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My name is Hollande. François Hollande

por Manuel Sousa Dias, em 08.01.15

Busca porta-a-porta em Reims dos terroristas islâmicos sob a mira das câmaras dos media? Algo me diz que temos Hollande ao vivo e a cores a mostrar que é um homem de acção. Quem vai à caça com megafone? E o que é feito das operações de busca/captura sorrateiras, silenciosas, inesperadas, eficazes, letais?

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publicado às 00:01

Checkpoint Charlie

por John Wolf, em 07.01.15

charlie

 

França está, como sempre esteve, obrigada a encontrar respostas para a profunda fractura que divide a sua sociedade. O termo malaise parece-me excessivamente leve e indolor para retratar a paisagem gaulesa. No seu discurso à nação, François Hollande refere as vítimas, o jornalismo e o valor iconográfico de Charlie Hebdo, mas omite as noções de facto, aquelas que consubstanciam este desenlace. O lugar (ou não) do Islamismo na sociedade francesa, e em resultado da concepção que se venha a eleger, a sua interpretação política e social, e a acção decorrente da mesma. Numa óptica civilizacional, desprovida de paixões ideológicas ou religiosas, o que sucedeu é uma mera amostra de um universo maior de eventos que decerto irão impactar outras nações europeias. Numa primeira leitura das palavras de Hollande sentimos o seu medo, a angústia por poder ser um péssimo analista do que enfrenta. O terrorismo que tocou à porta francesa vai gerar respostas morais de ordem diversa. Por um lado os hardliners do espectro político-partidário irão avançar com a intensificação de uma ideia de controlo estatutário, de cidadania autoritária, de Estado forte, e por outro lado, assistiremos a discursos integracionistas, versados na expressão discriminatória dos banlieu,  na opressão económica e social de onde saltaram alegadamente aqueles que perpetraram estes actos cobardes e vis. França, quer o assuma ou não, está sentada sobre uma bomba-relógio de proporções alarmantes. O país das liberdades fundadoras encontra-se numa valente encruzilhada, diante de uma equação difícil que exige uma resposta perfeitamente adequada. A liberdade de expressão, invocada a leste e oeste, foi apenas um veículo para outro género de bandeira. Para a clausura de espírito. Para as trevas que ensombram o nosso mundo.

publicado às 19:26

Sarko revient, Hollande est là, au secours!

por Nuno Castelo-Branco, em 19.09.14

Há umas semanas acusado de corrupção e tráfico de influências, agora regressa à ribalta polítca, enfrentando um Sr. Hollande que é aquilo que todos  sabemos ser. Em Portugal a coisa nem sequer é muito diferente, conhecendo-se o cardápio desde há décadas oferecido por consecutivos locatários de Belém.  Somos mais discretos e desculpabilizadores e por isso mesmo, supra parvos.

 

É mesmo um alívio ser-se monárquico. Os franceses que pensem no assunto e questionem-se acerca da razão pela qual os britânicos são tão teimosos.  Ou precisam de mais referendos tira-teimas?

publicado às 18:01

O sr. que se segue

por Nuno Castelo-Branco, em 04.03.14

Embora o sistema presidencial-bonapartista - nem sequer falando da descarada fraude das eleições em "duas voltas" - seja execrável e estar em decadência, este cavalheiro parece perfilar-se como o mais provável sucessor da inutilidade Hollande. Em politiquês, inutilidade diz-se decepção

publicado às 16:01

As perigosas escapadelas de França

por John Wolf, em 26.01.14

As medidas de austeridade impostas pela Alemanha aos países da periferia da União Europeia, serviram para exaltar os ânimos e apontar as baterias a Berlim e em particular à figura "odiada" de Merkel, mas devemos prestar atenção ao que se passa em França. É no país do Iluminismo de Rousseau e Montaigne que as distorções ideológicas começam a ganhar uma preocupante configuração. François Hollande, uma espécie de uber-socialista, demonstrou de um modo inequívoco os limites de processos de decisão política com fins punitivos. A tributação persecutória das fortunas dos ricos arrasa não apenas o modelo de mercado livre, mas condiciona as aspirações igualitárias de qualquer projecto socialista. Os efeitos sentidos são tiros saídos pela culatra, penalizando os alvos, mas também quem tem o dedo no gatilho preparado para disparar mais alguns cartuchos correctivos. Concomitantemente, e em dissonânica com interpretações moralistas de devaneios de outras paragens e de outros tempos (refiro-me a Clinton e ao caso Lewinsky), o affaire Hollande serve também para fazer desmoronar um acervo, quebrar tabus. Neste caso, quase que invertendo a ordem de valores e o sentido de Estado, Hollande apresenta-se como a dama ofendida e não o oposto. Esta revolução do foro íntimo, tornada pública nas últimas semanas, serviu também para soltar o animal contido em si. A viragem ideológica de Hollande em favor dos mercados e do liberalismo emite um sinal claro de desespero político, a declaração do "vale tudo", e, nessa medida, a França terá sido libertada para dar expressão a grande parte do seu espectro ideológico. O que se passa com a direita, ou extrema-direita, representa, de um modo claro e preocupante, a necessidade que a França tem em assumir um estatuto maior, o que contrasta com indicadores que revelam falta de saúde económica. Em suma, enquanto as atenções estavam viradas aos afazeres germânicos, a França foi dando expressão a um Europa decalcada de outros tempos, perigosa. O mix entre assuntos de Estado, traições passionais, economias débeis e ideologia, pode resultar num fenómeno muito mais fracturante do que possamos imaginar. Não me refiro ao comportamento excêntrico de uma Hungria ou aos resultados parcelares da direita austríaca; refiro-me a um dos bastiões da democracia comunitária, um dos parceiros que acordou o entendimento com a Alemanha, precisamente para integrar as externalidades de uma Europa devastada pela segunda grande guerra. Neste caso, embora a situação seja por enquanto doméstica, serve de prenúncio de males maiores que podem afligir a Europa. Até ao momento o cavalo de batalha tem estado no campo económico e financeiro, mas quando os argumentos se tornam intensamente ideológicos, a coisa muda de figura, mesmo que as figuras políticas sejam as mesmas de sempre. Esse é o bottomline; não podermos confiar na tabela. Os que pareciam ser socialistas, afinal são outra coisa. Os que são de direita, porventura descairão para as extremas, e os que estão ao centro em coligações, podem, de um modo conveniente, servir-se à vontade desse imenso buffet, dessa extensa mesa de opções políticas e ideológicas.

publicado às 19:20

Fofokisses socialeiras

por Nuno Castelo-Branco, em 11.01.14

A queda nas sondagens leva a estes artifícios, mas...coitada da Julie Gayet, deixar-se enrolar por uma holotúria cor de rosa?!

Entretanto, a Massonneau faz o pleno do grotesque. Já tem tema para umas dez páginas na sua proletária revsta Paris Match. Como diria Márriô Suárrêze, "il fô coninuê lá cómédi". 

publicado às 13:37

El País, o descaramento da falsificação

por Nuno Castelo-Branco, em 08.11.13

 

"Pero lo más alarmante es que la xenofobia y el racismo vuelan libremente desde los cafés y los medios hasta los pasillos del poder, aunque las últimas cifras de Eurostat nieguen de plano que Francia esté sufriendo una invasión de inmigrantes: entre los 65,7 millones de franceses, viven 2,5 millones de extracomunitarios, un 3,8% del total."


A manipulação segue sem peias. Sabendo-se da rejeição que a parte audível da população magrebina - o jornalista esconde-a através do bilhete de identidade francês - nutre por aquilo que sempre foi A França!, o jornal de propaganda  do "politicamente correcto" destes tempos, trunca uma realidade de perto de 10 milhões de efectivos sob sequestro moral dos radicais, um dado absoluto que já roça a catástrofe. O Público segue alegremente a mesma marcha, ocultando o facto de o anti-semitismo que aponta como pecha europeia, se dever essencialmente à acção dos grupos islamitas - hoje faz-se a distinção entre muçulmanos e islamitas - que atacam judeus e já se atrevem a contestar abertamente o legado cristão na Europa, pretendendo a sua completa erradicação. A debandada dos judeus franceses é apenas um entre múltiplos indícios vertiginosamente acumulados. A guerra aberta à República, entendida esta como comunidade nacional e não como mero apêndice de representação do Estado, é violentamente perpetrado por aqueles que pretendem sobrepor a sua superstição às leis do país que os acolheu e que em muitos casos, lhes concedeu a nacionalidade e os benefícios a ela inerentes. Pelos vistos, Ester Mucznik também está a fazer vista grossa, omitindo aquilo que importaria dizer abertamente. 

 

Na alvorada do século XX, o Império Otomano era designado como o "homem doente da Europa". Hoje esse papel pertence à França, tratando-se de uma ameaça global.

 

Há setenta anos, a França estava ocupada por cerca de 250.000 soldados alemães, uma situação resolvida pelo desfecho da guerra. O que poderemos então dizer da actual situação halal, quando os líderes "religiosos" dizem em alto e bom som que ..."a nossa primeira lei é o islão. A nossa segunda lei é a do nosso país de origem e a terceira será a francesa, se com ela concordarmos"?

 

Aqui estão os mais abnegados promotores de Marinne Le Pen. 

publicado às 17:32

1. Hollande declara guerra...

por Nuno Castelo-Branco, em 24.10.13

...à cosa nostra dos estádios. Dada a  rastejante popularidade do normalizado, veremos o que lhe acontecerá. 

 

2. Enquanto isso, o delirante António Costa diz que Lisboa deu o exemplo que o Estado deverá seguir. Se a conversa do edil for levada a sério, teremos então:

 

- Uma assumida política de destruição do património construído nos últimos cento e cinquenta anos; benefícios outorgados a entidades ligadas a uma banca que muito tem feito para a tentacular especulação que devasta os nossos centros urbanos; a recusa na prestação de contas que ingloriamente lhe são exigidas; negligência na preservação e reabilitação da propriedade pública; a manutenção do status quo na arcaica divisão administrativa do país, eternizando camarilhas, satrapias e o clientelismo; o descarado conflito de interesses a que temos assistido, tal como sucede quanto a  uma certa vereação sempre ligada a um não menos certo fundo imobiliário de reconhecido apelido. A lista é longa, mas definitivamente entrámos naquele terreno em que cercado por duas frentes, o Sr. Seguro deve sentir-se demasiadamente inseguro. 

publicado às 20:38

De eleição em eleição

por Nuno Castelo-Branco, em 08.10.13

 

Muito se escandalizam os meus amigos franceses quando lhes digo ser o sofisma do politicamente correcto, o melhor aliado do Front National. A contínua cedência aos apetites bestiais dos descaradamente radicais islamitas, significa uma mangueirada de gasolina no fogo que há muito vai crepitando em França. O sistema engendrado pela V República, conseguiu construir um esquema eleitoral que funcionou normalmente durante as primeiras três décadas de vigência do regime. As alianças e desistências mútuas entre partidos da direita e entre os seus oponentes da esquerda, pareciam estabelecer  uma inalterável estabilidade. Mas então o que fez despoletar o fenómeno Le Pen, por Mitterrand erroneamente julgado como fugaz e óptimo recurso para aquilo que o presidente sonhava ser um golpe fatal na direita dita clássica? Todos sabemos onde está a causa do sucesso do FN.

 

Logo após as primeiras eleições saídas da introdução do sistema proporcional, foi com estupor que os principais partidos do regime - socialistas e RPR - verificaram o quase desaparecimento do até então habitual parceiro PCF. Na banlieu, uma onda de eleitores comunistas passou-se com armas e bagagens para o partido de Le Pen. Note-se que entre estes adventícios, podemos encontrar uma insuspeitada quantidade de portugueses e luso-descendentes. Se o até então quase obsessivo discurso anti-emigrantes era um exclusivo de Charles Marchais, o tema foi habilidosamente arrebatado pelo chefe do Front National. O que há muito se passava nas cidades e bairros satélites de Paris, era coisa para depressa ser esquecida pela gente dos boulevards e zonas boémias, sempre na esperança de se tratar de uma "má fase" que depressa se desvaneceria como névoa de madrugada. Não foi assim e de tal forma o mainstream se assustou que resolveu regressar ao escrutínio das duas voltas, permitindo a representação no Palais Bourbon a organizações cujo peso eleitoral é diminuto, para não dizermos irrisório. O Front National ficou assim eliminado do areópago. A verdade é que a barreira foi erguida e por muito que a gente de Le Pen consiga obter 15% dos sufrágios, é tão raro encontrar um deputado FN na Assembleia Nacional francesa, como peixes voadores no Atlântico.

 

Este sistema das duas voltas  e desistências combinadas, serve para aquelas longas e aprazíveis temporadas de relativa abastança. Quando os problemas económicos tomam contam de toda a sociedade, eis que despoletam toda uma série de situações convenientemente relegadas para a marginalidade da discussão política. A verdade é que a França enfrenta a terrível perspectiva de falência, não se circunscrevendo esta aos por si já catastróficos aspectos económicos e financeiros. Algo de impensável poderá acontecer a breve trecho e quando escutamos um bastante controverso ministro socialista proferir imprudências que podem agravar uma situação que já há muito se tornou explosiva, então o que poderemos conjecturar?

 

Marinne Le Pen é astuta e ao contrário do seu progenitor, não cai na tentação de dichotes a propósito de paragens além-Mediterrâneo, nem faz trocadilhos Durafour (crématoire) a propósito deste ou daquele ministro. 

 

Uma simples frase destacada do contexto em que foi proferida - l'islam au coeur de la république -, pareceu sintetizar  duas gerações de todo o tipo de condescendências em relação àquilo que um estado de direito jamais poderá alguma vez negociar, quanto mais ceder. Por muito que isso nos possa surpreender, foram precisamente os sectores da quase religião da laicidade que mais se enervaram com esta espécie de "paninho quente" colocado na sempre febril fronte de uma comunidade auto-considerada como ultrajada não se sabe bem por quê e por quem. Pior ainda, o sistema de duas voltas, segundo bastas vezes declarei a esses supracitados amigos gauleses, poderá um dia ser bem capaz de fazer eleger uns cento e cinquenta parlamentares do Front National. Quando tal acontecer, como irá então o regime reagir? Apelar a um golpe militar ou a uma rebelião magrebina + extrema esquerda que conduza a confrontos civis? Eis uma questão à qual gostaria de obter uma resposta.

publicado às 22:29

Há um ano e meio, não andava muito longe da verdade

por Nuno Castelo-Branco, em 08.10.13

Pois é, aqui.

publicado às 12:15

O ça ira...

por Nuno Castelo-Branco, em 21.08.13

 

Um sonho do verão de 2025, segundo François Mahmud al-Hollande.

 

"L'espace vital republicain

 

As fronteiras abrangendo meia Europa, dos Pirenéus ao Elba, da Mancha ao Estreito da Sicilia. A Catalunha torna-se num departamento autónomo, os Bourbon são depostos em Madrid e a Alemanha ocidental desmembrada e etnicamente limpa de teutões, torna-se num Far East, numa colónia de povoamento. A Polónia fica como um governo-geral, enquanto a antiga Itália passa a ter o mesmo estatuto da Córsega. A vantagem demográfica, ditada pela crescente hegemonia magrebina, estabelece o novo parâmetro na relação de forças dentro da Europa, contando com a solidariedade da recentemente aderente Turquia e da abolição do controlo de fronteiras com os provenientes de países do norte de África.

 

Só a França poderá ter indústria pesada e de armamentos. Só a França poderá decidir acerca do valor internacional do Euro e o francês será a única língua presente na informação escrita ou televisiva, sendo também obrigatória a partir do ensino primário. Todas as publicações europeias serão escritas em francês, interditando-se a edição de obras e o ensino das antigas línguas dos desaparecidos Estados. 70% do orçamento comunitário pertencerá à indústria e agricultura da Grande France Na Europa apenas poderão circular viaturas Made in France, assim como todo o equipamento do Exército Europeu terá a marca das empresas francesas. A Marselhesa é o novo Hino da Europa e Paris tem o direito de vetar nomes de eleitos para a governação dos Estados-membro, podendo outrossim nomear os substitutos, sempre de origem francesa. A Igreja de La Madeleine, o novo e consagrado Grande Templo da Maçonaria Francesa.

 

L'islam au coeur de la république... ex-laique

 

A Igreja católica fica proibida de cerimoniar publicamente - transformando-se os principais templos em delegações sociais, mesquitas, armazéns e centros comerciais - e La Grande Mosquée de Parisé instalada na antiga Catedral de Notre Dâme. Destruição de sinos, retirada de cruzes de todos os edifícios, interdição de procissões e dos encontros públicos cristãos ou de outras religiões que ofendam o islão. O véu torna-se compulsivo, assim como a alimentação halal é obrigatória. Estando os baptizados cristãos definitivamente interditados, a sharia torna-se numa fonte essencial da ordenamento jurídico da república.

 

A tricolor tendo no centro o símbolo sagrado, é a nova bandeira da União Europeia."

publicado às 00:40

Lórrible sábótage de léxtréme druáte!

por Nuno Castelo-Branco, em 06.06.13

Tré irrité pur navuar étre réconiu à lãtrê diu bátimã IUNESCÔ à Párí, Máriô Suárréze à éxplósê ávã de lá cêrimóní de consagráciõ diu nuvô guerriê áfricã, Ferrançuá Hólande. Apré lá féte, Suárréze à di  c' Hólande pê se vantê ê dir à Mérkél ... vuá cê que jé fé ã n'Afríque!

 

Le pôvr'óme ná pá ãncóre comprí  quéce que lá Ferrance sinhifie pur lê dirijã africãs. Cê chér pêí, cé le sutã nêcêssére pur lá manutãciõ de lá sêcuritê európêéne - je vê dir, qui à bezuã dê Panzéres alemãs, si õ ná lê ferráncé pur férre lê travô sále? - , méme si lê méme dirijãs sõ tré conrrompius ê bruitôs pur lâr pâples. Cé lá trádicion néô-colôniáliste ferráncése ã n'Afrique ê tu le monde se suviã tré biã diu camelô de diámã ê pêterróle que Giscár, l'ámi Mitrã ê Chirác õ mantenu avéc lê gauleiters nuárs que lá Ferrance mantiã ã n'Afríque centrále. 

 

Pur terminê, il acuse Passôs Coêlhô de ne pansê ã riã dôtre qu'ã arjã! Cê méc à ã n'ãncróiáble cul ô, il çá dêjá ubliê de sá própre ácciõ ê de cêzámis à Emaudiô, Jambá, etcétêrá. Tu curr,  il é ã ãbarrá pur sê própre aliê.

publicado às 18:36

Importa-se de repetir?

por Nuno Castelo-Branco, em 01.05.13

 

1. "O povo em primeiro", "mundialização selvagem", "... afunda-se na Europa tenebrosa do ultra-liberalismo e da austeridade e os povos europeus igualmente".


Será um discurso do chefe Jerónimo? Não é. Serão desabafos do camarada Arménio? Da Cãncia? Não. Do Oliveira, Soares, Louçã, Sampaio, ou do Sócrates? Nem pensar.


São palavras de Marinne Le Pen e segundo a própria, a aglutinadora de 40% dos votos do operariado francês. A banlieu ex-PCF, passou-se de armas e bagagens para a FN. 


2. Há uns anos, era a feliz chegada de Obama que vinha arrumar a casota mundial. Há um ano foi Hollande e esgotado o filão, eis que surge agora o sr. Letta - não, não é primo da minha prima Leta - como potencial campeão libertador dos falidos. Dentro de dois ou três meses, talvez invistam no já "garantido sucessor SPD" de Merkel, enquanto por cá se vão segurando com o que há. Esperar é preciso.


publicado às 19:37

Hollande "dãs dê bô drá"*

por Nuno Castelo-Branco, em 30.04.13

Continua a saga do sr. Hollande, aquela estrelinha que um dia brilhou sobre Paris, atraindo as atenções de alguns magos e também a visita dos inevitáveis cabritos, bodes, carneiros e borregos deste mundo.

 

Se os franceses seguissem  os humores da imprensa portuguesa, certamente exigiriam "eleições já!", repondo o sr. Sarkozy nos fauteils do Eliseu e deixando o segundo lugar à sra. Le Pen. Como há dois dias aqui se disse, não vale a pena, ou para que os nossos nervosos soaristas entendam, "õ ná pá bezuã d'ãvãtê".

 

* Pois

publicado às 10:29

Eleições..."já"!

por Nuno Castelo-Branco, em 19.04.13

 

Enquanto Cavaco anda "cheio de inveja" do Peru - o crescimento é apenas um detalhe, o pior está no resto -, gostávamos de saber a opinião daqueles que vivem obcecados com sondagens, "faltas de representatividade" semana sim semana não, mudanças de humores ou indignações a retalho.

 

Há um ano, o normal François Hollande era eleito no meio de grande berreiro e surgia como uma espécie de Maga Patalógika que faria regressar a Europa aos anos 60. Crescimento, welfare State totalitário - de preferência acompanhado por muita dívida, "perna aberta" aos caprichos e abusos mafomistas, baladas, cantorias e nacionalizações que fariam Mitterrand corar de timidez -, república, mais república e se a congestão o permitisse, ainda mais república. Seja lá o que isso queira dizer.

 

Foi o que se viu. Para os desesperados das quase semanais sondagens Expresso/Católica, aqui estão alguns dados que talvez lhes interessem: o grosseiro, esbanjador e nepotista  ex-president venceria hoje sem margem para qualquer dúvida, enquanto Hollande talvez discutisse a segunda posição com Marine Le Pen. 

 

Eleições "já"!

 

publicado às 11:30

Ê mãtenã, Segurô?

por Nuno Castelo-Branco, em 17.01.13

Cóme dirré Máriô Suárréze, tõ cámáráde Hollande tá trá-í, u pár dêzôtre páróle, il á arrazê Sócrátêze.

publicado às 19:48

Politiquês hollandino

por Nuno Castelo-Branco, em 15.01.13


Pode ser que Seguro tenha uma epifania.


Modernisation de l’action publique (modernisation of public action): eliminating public-sector inefficiencies, elsewhere known as budget cuts.

Nécessité d’équilibrer financièrement les retraites (Need to balance pension funds): pension reform looms again.

Sécurisation de l’emploi (improving job security): phrase used to launch current labour-market negotiations, designed to introduce more flexibility (see banned words).

Libéral (liberal): rare species with dodgy Anglo-Saxon motives, set on undermining French way of life

 

Aqui há mais

publicado às 21:00

Os bons selvagens

por João Quaresma, em 05.12.12

A propósito deste post do Nuno sobre o apoio de François Hollande à internacionalização (i.e., o roubo) da Amazónia brasileira, recupero uma notícia de Março sobre os negócios que os "puros e inocentes" índios brasileiros têm feito:

 

«O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcio Meira, afirmou nesta quarta-feira (14) que 36 contratos firmados entre empresas estrangeiras e aldeias indígenas como negociação de crédito de carbono na Amazônia são considerados nulos e serão analisados individualmente pela Advocacia-Geral da União (AGU).

A compra de terras indígenas por empresas estrangeiras veio à tona no domingo (11) após reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”. O texto informava que índios da etnia munduruku venderam uma área localizada em Jacareacanga (PA), equivalente a 16 vezes o tamanho da cidade de São Paulo, para a empresa irlandesa Celestial Green Ventures (CGV) por US$ 120 milhões.

Em entrevista concedida em Brasília, Meira disse que não existe regulamentação sobre a venda de terras por indígenas e por isso o governo vai verificar que medidas serão tomadas neste caso. O contrato previa como garantia à CGV “benefícios” sobre a biodiversidade, além de acesso irrestrito ao território indígena. Em contrapartida, os indígenas teriam que se comprometer a não plantar ou extrair madeira das terras nos 30 anos de duração do acordo.(...)

De acordo com o Funai, ao menos 30 contratos como esse já foram firmados e estão sendo acompanhados pelos departamento jurídico da fundação há pelo menos um ano e meio. Juntas, essas áreas correspondem a 520 mil km² -- quase o tamanho total do estado da Bahia [e uma área maior que a de Espanha].

A instituição informa ainda que o principal risco deste tipo de acordo com indígenas é falta de proteção às populações, que podem ser enganadas ao assinar contratos de exploração em suas terras, além dar abertura para a biopirataria (exploração ilegal de recursos naturais da floresta).»

 

Aguarda-se ansiosamente a visita de Hollande aos seus novos amigos.

publicado às 03:13

E uma Alsácia-Lorena independente, alemã?

por Nuno Castelo-Branco, em 04.12.12

 

O gelatinoso Hollande, ganacioso vendedor de mísseis, velhos porta-aviões e caças franceses, quer encontrar problemas desnecessários, regressando ao velho projecto extorsionista da "internacionalização da Amazónia". Assim, parece voltar aos sonhos de Luís XIV que há quase quatrocentos anos vislumbrou uma Guiana mais extensa, num ápice tornada numa réplica de um império oriental. Falhou como todos sabem.

 

Os franceses já se esqueceram dos problemas que tiveram após a anexação da Lorena e já agora, da Alsácia. É melhor ficarmos por aqui, antes de darmos ideias à Alemanha, Itália, Espanha, aos corsos e aos bretões, os tais da aldeia de Astérix.

publicado às 16:54

In vino veritas

por João Quaresma, em 06.11.12

É a austeridade à francesa. Justificando com a saúde pública e o aumento da receita, François Hollande anunciou que vai aumentar a carga fiscal sobre a cerveja em 160%. O presidente francês espera com isso arrecadar mais 480 milhões de euros, quantia que será atribuída a funções sociais.

Aumentar um imposto sobre o consumo em 160% parece à primeira vista uma medida tresloucada e contraproducente. Mas vejamos com mais atenção: França é dos países europeus com mais baixo consumo de cerveja per capita, representando apenas 16% das vendas de bebidas alcóolicas. Um terço é importada (sobretudo da Alemanha e da Bélgica) enquanto que a indústria cervejeira em França é dominada por multinacionais holandesas, dinamarquesas e belgas. A indústria em si não representa muitos postos de trabalho, já que não implica muita mão-de-obra. Ao aumentar o preço da cerveja, a fiscalidade francesa está a torná-la menos competitiva com aquela que continua a ser a bebida nacional francesa: o vinho, que representa 62% do consumo de álcool (a combater o alcoolismo, faria mais sentido começar por aqui, o que não acontece). O vinho exige muito mais mão-de-obra, gera incomparávelmente mais emprego e, ao invés de umas tantas fábricas de multinacionais estrangeiras, dá trabalho a milhares de produtores e adegas, em França e propriedade de franceses. Diminuindo o consumo de cerveja, diminuem também as importações e a saída de divisas.

Beber vinho dá de comer a um milhão de franceses? Provavelmente até mais, mas essas coisas não se podem dizer assim. É melhor justificar com o combate ao alcoolismo e as receitas para fins sociais. Chamem-lhes parvos.

publicado às 00:36






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