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Governo económico de Hollande

por John Wolf, em 17.05.13

Hollande propõe um governo económico para a zona euro, mas eu acho que não estou a interpretar correctamente o seu desejo. Ultimamente tenho-me sentido com tonturas e incapaz de pensar de um modo coerente. Estou a perder as minhas faculdades mentais, se é que alguma vez as tive. O que ele pretende, à luz da perda de influência da França e da sua demise económica, é inventar uma nova instituição onde o Elísio, perdão, o Eliseu, possa renascer das cinzas de um fénix, perdão, fónix europeu. A França tem sido secundarizada pela Alemanha e isso é considerado um ultraje pelos franceses. Jamais! Antes de ter de pedinchar uma boia de salvamento, os mestres da política externa francesa querem adiantar trabalho para não serem vítimas de um lindo serviço de resgate. Existe uma inevitabilidade em relação à situação francesa. Também vai pelo cano. Será apenas uma questão de quando e não de se. No entanto, se quisermos dar a volta ao texto, de um modo literal e prático, então a ideia de governo económico faz todo o sentido. Faz-me lembrar as sopas económicas da Knorr. Aqueles pacotes que satisfazem sem exagerar, que tiram a barriga de misérias sem enfardar. Se é um governo económico que ele quer, eu dou-lhe o governo económico. Toca a reduzir a quantidade de instituições e entidades europeias, a prescindir de serviços que operam no domínio da redundância. Se é de austeridade que ele fala, então que virem o feiticeiro contra a bruxa, contra Bruxelas. Vamos lá auditar os milhares e milhares de serviços burocráticos - a magnífica invenção das comunidades e uniões. Vamos atirar directamente da janela da Comissão Europeia para as bancadas do Parlamento Europeu, as fotocopiadoras, os Xeroxs e os zeros á esquerda e à direita. Quando o Hollande fala do plano europeu para a inserção de jovens no mercado de trabalho, será que ele significa que vão todos estagiar para esse tal governo económico? Será que os arquitectos e capatazes do projecto europeu ainda não entenderam que a solução do problema não passa por ampliar a casa, transformar um anexo em marquise? Mesmo que se defenda a integração, a mesma passou a significar algo diverso, um conceito paradoxal, de desmontagem, de sentido inverso, quase etimológico. A Europa assemelha-se mais a uma obra para desmanchar utopias. Um estaleiro de sonhos parecido com uma sucata. Ah...e há mais. O tal presidente do governo económico tem de ser a tempo inteiro. Não pode ser em part-time.

publicado às 16:09






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