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Enquanto membro do clube daqueles que acreditam em Portugal, que conhecem os seus tesouros e o seu talento, o meu maior desejo é que este país possa vingar o seu destino, alcançando o pleno desenvolvimento económico e social. Esqueçamos por uns instantes as consternações respeitantes à grande ou pequena política e concentremo-nos na relação que o país estabelece com essa comunidade de crentes disposta a apostar em Portugal. Vem a propósito este post porque há muito tempo que venho nomeando as virtudes dos Exchange-Traded Funds (ETFs). Os ETFs são fundos de investimento que sintetizam a economia de um país, de um sector ou região. Um forasteiro de paragens longínquas que queira investir em Portugal, das duas uma; ou se torna residente de Portugal e passa a conhecer mal as suas empresas depois de 20 anos de estadia, ou, serve-se de um índice composto pelas empresas de referência, e, seja qual fôr a distância a que se encontre, participa no seu crescimento ou na sua retoma económica. Esta modalidade de acesso à economia de um país representa a forma mais simples para um leigo assumir uma pequena ou uma grande posição de investimento. Sem essa porta de entrada, de nada serve a conversa utópica de governantes. E é aqui que descobrimos o calcanhar de Aquiles. Portugal não dispõe de um ETF que possa facilitar a captação de investidores nacionais e estrangeiros. A discussão foi colocada em cima da mesa por analistas internacionais que reconheceram na perjurativa sigla PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e (E)spanha), e nas respectivas economias, uma oportunidade única de investimento. Geralmente quando estamos na mó de baixo (feitos em farinha) deixamos de ter a capacidade de interpretar um quadro maior, mais positivo e prospectivo. Quando Portugal dobrar a esquina da recuperação será que está tudo a postos? Pergunto porque razão os arquitectos de investimento financeiro em Portugal ainda não criaram a ferramenta basilar para facilitar a entrada de capital fresco? De que estão à espera? Fiquei realmente surpreendido que um ETF PORTUGAL ainda não exista. O resto do mundo anda a pedir para investir em Portugal e não sabe como. Espero que alguém rapidamente interrompa as suas férias e resolva o assunto para sair do fundo - do chumbo do investimento.