a acontecer nas economias do Leste Europeu, as pessoas não aprendem a viver numa economia de mercado de um momento para o outro e sem que se crie um enquadramento institucional adequado”
Qual seria hoje o seu valor, se não tivesse sido vendida uma boa parte? Eis uma questão a colocar ao Sr. Cavaco Silva. Não tardará muito até sermos "aconselhados" a alienar o que resta.
Para já, ao FMI em Portugal Já, juntou-se também o reputado economista Carlos Santos. E, desde logo, para que melhor se perceba o que é o FMI, dá conta das dez regras para a consolidação orçamental. Nenhuma cumprida pelo OGE 2011, infelizmente.
Infelizmente, parece que chegámos a uma triste situação em que se torna cada vez mais evidente a necessidade de solicitar a uma entidade externa que viabilize o país internamente e o credibilize externamente. Porque não podemos continuar a assistir à escabrosa situação do país impávidos e serenos, aqui fica a mais recente causa política, que conta já com um blog, uma página no Facebook e um e-mail. Comentários, sugestões e questões são bem-vindas!