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Ontem, escrevi isto. Mas parece que Soares, não satisfeito com a patética exibição com que já nos tinha brindado, resolveu reincidir, dizendo, entre outras coisas, isto:
Sobre Tatcher e o neoliberalismo:"Thatcher, e o seu correligionário Ronald Reagan, foram quem lançou o neoliberalismo e o conceito imbecil de que o dinheiro vale mais que as pessoas”.
Sobre a troika e o euro:"Não creio [que declarar bancarrota nos atire para fora do euro]. Talvez seja, pelo contrário, uma forma de salvar o euro”.
Sobre Sócrates:"Acho que, como se tem visto, não é essa a intenção de Sócrates. Aprendeu muito nos dois anos que passou em Paris. É hoje um outro homem, muito mais culto e ponderado do que era. Não é sua intenção fazer sombra a Seguro nem, como disse, ser primeiro-ministro ou Presidente".
Sobre o CDS:"Quanto à posição do CDS - atenção! -, não pode continuar a dar uma no cravo e outra na ferradura. A continuar assim, o CDS tende a desaparecer".
E, por fim, o corolário peripatético da doutrina soarista: "Quando não há dinheiro não se paga. Foi o que se passou com a Argentina, entre outros países, e nem por isso o povo ficou pior. Ora as dívidas que temos são tantas (e os juros tão altos) que creio que não poderemos pagar. Mas, se soubermos dizer que não pagamos, é óbvio que os portugueses darão um suspiro de alívio. A pobreza começa a desaparecer bem como o desemprego. É preciso é não termos medo de o dizer, com coragem e altivez.
Perante tal exibição de sapiência que mais dizer?
Nota: Ambrose Evans-Pritchard comenta estas declarações aqui. O despudor floresce à vista desarmada.