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Não me parece que a partida de Daniel Oliveira do Bloco de Esquerda tenha a ver com a partida de Hugo Chávez na Venezuela. De qualquer modo, sejam quais forem as ilações a extrair dos factos, a Esquerda vive momentos de agitação. São pequenos ajustamentos que contribuem para o processo de reflexão sobre o esvaziamento do Socialismo. Sobre o que falhou e o que falha. Sobre a verdade e as consequências. Sobre veleidades e mentiras. Trata-se de uma escolha clara entre oferecer 100 litros de gasolina a cada cidadão ou dar ao litro para genuinamente defender o interesse dos cidadão. A saída de Daniel Oliveira do Bloco de Esquerda, deve ser interpretada como um sinal de inteligência. O ser-político não necessita de poleiro nem de partidos para exercer com superioridade a causa pública. Portugal necessita de mais gente a saltar borda fora dessa nau infestada de sectarismos, vícios e interesses instalados. O que Daniel Oliveira faz, serve de exemplo de serviço cívico de qualidade. Deixou-os a discutir sozinhos. A debater inutilidades. Que venham mais com a coragem do Oliveira. Na Venezuela a única coisa a fazer é coroar postumamente Hugo Chávez por sair de cena de uma maneira utopicamente democrática. Quando Deus decide, quem somos nós para contestar as eleições? Viva La Revolución.