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«Património tanto individual como colectivo, a memória constitui a seiva das civilizações, pois sem ela "não há pensamento, sem pensamento não há ideias, sem ideias não há futuro", repetia, insistia Natália Correia, uma das figuras que mais se bateram pela sua dignificação.
Significando conhecimento, a memória pressupõe capacidade crítica e intervenção, o que incomoda todos os poderes, sejam eles ditatoriais sejam democráticos, de direita ou de esquerda, nucleares ou periféricos.
As ditaduras tentam controlá-la pela censura, pela violência; as democracias pela inflação dela até imporem, através da propaganda, da sedução, a que mais lhes convém. O objectivo é, porém, o mesmo: arrancar a memória que somamos (individual, colectiva, cultural, identitária) e substituí-la por outra única, inquestionável.
Daí os políticos, os intelectuais, os comentadores do regime se comportarem como se o país tivesse nascido com eles, esvaziando-o de quase mil anos de existência»
Fernando Dacosta, hoje no Jornal I
Pelas 11h da manhã, vou estar com o Bruno Gonçalves Bernardes na I Conferência Internacional de Jovens Investigadores de História Contemporânea, no ISCTE, onde faremos uma apresentação sobre "Um retrato do centrismo político em Portugal: possíveis pontes comparativas", incidindo essencialmente sobre a Monarquia Liberal e os dias de hoje.