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Trineto de D. Maria II, o derradeiro sobrevivente (além de Simeão II da Bulgária) dos chefes de Estado da II Guerra Mundial, é o rei Miguel da Roménia. Subindo ao trono durante um período de convulsão política no seu país, Miguel teve que gerir desde muito jovem, uma dificílima situação política e militar. No início da década de 40, o país foi incluído na esfera de influência do III Reich e o seu exército participou activamente na campanha da Rússia (1941-44). O golpe de Estado de 23 de Agosto de 1944, conduzido pelo monarca, levou ao rompimento com os alemães e à participação da Roménia na coligação aliada. O ditador soviético viria a condecorá-lo com a Ordem da Vitória, ..."pela acção corajosa de radical modificação na política romena, rompendo com a Alemanha de Hitler e aliando-se às Nações Unidas, num momento em que não existia ainda um claro sinal da derrota alemã". Impossibilitado de forçar abertamente a sua deposição, Estaline foi obrigado a recorrer aos usuais métodos de intoxicação de uma opinião pública fortemente pró-monárquica e sob a direcção de Anna Pauker - a agente soviética no país -, o PC conseguiu apossar-se do poder, obrigando o rei a abdicar em 1947. Viveu o exílio na Suiça e regressou à Roménia após a liquidação do regime de Ceausescu. Em 1992, tinha um milhão de romenos à sua espera em Bucareste e esta popularidade, levou o governo de Illiescu a proibir Miguel de visitar o país durante os cinco anos seguintes Em 1997 foi-lhe restituída a cidadania romena e reside hoje na capital romena, no palácio Elisabeta.