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Portugal está de luto. Pelo menos 64* pessoas perderam a vida nos fogos florestais de Pedrógão. E Marcelo Rebelo de Sousa abraça a Ministra da Administração Interna, o Secretário de Estado da Administração Interna e o Presidente de Câmara. No lugar dos afectos e compaixão política desmesurados, EXIGE-SE que haja demissões. Houve pelo menos um socialista, em análoga situação de tragédia, que soube interpretar o que os eventos demandavam - Jorge Coelho. O então Ministro das Obras Públicas, assim que ruiu a ponte de Entre-os-Rios, pôs o lugar à disposição. Mas o Presidente da República tem razão - não há falta de competência nem de audácia dos bombeiros e da população que tentaram defender-se o melhor que souberam. O que temos é outra coisa: dolo político, irresponsabilidade governativa e administração danosa das florestas portuguesas. Enquanto os atrasados mentais dos jornalistas perguntam aos banhistas molhados se estes vão ao mar para se refrescarem, tantas questões certeiras deixam de ser colocadas. Das perguntas que devem ser colocadas em plena câmara ardente, uma delas será: "Sr. António Costa, vai sugerir a demissão de responsáveis políticos?", em vez disso, ficámos sem saber se os gelados tiram a sede. Vergonhoso, trágico e para além de lamentável.
* número em actualização constante