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António Costa vai ser avalista dos empréstimos do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português - é assim que Cavaco Silva estabelece a relação de garantias de governação. Se a carrinha que circula pela faixa da Esquerda avariar ou o motor gripar, será Costa a pagar uma parte do arranjo. O outro conserto da carroçaria será suportado pelos portugueses. Quando Jerónimo de Sousa, e outros com semelhantes reclamações, afirmam que aquando da nomeação de Passos Coelho, a série de seis perguntas foi preterida, esqueçem-se de um pequeno pormenor - o país estava a arder, Portugal estava rachado. Assim sendo, não faria muito sentido, e nesse contexto, perguntar aos bombeiros de serviço que tipo de mangueira faziam tenções de usar. António Costa, que parece vir a assumir a qualidade de chefe de governo, está correctamente e preventivamente a ser controlado em nome da sustentabilidade que Portugal exige. As perguntas colocadas à saída de Belém, segundo o presidente do Partido Socialista Carlos César, são fáceis, do nível de uma quarta classe, e António Costa tem as respostas todas debaixo da língua - da sua. Sobre os seus parceiros de coligação parlamentar, pouco se sabe. De qualquer maneira, não governam. E isso é bom. Mais facilmente farão parte da oposição ao governo socialista. Já temos indícios mais do que suficientes de que as comadres andarão à estalada. É uma questão de tempo e poucas matérias de governação.

publicado às 18:53

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Passos Coelho acaba de empossar o governo de António Costa. O primeiro-ministro promove os socialistas ao seu mais alto nível de usurpação. Certamente que conhecem a expressão:"contra uma porta aberta não vale a pena empurrar", e, nessa medida, como já havia escrito noutras ocasiões, o PSD e o CDS devem deixar a nova Esquerda demonstrar a amplitude das suas contradições. Deixem-nos utilizar a sua varinha mágica. A mesma que gera aumentos de salários, reposições de pensões, que acaba com as privatizações, que diminui a dívida pública e privada, que disciplina a banca e os especuladores neo-liberais, que cria impostos sucessórios pesados ou que lança obras públicas megalómanas. Portugal tem todo o tempo do mundo para suportar todas as experiências, para se afundar novamente, para repetir a história recente. O PS apenas quer apresentar um orçamento. Vive obcecado com essa ferramenta de execução governamental, como se não houvesse nada mais a acrescentar ao desígnio nacional. António Costa quer respeitar os compromissos europeus, mas ainda não percebeu que o continente está a mudar. Quero saber quem irá ser o Centeno dos negócios estrangeiros. Será Freitas do Amaral o novo responsável pela política externa deste país? Não seria mal visto. Os bons serviços devem ser recompensados. Essa é a lógica conceptual do PS. Colocar gente de confiança nas juntas de freguesia, nas chefias de repartições públicas e nos quadros de grandes empresas. Se houver chatice, basta virar as costas. Fingir que Armando Vara é nome de cantor e José Sócrates alcunha de outras sortes. Não vale a pena insistir na tese da banana pequena. Cavaco poderá prestar um último serviço ao país, e daqui a uns meses quando estiver a gozar a reforma na praia da Coelha, poderá dizer: eu bem que avisei.

publicado às 13:53

Comunistas no governo socialista? Jamais!

por John Wolf, em 08.11.15

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Estou desiludido com o Partido Comunista Português e com o Bloco de Esquerda. Em relação ao Partido Socialista nem sequer estou iludido. Teria preferido que aqueles partidos tivessem sido intransigentes nas negociações. Parece que abdicam da sua disciplina ideológica apenas para derrubar o governo, mas não fazem valer os seus pergaminhos. Nem farão parte do governo que está para ser inaugurado. Os comunistas poderiam se ter inspirado em Cameron. A saída do Euro deveria ter sido um dos pontos da sua proposta irrecusável. Deste modo, a palavra dada deixa de ter valor. Deixámos de acreditar que continuam a ser comunistas. E nem sequer irão receber um posto ministerial. Não governarão. Ponto final. Os comunistas mancham a reputação de Portugal - foi o que provavelmente sussurraram nos corredores do Rato.  Os socialistas devem ter vendido a alma ao diabo para afastar o perigo vermelho das próximas reuniões em sede de Comissão Europeia. Os socialistas, por seu turno, também são um pouco menos internacional-socialistas. Por mais que reafirmem o seu estatuto pró-europeu, a verdade é que dependem de um anti-corpo, de uma força que não vê com bons olhos a União Europeia e o Euro. A Catarina Martins, temendo a crueza da realidade governativa, já começou a sacudir a água do capote. O ónus do descalabro será sempre colocado sobre os ombros das forças capitalistas, dos senhores da Austeridade. A sua mais que provável incompetência em relação à capacidade de pensar o lado das receitas de uma economia, leva-a, no imediato, a criar mecanismos de defesa, a passar a bola para os maus da fita. Em última instância serão os mercados a ditar a sua sorte política. Por mais que repita que defende os interesses das pessoas, a verdade é que não tem a mínima ideia de como irá financiar a operação de resgate. Os grupos financeiros que ela refere, já existiam nos tempos revolucionários. Quem é que julgam que financiou ambos os lados da Revolução Americana? A Catarina Martins realmente desconhece como funciona o mundo ou será que o falido Partido Socialista vai financiar o seu partido? Ao bom estilo político nacional, nada é claro, pouco é transparente. E os portugueses serão os últimos a saber, mas os primeiros a sofrer as consequências da insensatez.

publicado às 19:23






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